Influência de diferentes quantidades de geleia real no desenvolvimento de rainhas de abelhas africanizadas (Apis mellifera L.)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.8071Palavras-chave:
Apicultura; Produção de rainhas; Geleia real.Resumo
Objetivou-se determinar a influência da alimentação larval de rainhas de abelhas africanizadas (Apis mellifera L.) na aceitação de larvas transferidas, durante o tempo de desenvolvimento até a fase adulta, bem como a influência de diferentes formas de alimentação larval sob a massa corporal logo após a emergência. Para a produção de rainhas utilizou-se o método Doolitle, nas quais foram introduzidas diferentes quantidades de geleia real, conforme os tratamentos a seguir. TR (20): transferência da larva em 20μl; TR (170): Transferência da larva em 170μl e TR (20+150): Transferência da larva em 20μl com suplementação de 150μl em 72 horas após a transferência. A aceitação das larvas foi similar em todos os tratamentos, porém a prática de reaplicação de alimento nas cúpulas 72 horas após a transferência larval causou mortalidade nas larvas. O tempo de crescimento das larvas foi diferente entre todos os tratamentos (p<0,05), onde o TR (170) apresentou um desenvolvimento mais rápido. Na avaliação da massa corporal das rainhas ao emergirem, percebeu-se que TR (20) e TR (170) não diferiram entre si (p>0,05), mas ambos foram superiores ao TR (20+150) (p<0,05). Concluiu-se que transferir larvas em grande quantidade de geleia real para a produção de rainhas não influencia na aceitação das larvas transferidas, mas no tempo de desenvolvimento larval. Porém a influência no tempo de crescimento é quase inexpressiva e o fornecimento de alimento em um segundo momento para a mesma larva não é recomendado.
Referências
Akyol, E., Yeninar, H., Korkmaz, A., & Çakmak, I. (2008). An observation study on the effects of queen age on some characteristics of honeybee colonies. Italian Journal of Animal Science, 7(1), 19-25. doi: 10.4081/ijas.2008.19.
Cobey, S. W. (2007). Comparison studies of instrumentally inseminated and naturally mated honey bee queens and factors affecting their performance. Apidologie, 38(4), 390-410. doi: 10.1051/apido:2007029.
Doolittle, G. M. (1900). Scientific queen rearing. Newman&Son. Chicago: 169p.
Hatjina, F., Bieńkowska, M., Charistos, L., Chlebo, R., Costa, C., Dražić, M. M., ... & Kopernicky, J. (2014). A review of methods used in some European countries for assessing the quality of honey bee queens through their physical characters and the performance of their colonies. Journal of Apicultural Research, 53(3), 337-363. doi: 10.3896/IBRA.1.53.3.02.
Hendriksma, H. P., Härtel, S., & Steffan‐Dewenter, I. (2011). Honey bee risk assessment: new approaches for in vitro larvae rearing and data analyses. Methods in Ecology and Evolution, 2(5), 509-517. doi: 10.1111/j.2041-210X.2011.00099.x.
Johnson, B. R. (2010). Division of labor in honeybees: form, function, and proximate mechanisms. Behavioral Ecology and Sociobiology, 64(3), 305-316. doi: 10.1007/s00265-009-0874-7.
Kamel, S. M., Osman, M. A. M., Mahmoud, M. F., Mohamed, K. M., & Abd Allah, S. M. (2013). Morphometric study of newly emerged unmated queens of honey bee Apis mellifera L. in Ismailia Governorate, Egypt. Arthropods, 2(2), 80.
Klein, A. M., Vaissiere, B. E., Cane, J. H., Steffan-Dewenter, I., Cunningham, S. A., Kremen, C., & Tscharntke, T. (2007). Importance of pollinators in changing landscapes for world crops. Proceedings of the royal society B: biological sciences, 274(1608), 303-313. doi: 10.1098/rspb.2006.3721.
Mahbobi, A., Farshineh-Adl, M., Woyke, J., & Abbasi, S. (2012). Effects of the age of grafted larvae and the effects of supplemental feeding on some morphological characteristics of Iranian queen honey bees (Apis mellifera meda Skorikov, 1929). Journal of Apicultural Science, 56(1), 93-98. doi: 10.2478/v10289-012-0010-1.
Medeiros, P. V. Q., Pereira, D. S., Maracajá, P. B., & Sakamoto, S. M. (2011). Produção de abelhas rainha Apis mellifera spp.(africanizadas) no semiárido cearense, Brasil. Revista verde de agroecologia e desenvolvimento sustentável, 6(5), 46-50.
Moreira, S. B. L. C., Queiroz, G. S., de Castro, H. A., de Souza, E. A., Pereira, D. S., & de Holanda Neto, J. P. (2017). Infestação do ácaro Varroa destructor em colônias de abelhas africanizadas (Apis mellifera L.) no Semiárido potiguar, Nordeste do Brasil. Revista Verde - (Pombal - PB) 12(1), 143-149.
Pereira, D. S., da Silva Paiva, C., Barbosa, G. R., Marajá, P. B., & de Lima, C. J. (2013). Produção de rainhas (Apis mellifera L.), e taxa de fecundação natural em quatro municípios do nordeste brasileiro. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 8(2), 09-16.
Pereira, D. S., Coelho, W. A. C., Blanco, B. S., & Maracajá, P. B. (2014) Produção de abelhas rainha européias (Apis mellifera), utilizando diferentes métodos de manejo em Captain Cook, Havai, EUA. ACTA Apicola Brasilica, 2(1), 08-15.
Pereira, D. S., Paiva, C. D. S., Coelho, W. A. C., de Holanda-Neto, J. P., da Silva, A. F., & Maracajá, P. B. (2015) Peso de rainhas virgens africanizadas produzidas em colônias submetidas a diferentes suplementações alimentares em Mossoró-RN, Brasil. ACTA Apicola Brasilica, 3(1), 8-24.
Pinheiro, M. D. S. M., Royer, A. F. B., Martins, O., & de Alimentos, E. (2015) Avaliação de dois testes de comportamento higiênico em colônias de Apis mellifera. Enciclopédia Biosfera,11(22), 2907-2913.doi:10.18677/Enciclopedia_Biosfera_2015_009.
Qu, N., Jiang, J., Sun, L., Lai, C., Sun, L., & Wu, X. (2008). Proteomic characterization of royal jelly proteins in Chinese (Apis cerana cerana) and European (Apis mellifera) honeybees. Biochemistry (moscow), 73(6), 676. doi: 10.1134/S0006297908060072.
Rangel, J., Keller, J. J., & Tarpy, D. R. (2013). The effects of honey bee (Apis mellifera L.) queen reproductive potential on colony growth. Insectes sociaux, 60(1), 65-73. doi: 10.1007/s00040-012-0267-1.
Santos, R. G. (2015). Longevidade e Produção de Abelhas rainhas africanizadas (Apis mellifera L.) em colmeias sob condições de sol e sombra no Semiárido do Nordeste brasileiro. 109 f. Dissertação (Mestre no curso de Pós-Graduação em Ciência Animal) Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró, 2015.
Sousa, D. A. (2009). Aspectos reprodutivos de rainhas africanizadas (Apis melífera L.): influência do peso ao nascer no desempenho das colônias. 111p. (Dissertação de mestrado). FFCLRP, Ribeirão Preto – USP, 2009.
Sereia, M. J., Toledo, V. D. A. A. D., Furlan, A. C., Faquinello, P., Maia, F. M. C., & Wielewski, P. (2013). Alternative sources of supplements for Africanized honeybees submitted to royal jelly production. Acta Scientiarum. Animal Sciences, 35(2), 165-171. doi: 10.4025/actascianimsci.v35i2.16976.
Klosowski, A. L. M., Kuasoski, M., & Bonetti, M. B. P. (2020). Apicultura brasileira: inovação e propriedade industrial. Revista de Política Agrícola, 1(1), 41.
Traynor, K. S., Le Conte, Y., & Page, R. E. (2014). Queen and young larval pheromones impact nursing and reproductive physiology of honey bee (Apis mellifera) workers. Behavioral ecology and sociobiology, 68(12), 2059-2073. doi: 10.1007/s00265-014-1811-y.
Winston, M. L. (2003). The biology of the honey bee. Cambridge: Havard University Press, 281p.
Zhang, G., Zhang, W., Cui, X., & Xu, B. (2015). Zinc nutrition increases the antioxidant defenses of honey bees. Entomologia Experimentalis et Applicata, 156(3), 201-210. doi: 10.1111/eea.12342.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Rita Ednice da Silva; Vitória Inna Mary de Sousa Muniz; Felipe Barroso de Sousa; Francisco Felipe Monteiro Farias; Jânio Angelo Felix; José Elton de Melo Nascimento; Paulo Michael Sousa Rodrigues ; José Everton Alves
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.