Análise histórica dos casos de leptospirose no município de Belém-PA, no período de 2013 a 2017

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8096

Palavras-chave:

Leptospirose; Georreferenciamento; Saneamento; Epidemia; Saúde pública.

Resumo

Objetivos: A pesquisa teve como objetivos analisar a série histórica dos casos de leptospirose no município de Belém-PA e identificar os bairros com maior número de casos notificados da doença, visando contribuir com possíveis medidas de prevenção. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, retrospectiva, descritiva-exploratória com base nos dados epidemiológicos fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde (SESMA), no período de 2013 a 2017. Resultados: Foram identificados 758 casos notificados de leptospirose, com uma maior predominância nos bairros do Guamá, Pedreira, Marambaia, Marco e Tapanã. Observou-se uma redução do percentual de casos durante o período de estudo. Além disso, em relação à área de habitação e sítio de infecção, destacam-se a zona urbana com 91,5% (692/758) das notificações, seguido de 18,6% (141/758) de casos relacionados ao âmbito domiciliar. Conclusão: Essa pesquisa demonstrou que a leptospirose ainda se faz presente em Belém-PA, principalmente em alguns bairros como o Guamá que apresentaram os maiores números de notificações. Este achado reforça a importância da criação de políticas públicas voltadas à realidade socioambiental local, a fim de contribuir para a prevenção do problema na população.

Referências

Adler, B. (2015). History of leptospirosis and leptospirosis. Curr Top Microbiol Immunol, 387 : 1- 9.

Benacer,D., Tanga,K.L., & Bin,V.K. (2016). Human leptospirosis in Malaysia: reviewing the challenges after 8 decades (1925-2012). Asia Pac J Saúde Pública, 28: 290 - 302 .

Brasil.(2015). Análise dos indicadores relacionados à água para consumo humano e doenças de veiculação hídrica no Brasil ano 2013, utilizando a metodologia da matriz de indicadores da Organização Mundial da Saúde (OMS). Recuperado de: https://www.portalm s.saude.gov.br

Brasil.(2014). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Leptospirose: diagnóstico e manejo clínico. Recuperado de: http://portalarquivos.saude.gov.br/imagens/2014//miolo-manual-leptospirose-17-9-2014

Bessa, L., Santos, C., Gouveia, H., & Lourenço, J. (2014). Contribuição dos sistemas de informação geográfica para o estabelecimento de uma rede de mobilidade sustentável na rede de Aldeias Vinhateiras do Douro. Rev de Geog e Ordenam do Território,5: 5-40.

Brasil.(2016). Resolução n° 510, de 7 de abril de 2016.Dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em Ciência Humana e Sociais cujos procedimentos metodológicos envolvam utilização de dados diretamente obtidos com os participantes ou de informações identificáveis que possam acarretar riscos maiores do que os existentes na vida cotidiana. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, abri 8; Seção 1:3. Recuperado de: http://bvsms.saude.gov.br.

Brasil.(2017). Leptospirose. Recuperado de: http://www.portalms.saude.gov.br

Campos, T. L. O. B., Mota, M. A. S., & Santos, S. R. Q. (2014). Eventos extremos de precipitação em Belém-Pa, uma revisão de notícias históricas de jornais. Rev.Ambient.Água,10,182-194.

Campos, H. S., Martins, G. G., Resende, R. O., & Souza, S. M. S. (2011). Leptospirose saúde ambiental, saneamento básico e urbanização. Revista Trabalhos Academicos, 2,1-15.

Chaiblich, J. V., Lima, M. L. S., Oliveira, R. F., Monken, M., & Penna, M. L. F. (2017). Estudo espacial de riscos à leptospirose no município do Rio de Janeiro (RJ). Rev Saúde debate, 41, 225-240.

Felzemburgh, R. D., Ribeiro G. S. F, Costa, Reis, R. B., Hagan, J. E., Melendez, A. X. T. O., Fraga, D., Santana, F. S., Sharif, M., Santos, B. L., Silva, A. Q., Santos, A. C., Ravines, R. R., Tassinari, W. S., Carvalho, M. S., Reis, M. G., & Ko, A. I. (2014). Prospective study of the transmission of leptospirosis in an urban favela community: role of the poor environment in repeated exposures to the agent Leptospira. PLoS Negl Trop Dis, 8, e2927.

Gonçalves, N. V., Araújo, E. N., Júnior, A. S. S., Pereira, W. M. M., Miranda, C. S. C., Campos, P. S. S., Matos, M. W. S., & Palácios, V. R. C. M. (2016). Distribuição espaço-temporal da leptospirose e fatores de risco em Belém, Pará, Brasil. Ciênc. saúde coletiva, 21,3947-3955.

Lima, K. W. S., Antunes, J. L. F., & Silva, Z. P. (2015). Percepção dos gestores sobre o uso de indicadores nos serviços de saúde. Rev Saúde Soc, 24, 61-71.

Lau, C. L., Watson, C. H., Lawry, J. H., David, M., Craig, S. B., Prior, S., Kama, M., & Nilles, E. J. (2017). Human Leptospirosis Infection in Fiji: An Ecope-epidemiological Approach to Identifying Risk Factors and Environmental Drivers for Transmission. PLoS Negl Trop Dis, 10 (1), e0004.

Puca, E., Majko, J., Puca,E., & Qyra, E. (2017). Acute encephalitis as initial presentation of leptospirosis. J Infect Dev Ctries, 11, 361-363.

Rood, E. J. J., Goris, M. G. A., Pijnacker, R., Bakker, M. I., & Hartskeerl, R. A. (2017).Environmental risk of leptospirosis infections in the Netherlands: spatial modeling of environmental risk factors for leptospirosis in the Netherlands. PLoS,12 (10): e0186987.

Santos, J. F. (2009). O saneamento como instrumento de Promoção da Saúde. In: BRASIL. Ministério das Cidades. Lei Nacional de Saneamento Básico: perspectivas para as políticas e a gestão dos serviços públicos – Livro II. Cordeiro, B. S. (Coord.). Editado pelo Programa de Modernização do Setor Saneamento – PMSS, 357-366. Recuperado de: https://www.capacidades.gov.br

Samsudin, S., Sakinah, S. N. S., Malina, O., Norliza, B. A., Noh, M. A., Fairuz, A., Jamaluddin, T. Z. M. T., Hamat, R. A., Zahiruddin, W. M., Nazri, S. M., Sukeri, S., Aziah, B. D., Zawaha, I., Zainudin, A. W., Munirah, N. A., Desa, M. N., Neela, V., & Masri1et, S. N. (2018). Seroprevalence of leptospira antibodies among market workers and food handlers in the central state of Malaysia, 23(3), 327-333.

Schmidt, R. A. C. (2007). A questão ambiental na promoção da saúde: uma oportunidade de ação multiprofissional sobre doenças emergentes. Physis, 17,373-392.

Silva, G. A. (2015). Enfoque sobre a leptospirose na região nordeste do Brasil entre os anos de 2000 a 2013. Acta Biomedica Brasiliensia, 6,101-108.

Terrazas, S., Olea, A., Riedemann, S., & Hidalgo, M. T. (2012). Prevalencia de leptospirosis en adultos en Chile, 2003. Rev. chil. Infectol, 29 (6).

Vasylieva, N., Andreychyn, M., Kravchuk, Y., Chervinska, O., & Losyk, L. (2017). Changes in the etiology of leptospirosis in animals and humans. Ann Agric Environ Med,24 (4), 671-675.

Downloads

Publicado

17/09/2020

Como Citar

DERGAN , M. R. A. .; SOUZA, M. O. L. S. de .; PEREIRA, C. E. A. .; PAMPLONA, M. C. do C. A. .; PEIXOTO, I. V. P. .; CARVALHO, D. de N. R. de .; FERREIRA, A. L. V. .; ALFAIA JÚNIOR, A. C. .; SILVA , T.; MELO, L. H. C. P. . Análise histórica dos casos de leptospirose no município de Belém-PA, no período de 2013 a 2017. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e169108096, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.8096. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/8096. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde