Perfil de crianças com queixas de dificuldade de aprendizagem que procuram atendimento fonoaudiológico em uma clínica escola
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8131Palavras-chave:
Criança; Aprendizagem; Fonoterapia.Resumo
Objetivo: Descrever o perfil das crianças que buscam atendimento fonoaudiológico com queixa de dificuldades de aprendizagem, verificar a associação entre o desempenho escolar das crianças e a escolaridade dos pais e a concordância entre a queixa e o diagnóstico. Métodos: Realizou-se um levantamento de dados em prontuários de uma clínica escola. Foram coletas as seguintes informações: data de nascimento, sexo, data de realização da triagem, idade apresentada na data da triagem e no corrente ano, escolaridade da criança na data da triagem e atual, escolaridade dos pais/responsáveis, tipo de queixa fonoaudiológica, origem do encaminhamento e a impressão diagnóstica. Os dados foram analisados pelo SPSS versão 20 para Windows®. Resultados: das 75 triagens analisadas, a maioria eram de crianças do sexo masculino (66,77%). A média de idade das crianças com queixa de aprendizagem foi de 9,25 no momento da triagem. Apesar da dificuldade de aprendizagem, somente 24% das crianças reprovaram de ano. Conforme análise estatística, observou-se que o desempenho escolar das crianças é dependente somente da escolaridade da mãe. A maioria das crianças foram encaminhadas ao serviço pelo professor (58,7%). Verificou-se concordância fraca (K= 0,278; p=0,001) entre a queixa apresentada e a impressão diagnóstica. Conclusão: Foi possível traçar um perfil das crianças que apresentam dificuldade de aprendizagem do serviço estudado. A escolaridade das mães pode influenciar no desempenho escolar das crianças, além de baixa concordância entre a queixa e a impressão diagnóstica.
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