Imobilidade laríngea unilateral pós-arbovirose: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.8195Palavras-chave:
Infecções por arbovírus; Vírus Chikungunya; Paresia; Prega vocal; Disfonia; Fonoterapia.Resumo
A imobilidade laríngea é uma doença geralmente associada ao comprometimento do nervo laríngeo recorrente, que pode ter causa traumática, tumoral, infecciosa, dentre outras. Em sua apresentação clínica temos a disfonia com seus impactos sociais e econômicos levando a sua importância de diagnóstico e tratamento adequados. O objetivo deste relato de caso é descrever o quadro clínico de uma paciente jovem do sexo feminino com disfonia por paresia de prega vocal esquerda, possivelmente consequente à infecção por arbovírus (Dengue e/ou Chikungunya) e que se obteve melhora clínica importante após o tratamento com fonoterapia. Esta complicação atípica da arbovirose nunca descrita, apoia-se na descrição de neuropatias e paralisias em outros nervos já publicadas. Como conclusão, sugere-se que a pesquisa da sorologia para as arboviroses entre no arsenal para avaliação das etiologias possíveis da imobilidade laríngea, quando houver epidemiologia que justifique, assim como, reitera-se a importância da fonoterapia no tratamento destes pacientes com imobilidade laríngea.
Referências
Amin, M. R., Koufman, J. A., (2001). Vagal neuropathy after upper respiratory infection: a viral etiology?, American Journal of Otolaryngology. 22:251-256.
Behlau, M., Madazio, G., Feijó, D., Pontes, P., (2001). Avaliação de Voz In: Behlau, M – Voz do especialista – volume I – p. 85-179 – Editora: Revinter.
Bhatt, N. B., Pipkorn, P., Paniello, R. C., (2019). Association between Upper Respiratory Infection and Idiopathic Unilateral Vocal Fold Paralysis. Annals of Otology, Rhinology & Laryngology, 127(10):667-671.
Busto-Crespo, O., zcanga-Lacabe, M., Abad-Marco, A., Berasategui, I., García, L., Maraví, E., et al., (2015). Longitudinal Voice Outcomes After Voice Therapy in Unilateral Vocal Fold Paralysis, Journal of Voice, 30(6), 767-769. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2015.10.018.
Busto-Crespo, O., zcanga-Lacabe, M., Abad-Marco, A., Berasategui, I., García, L., Maraví, E., et al. (2016). Parálisis de cuerda vocal unilateral: estudio de la calidad vocal después del tratamiento logopédico, Ananles del Sistema Sanitario de Navarra. 39 (1): 69-75.
Cielo, C. A., Lima, J. P. M., Christmann, M. K., Brum, R., (2013). Exercícios de trato vocal semiocluído: Revisão de literatura, Revista CEFAC. 15(6):1679-1689.
Governo do Estado do Rio Grande do Norte. (2018). Secretaria de Estado da Saúde. Boletim Epidemiológico – Arboviroses Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus zika. [Acesso 3 de outubro de 2018]; Disponível em: http://www.adcon.rn.gov.br/ACERVO/sesap/DOC/DOC000000000185724.PDF .
Kraus, W., Aviv, J. E., Sanders, I., & Biller, H. F., (1987). Laryngeal Electrode Platform: An Indwelling Device for Mobilizing the Vocal Cords. Annals of Otology, Rhinology & Laryngology, 96(6), 674–679.
Mahto, S. K., Gupta, P. K., Singh, A., Meena, R. C., (2018). Atypical Neurological Manifestations of Chikungunya Fever: Two Case Reports. Indian Journal of Critical Care Medicine. 22(4):306-308.
Matos, L. J. de, Fernandes, C. da S., Araújo, T. M. de, Galindo Neto, N. M., Barros, L. M., & Frota, N. M. (2020). Impact of Chikungunya fever on daily life activities of elderly people. Research, Society and Development, 9(8), e234985746. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5746.
Musso, D., Rodriguez-Morales, A. J., Levi, J. E., Cao-Lormeau, V. M., & Gubler, D. J. (2018). Unexpected outbreaks of arbovirus infections: lessons learned from the Pacific and tropical America. The Lancet Infectious diseases, 18(11), e355-e361.
Oliveira, E. H., Soares, J. dos S., Acha, B. T., Verde, R. M. C., Soares, L. F., & Lima, H. R. (2019). Epidemiological impact of dengue in Paraíba state, Brazil. Research, Society and Development, 8(12), e488121947. https://doi.org/10.33448/rsd-v8i12.1947.
Pereira, A. S., & et al., (2018). Metodologia da pesquisa científica [eBook]. Santa Maria: UFSM/UAB/NTE.
Rezza, G., (2014). Dengue and chikungunya: long-distance spread and outbreaks in naïve areas. Pathogens and Global Health. 108(8): 349–355.
Rosen, C. A., Lee, A. S., Osborne, J., Zullo, T., Murry, T., (2004). Development and validation of the voice handicap index-10. Laryngoscope. 114(9):1549-56. 1782. http://dx.doi.org/10.1590/S2317-17822013000500013.
Souza, L. J., (2017). Dengue, Zika e Chikungunya – Diagnóstico, Tratamento e Prevenção. Rio de Janeiro, Brazil: Editora Rubio.
Waltonv, C., Carding, P. & Flanagan, K, (2018). Perspectives on voice treatment for unilateral vocal fold paralysis, Current Opinion in Otolaryngology & Head Neck Surgery, 26(3), 157-161. / DOI:10.1097/MOO.0000000000000450.
Webb, A. L., Carding, P. N., Deary, I. J., MacKenzie, K., Steen, N., & Wilson, J. A. (2004). The reliability of three perceptual evaluation scales for dysphonia. European Archives of Oto-Rhino-Laryngology and Head & Neck, 261(8), 429-434.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Juliane Patrícia Grigório da Silva; Henrique de Paula Bedaque; Natania Tuanny Damasceno Inácio; Mônica Claudino Medeiros Honorato ; Deborah Carla Santos Gibson; Cyntia Meira de Almeida Godoy ; Hipólito Virgilio Magalhães Junior; Alexandre Augusto Fernandes; Kleber Giovanni Luz; Lidiane Maria de Brito Macedo Ferreira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.