Efeitos anti-inflamatórios e antinociceptivos do kaempferide da própolis verde brasileira
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8232Palavras-chave:
Nocicepção térmica e mecânica; Edema de pata; Toxicidade.Resumo
A própolis verde brasileira é produzida por Apis mellifera a partir de Baccharis dracunculifolia. Kaempferide foi isolado da própolis verde a partir de B. dracunculifolia, é um flavonoide O-metilado com atividades gastroprotetora, antialérgica e anti-hipertensiva. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os potenciais anti-inflamatórios e antinociceptivos do Kaempferide, bem como seu possível efeito toxicológico no rim e no fígado. Para tanto, a nocicepção foi avaliada pelas sensibilidades térmica (aparelho hargreaves) e mecânica (Dynamic Plantar Aesthesiometer); o potencial anti-inflamatório foi avaliado pelo edema induzido por carragenina; e o perfil toxicológico foi avaliado pela avaliação bioquímica do sangue. Kaempferide reduziu significativamente a nocicepção mecânica e apresentou efeito anti-inflamatório, o que foi evidenciado pela redução do volume do edema da pata, bem como pela redução dos infiltrados, celularidade e área do tecido lesado. Por outro lado, foi inativo no protocolo de nocicepção térmica com ou sem processo inflamatório, bem como foi inativo no protocolo de nocicepção mecânica após um processo inflamatório. Além disso, não foram observadas depressão do sistema nervoso central e toxicidades hepáticas e renais.
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