Movimentos mandibulares durante a fala antes e depois da frenectomia lingual

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8240

Palavras-chave:

Anquiloglossia; Freio lingual; Fonoaudiologia; Transtornos da articulação; Movimentos mandibulares.

Resumo

O objetivo desse estudo foi analisar a velocidade e a amplitude dos movimentos mandibulares durante a fala, antes e depois da frenectomia lingual, em uma amostra composta por 10 sujeitos entre 15 e 21 anos, com diagnóstico de anquiloglossia. Inicialmente foi realizada a aferição da abertura máxima de boca com paquímetro, bem como, da velocidade de abertura e fechamento de boca e da amplitude dos movimentos mandibulares durante a fala, com eletrognatógrafo- BioEGN. Os sujeitos diagnosticados com anquiloglossia foram encaminhados para realização da frenectomia lingual. Após 30 dias do procedimento cirúrgico, novos registros foram obtidos. Para análise dos dados foram aplicados os testes Shapiro-Wilk e o teste t-Student. Quando comparados os movimentos mandibulares antes e depois da frenectomia lingual, a análise das variáveis mostrou que os sujeitos apresentaram diferença estatistica­mente significante dos movimentos mandibulares durante a fala, mostrando que a anquiloglossia interfere na realização desses movimentos. O presente estudo mostra que a velocidade e amplitude dos movimentos mandibulares durante a fala foram melhoradas após frenectomia lingual em pacientes com anquiloglossia.

Biografia do Autor

Patricia Maria Barbosa Teixeira Canevassi, Universidade Federal de Pernambuco

Universidade Federal de Pernambuco

Hilton Justino da Silva, Universidade Federal de Pernambuco

UFPE-Universidade Federal de Pernambuco

Gabriela Brito Vasconcelos, Associação Brasileira de Odontologia de Pernambuco

Associação Brasileira de Odontologia de Pernambuco-ABO-PE

Eduarda Lopes Honorato de Souza, Universidade Federal de Pernambuco

Roberta Lopes de Castro Martinelli, Hospital Santa Terezinha

Hospital Santa Terezinha-SP

Daniele Andrade da Cunha, Universidade Federal de Pernambuco

UFPE-Universidade Federal de Pernambuco

Referências

Ali Shah, A. (2003). Postretention changes in mandibular crowding: a review of the literature. American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics,124, 298-308.

Anelli, W. (1997). Atuação fonoaudiológica na desordem temporomandibular. In Lopes, F.O.C. Tratado de fonoaudiologia, São Paulo: Editora Roca. 821-8.

Benevides, S. D., Araujo, R. P., Ribeiro, C. O., & Mello, S. M. F. (2016). Movimentos mandibulares em crianças. Revista CEFAC,18(1), 95-103.

Bianchini, E. M., & de Andrade, C. R. (2006). A model of mandibular movements during speech: normative pilot study for the Brazilian Portuguese language. Cranio, 24(3), 197–206.

Camargo, Z. A., Marchesan, I. Q., Oliveira, L. R., Svicero, M. A. F., Pereira, L. C. K., & Madureira, S. (2013). Lingual frenectomy and alveolar tap production: An acoustic and perceptual study. Logopedics Phoniatrics Vocology, 38(4), 157-66.

Camargo, Z. A., Oliveira, L., Svicero, M. A. F., Marchesan, I. Q., & Madureira, S. (2016). The acoustic analysis of vowel productions pre- and post- lingual frenectomy. The International Journal of Orofacial Myology, 42, 55-60.

Farella, M., Iodice, G., Michelotti, A., & Leonardi, R. (2005). The relationship between vertical craniofacial morphology and the sagittal path of mandibular movements. Journal of Oral Rehabilitation, 32(12), 857–62.

Ganesan, K., Girgis, S., & Mitchell, S. (2019). Lingual frenotomy in neonates: past, present, and future. Brasilian Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, Apr 57(3), 207-213.

Karabulut, R., Sonmez, K., Türkyilmaz, Z., Demiroğullari, B., Ozen, I. O., Bağbanci, B., Kale, N., & Başaklar, A. C. (2008). Ankyloglossia and effects on breast-feeding, speech problems and mechanical/social issues in children. B-ENT, 4(2), 81-5.

Keith, A. M., & Maureen, S. (2011). Characterization of mandibular movement during speech in the presence of oral articulatory perturbation. Archives of Oral Biology, 56, 474-482.

Marchesan, I. Q. (2004). Lingual frenulum: classification and speech interference. The International Journal of Orofacial Myology, 30, 31-8.

Marchesan, I. Q. (2010). Protocolo de avaliação do frênulo da língua. Revista CEFAC, 12(6):977-989.

Marchesan, I. Q., Martinelli, R. L. C., & Gusmão, R. J. (2012). Frênulo lingual pré e pós frenectomia. Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 24(4), 409-12.

Marchesan, I. Q., Oliveira, L. R., Martinelli, R. L. C. (2014). Frênulo da língua - Controvérsias e Evidências. In Marchesan, I. Q., Silva, H. J., Tomé, M. C. (Org.). Tratado das Especialidades em Fonoaudiologia, 1ed.Rio de Janeiro: Editora gen/ROCCA, 1, 283-301.

Marchesan, I. Q., Teixeira, A. N., & Cattoni, D. M. (2010). Correlações entre diferentes frênulos linguais e alterações na fala. Revista Distúrbios da Comunicação, 22(3), 195-200.

Martinelli, R. L. C., & Marchesan, I. Q. (2019). Frênulo lingual. In Silva, H. J, Tessitore, A., Motta, A. R., Cunha, D. A., Berretin-Felix, G., & Marchesan, I. Q. (org). Tratado de Motricidade Orofacial, São José dos Campos: Pulso Editorial.

Martinelli, R. L. C., Marchesan, I. Q., & Berretin-Felix, G. (2019). Compensatory strategies for the alveolar flap [ɾ] production in the presence of ankyloglossia. Revista CEFAC, 21(3), e10419.

Matsuo, K., & Palmer, J. B. (2010). Kinematic linkage of the tongue, jaw, and hyoid during eating and speech. Archives of Oral Biolog, April; 55(4), 325–331.

Okeson, J. P. (2008). História e exame das desordens temporomandibulares. In Okeson, J. P. Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão, 6ª ed. São Paulo: Elsevier Editora Ltda, 173-28.

Ostapiuk, B. (2010). Asymmetry in sound production in persons with ankyloglossia. Logopedia, 39/40, 113-37.

Pakanati, S. S. R., Anchery, V. A., & Moidu, F. (2014). Familial ankyloglossia, tongue tie. A rare case report. Journal of Evolution of Medical and Dental Sciences, 3(2), 303-5.

Pinheiro, P. F. Jr., Cunha, D. A., Filho, M. G., Caldas, A. S., Melo, T. M., & Silva, H. J. (2012). The use of electrognathography in jaw movement research: a literature review. Cranio, 30(4), 293-303.

Reicheneder, C. A., Peter, P., Baumert, U., & Gedrange, T. (2009). Growth-Related Differences in maximum laterotrusion and retrusion between children and adults. Angle Society of Orthodontia, 79(2), 265-70.

Sanders, I., Mu, L., Amirali, A., Su, H., & Sobotka, S. (2013). The human tongue slows down to speak: muscle fibers of the human tongue. The Anatomical Record, 296(10):1615-27.

Schoenwolf, G. C., Bleyl, S. B., Brauer, P. R., & Francis-West, P. H. (2015). Larsen’s human embryology. Churchill Livingstone, (5th ed.).

Xing, F., Woo, J., Lee, J., Murano, E. Z., Stone, M., & Prince, J. L. (2016). Analysis of 3-D tongue motion from tagged and cine magnetic resonance images. Journal of Speech Language and Hearing Research, Jun 1;59(3),468-79.

Downloads

Publicado

20/09/2020

Como Citar

CANEVASSI, P. M. B. T.; SILVA, H. J. da .; VASCONCELOS, G. B. .; SOUZA, E. L. H. de .; MARTINELLI, R. L. de C. .; CUNHA, D. A. da . Movimentos mandibulares durante a fala antes e depois da frenectomia lingual. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e1009108240, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.8240. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/8240. Acesso em: 5 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde