Vida útil da carne de sol pelo uso de atmosfera modificada
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.8301Palavras-chave:
Carne; Validade; Embalagem; Qualidade; Modificação de gasesResumo
Objetivou-se avaliar os efeitos de diferentes atmosferas modificadas nas embalagens de carne de sol e sua influência na vida útil. Para isso, bifes de carne bovina tipo coxão duro (Bíceps femoris) foram cortados, salgadas com 2,5% de NaCl e embaladas nas seguintes atmosferas: ar atmosférico (CE-Ar); vácuo (CE-V); 100% de CO2 (CE-ATM1); 50% de CO2 + 50% de N2 (CE-ATM2); 70% de CO2 + 30% de N2 (CE-ATM3); 30% de CO2 + 70% de N2 (CE-ATM4). As amostras foram avaliadas quanto à qualidade microbiológica e físico-química. As carnes embaladas em atmosferas com diferentes razões de CO2 e N2 apresentaram vida útil de até 12 dias, sem variações significativas entre tratamentos, quanto à qualidade microbiológica. Em relação às características físico-químicas, apesar de aumentar a oxidação lipídica na carne, as atmosferas com diferentes misturas de CO2 e N2 utilizadas para embalagem as carnes apresentaram as melhores características da qualidade. Portanto, de acordo com este estudo, as atmosferas modificadas com CO2 e N2 podem ser recomendadas como melhores alternativas para prolongar a vida útil da carne de sol.
Referências
Amsa. (2012). Meat color measurement guidelines. American Meat Science Association. USA, 2, 100-101.
Association of Official Analytical Chemists - AOAC. Official methods of analysis of the Association. 18 ed. Gaithersburg: Maryland; 2005.
Belew, J. B., Brooks, J. C., Mckenna, D. R. & Savell, J. W. (2003). Warner-Bratzler shear evaluations of 40 bovine muscles. Meat Science, 64, 507- 512.
Bolognesi, V. J., Carvalho, P.R.R.M., Ville, G.M.F.C., Masson, M. L., Barreira, S. M. W. & Rocha Garcia, C. E. (2015). Nitrite, oxidation and color during shelf life of jerked beef. African Journal of Pharmacy and Pharmacology. 9(34) 856-860.
Chen, J., & Brody, A. L. (2013)Use of active packaging structures to control the microbial quality of a ready-toeat meat product. Food Control , 30, 306-310.
Costa, E. L. & Silva, J. A. (2001). Microbiological evaluation of sun-dried meat elaborated with low levels of sodium chloride. Food Science and Technology, 21, 149- 153.
Downes, F. P. & Ito, H. (2001). Compedium of methods for the microbiological examination os foods. 4 ed. Washington: American Public Health Association, 676.
Ferreira, D. F. (2011). Sisvar: a computer system of statistical analysis. Ciência e Agrotecnologia, 35(6), 1039-1042.
Gram, L., Ravn, L., Rasch, M., Bruhn, J.B., Christensen, A.B. & Givskov, M. (2002). Food spoilage-interactions between food spoilage bacteria. International Journal of Food Microbiology. 78, 79–97.
Hamm, R. (1960). Biochemistry of meat hydratation: advances in food research. Cleveland, 10, 335-443.
Ishihara, Y. M. & Madruga, M. S. (2013). Indicators of softness in salted and dried meats: a review. Semina: Agricultural Sciences, Londrina, 34(6), 3721-3738.
Jakobsen, M. & Bertelsen, G. (2004). Predicting the amount of carbon dioxide absorbed in 2 meat. Meat Science 68, 603-610.
Lan, Y., Shang, Y., Song, Y. & Dong, Q. (2016). Changes in the quality of superchilled rabbit meat stored at different temperatures. Meat Science.
Mohan, A. & Singh, R. K. (2016). Functional properties of carrageenan on color stability and sensory characteristics of beef steaks. Food Bioscience. http://dx.doi.org/10.1016/j.fbio.2016.05.006.
Nair, D., Sharma, C. S., Nannapaneni, R., Kiess, A. & Schilling, W. (2014). Reduction of 5 Salmonella on turkey breast cutlets by plant derived compounds. Foodborne Pathogens 6 and Disease 11: 981-987.
Osório, J.C.S., Osório, M.T.M., Jardim, P.O.C., Pimentel, M.A., Pouey, J.L.O. & Lüder, W.E. (1998). Methods for evaluation of sheep meat "in vivo", in carcass and in meat. UFPEL, 107.
Salviano, A. T. M., Moreira, R. T., Carvalho, R. J., Ishihara, Y. M. & Madruga, M. S. (2015). Effect of maturation on the quality of sun-dried meat. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, 17(3), 215-224.
Spanos, D., Torngren, M. A., Christensen, M. & Baron, C. P. (2014). Effect of oxygen level on the oxidative stability of two different retail pork products stored using modified atmosphere packaging (MAP). International Journal of Food Microbiology, 171, 32–40.
Storia, A. L., Ferrocino, I., Torrieri, E., Monaco, R. D., Mauriello, G.,Villani, F. & Ercolini, D. (2012). A combination of modified atmosphere and antimicrobial packaging to extend the shelf-life of beefsteaks stored at chill temperature. International Journal of Food Microbiology 158, 186–194.
Vergara, & Gallego (2001). Effect of gas composition in modified atmosphere packaging on the meat quality of Spanish Manchega lamb. Journal of the Science of Food and Agriculture, 81, 1353–1357.
Zakrys-Waliwander. Pi., O'sullivan Mg, Walsh H, Allen P & Kerry Jp. (2011). Sensory comparison of commercial low and high oxygen modified atmosphere packed sirloin beef steaks. Meat Science. 88(1):198-202. doi: 10.1016/j.meatsci.2010.12.027.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Maria Carla da Silva Campêlo; Jovilma Maria Soares de Medeiros; Lucas de Oliveira Soares Rebouças ; Luciana Veras Aquino Figueiroa; Manuella de Oliveira Cabral Rocha; Palloma Vitória Carlos de oliveira; Patrícia de Oliveira Lima; Jean Berg Alves da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.