2,4-D em videiras: estudo de caso no Município de Jaguari-RS, estado do Rio Grande do Sul, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8379Palavras-chave:
Vitis vinífera; Ácido diclorofenoxiacético; Herbicidas fenóxicos.Resumo
Atualmente plantas de videira no município de Jaguari, localizado na região centro-oeste do estado do Rio Grande do Sul - Brasil, apresentam sintomas de fitotoxidez, possivelmente oriundos da aplicação de agrotóxicos em áreas de produção agrícola. A uva é um produto de grande valor econômico, social e cultural para a região. Neste sentido a Lei Municipal N° 3.163 restringe o uso de herbicidas derivados da composição química 2,4-D (diclorofenoxiacético) em todo o território do município de Jaguari no período de 15 de setembro a 15 de março de cada ano agrícola, independente da modalidade de sua aplicação. Portanto, o objetivo deste trabalho foi identificar e quantificar resíduos de 2,4-D nas folhas de videira pelo método QuEChERS e análise por HPLC-MS/MS. A coleta das amostras foi realizada em seis propriedades localizadas dentro do perímetro delimitado pela Lei Municipal N° 3.163. O período de amostragens foi semanal de 29/09/2017 a 06/12/2017, perfazendo um total de 62 amostras. Foram coletadas folhas de videiras e armazenadas em sacos plásticos devidamente identificados e encaminhados para o Laboratório de Análises de Resíduos e Pesticidas (LARP), na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Durante o período de amostragem observou-se problemas de fitotoxidez das plantas. Comprovou-se a presença de resíduos do herbicida em 69% das amostras, concluindo-se que a deriva do produto pode ser a causa dos danos nas videiras apontados pelos produtores de Jaguari.
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