Caracterização epidemiológica e espacial da hanseníase em Aracaju, Sergipe, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8419Palavras-chave:
Hanseníase; Epidemiologia; Análise Espacial; Geoprocessamento.Resumo
A hanseníase é uma infecção crônica, considerada um grave problema de saúde pública devido à sua magnitude e alto potencial incapacitante. Este estudo teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase e as características espaciais da doença em Aracaju, Sergipe, Brasil. Estudo ecológico, descritivo e analítico com 559 pacientes com hanseníase de Aracaju, de 2011 a 2015. Todas as informações foram obtidas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde do Brasil. Foram utilizadas análises estatísticas descritivas e analíticas e métodos de caracterização espacial. Observou-se uma tendência decrescente na detecção de casos de hanseníase durante o período do estudo, com a frequência relativa passando de 23% (n = 129) em 2011 para 14,5% (n = 81) em 2015. A forma tuberculóide foi a mais comum (28,2%, n = 158), seguido por dimórfico (24,5%, n = 137), indeterminado (21,5%, n = 120) e virchowiano (20,6%; n = 115). A classificação operacional multibacilar também correspondeu à maioria das notificações (52,4%, n = 293), com os fatores associados idade ≥ 16 anos (OR = 2,42; IC 95% = 1,12-5,25) e sexo masculino (OR = 2,74,995 % CI = 1,94-3,86) (p <0,05). O cluster de alto risco para a doença e a maior densidade da incidência média de detecção pela estimativa de Kernel concentrou-se mais na porção centro norte de Aracaju. A análise estatística permitiu um melhor entendimento do perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase e a identificação de áreas críticas para adoecimento e disseminação da doença.
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