Comparação das características oclusais da população em 3 regiões Brasileiras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8586

Palavras-chave:

Epidemiologia; Ortodontia; Má oclusão.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência das características individuais das más oclusões numa amostra de pacientes ortodônticos provenientes de 3 regiões brasileiras e comparar os resultados com outros autores. O presente estudo foi baseado no exame de modelos dentários, radiografias intrabucais e panorâmicas de 947 pacientes ortodônticos provenientes de 3 cidades: 363 de Fortaleza (CE), 270 de Maringá  (PR) e 314 de Bauru (SP) representando respectivamente as seguintes regiões brasileiras: Nordeste, Sul e Sudeste. Foram examinados o relacionamento do primeiro molar superior com o primeiro molar inferior de acordo com a classificação de Angle, trespasse, sobressaliência, apinhamento, mordida cruzada posterior e diastema superior. Os testes do qui-quadrado e ANOVA foram usados para determinar as potenciais diferenças na distribuição da má oclusão quando estratificadas regiões brasileiras. A má oclusão de Classe I foi encontrada em 499 (52,69%), Classe II em 395 (41,71%) e Classe III em 53 (5,59%) de todos os pacientes examinados. A mordida profunda, diastema anterossuperior e mordida cruzada posterior foram observados com maior frequência em Bauru, entretanto, em Maringá a sobressaliência normal (13.3%) e a mordida aberta (4.75%) foram mais prevalentes. Os resultados deste estudo mostraram que a má oclusão de Classe I foi a mais prevalente, seguida pela Classe II e III. Estes relacionamentos oclusais avaliados em três regiões brasileiras mostraram o mesmo padrão de frequência que o resultado apresentado pela população geral da amostra.

Referências

Ahangar-Atashi, M. H., Dabaghi-Tabriz, F., Ahangar-Atashi, S., & Rahbar, M. (2017). Prevalence of Dental Malocclusions in Patients admitted to the Department of Orthodontics, School of Dentistry, Tabriz, in 2016. J Contemp Dent Pract, 18(11), 1034-1039. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29109317

Aikins, E. A., & Onyeaso, C. O. (2014). Prevalence of malocclusion and occlusal traits among adolescents and young adults in Rivers State, Nigeria. Odontostomatol Trop, 37(145), 5-12. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24979956

Angle, E. H. (1899). Classification of malocclusion. Dent. Cosmos., 41, 350-375.

Borzabadi-Farahani, A., Borzabadi-Farahani, A., & Eslamipour, F. (2009). Malocclusion and occlusal traits in an urban Iranian population. An epidemiological study of 11- to 14-year-old children. Eur J Orthod, 31(5), 477-484. https://doi.org/10.1093/ejo/cjp031

Cal Neto, J. O. d. A. P., Cunha, D. L., & Miguel, J. A. M. (2010). Diastemas interincisais superiores associados a dentes supranumerários–considerações clínicas e relato de um caso. Jornal Brasileiro de Ortodontia & Ortopedia Facial, 7(39).

Celikoglu, M., Akpinar, S., & Yavuz, I. (2010). The pattern of malocclusion in a sample of orthodontic patients from Turkey. Med Oral Patol Oral Cir Bucal, 15(5), e791-796. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20383112

de Oliveira Waked, A., Couto, G. B. L., Sales, R. D., & Soares, E. A. (2010). Prevalência das más-oclusões em pacientes da Clínica de Ortodontia da Universidade Federal de Pernambuco. Jornal Brasileiro de ORTODONTIA & Ortopedia Facial, 9(52).

de Souza, R. A., de Araújo Magnani, M. B. B., Nouer, D. F., Romano, F. L., & Passos, M. R. (2008). Prevalence of malocclusion in a brazilian schoolchildren population and its relationship with early tooth loss. Brazilian Journal of Oral Sciences, 7(25).

El-Mangoury, N. H., & Mostafa, Y. A. (1990). Epidemiologic panorama of dental occlusion. Angle Orthod, 60(3), 207-214. https://doi.org/10.1043/0003-3219(1990)060<0207:EPODO>2.0.CO;2

Francisconi, M. F., Janson, G., Freitas, K. M., Oliveira, R. C., Oliveira, R. C., Freitas, M. R., & Henriques, J. F. (2014). Overjet, overbite, and anterior crowding relapses in extraction and nonextraction patients, and their correlations. Am J Orthod Dentofacial Orthop, 146(1), 67-72. https://doi.org/10.1016/j.ajodo.2014.04.012

Frazão, P., Narvai, P. C., & Castellanos, R. A. (2002). Prevalência de oclusopatia na dentição decídua e permanente de crianças na cidade de São Paulo, Brasil, 1996 Malocclusion prevalence in the deciduous and permanent dentition of schoolchildren. Cad. saúde pública, 18(5), 1197-1205.

Freitas, M. R. d., Freitas, D. S. d., Pinheiro, F. H. d. S. L., & Freitas, K. M. S. d. (2002). Prevalência das más oclusões em pacientes inscritos para tratamento ortodôntico na Faculdade de Odontologia de Bauru-USP. Rev. Fac. Odontol. Bauru, 10(3), 164-169.

Gandini, M. R. E., Pinto, A. d. S., Gandini Junior, L. G., Martins, J. C. d. R., & Mendes, A. J. D. (1994). Estudo da oclusäo dentária de escolares da cidade de Araraquara, na fase da dentadura mista. Ortodontia, 27(3), 37-49.

Garner, L. D., & Butt, M. H. (1985). Malocclusion in black Americans and Nyeri Kenyans. An epidemiologic study. Angle Orthod, 55(2), 139-146. https://doi.org/10.1043/0003-3219(1985)055<0139:MIBAAN>2.0.CO;2

Helm, S. (1977). Epidemiology and public health aspects of malocclusion. J Dent Res, 56 Spec No, C27-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/273028

Hill, P. A. (1992). The prevalence and severity of malocclusion and the need for orthodontic treatment in 9-, 12-, and 15-year-old Glasgow schoolchildren. British Journal of Orthodontics, 19(2), 87-96.

Horowitz, H. (1970). A study of occlusal relations in 10-12 year old Caucasian and Negro children-summary report. Int Dent J, 20, 593-605.

Horowitz, H. S., & Doyle, J. (1970). Occlusal relations in children born and reared in an optimally fluoridated community. II. Clinical findings. Angle Orthod, 40(2), 104-111. https://doi.org/10.1043/0003-3219(1970)040<0104:ORICBA>2.0.CO;2

Korkhaus, G. (1928). The frequency of orthodontic anomalies at various ages. International Journal of Orthodontia, Oral Surgery and Radiography, 14(2), 120-135.

Martins, J. C. d. R., Sinimbu, C. M. B., Dinelli, T. C. d. S., Martins, L. P., & Raveli, D. B. (1998). Prevalência de má oclusão em pré-escolares de Araraquara: relação da dentição decídua com hábitos e nível sócio econômico. Rev. dent. press ortodon. ortoped. facial, 3(6), 35-43.

Martins, M. d. G. A., & Lima, K. C. (2009). Prevalence of malocclusions in 10-to 12-year-old schoolchildren in Ceará, Brazil. Oral health & preventive dentistry, 7(3).

Massler, M., & Frankel, J. M. (1951). Prevalence of malocclusion in children aged 14 to 18 years. Am J Orthod, 37(10), 751-768. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14877987

Monini, A. d. C., Amaral, R. M. d. P., Gandini, M. R. E. A. S., & Gandini Júnior, L. G. (2010). Prevalência das más oclusões em crianças na Clínica de Graduação da Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP. Revista de Odontologia da UNESP, 175-178.

Mtaya, M., Brudvik, P., & Astrom, A. N. (2009). Prevalence of malocclusion and its relationship with socio-demographic factors, dental caries, and oral hygiene in 12- to 14-year-old Tanzanian schoolchildren. Eur J Orthod, 31(5), 467-476. https://doi.org/10.1093/ejo/cjn125

Pereira, A., Shitsuka, D., Parreira, F., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica.[e-book]. Santa Maria.

Proffit, W., Fields, J. H., & Moray, L. (1998). Prevalence of malocclusion and orthodontic treatment need in the United States: estimates from the NHANES III survey. The International journal of adult orthodontics and orthognathic surgery, 13(2), 97-106.

Reyes, E., Sheen, J., & García-Godoy, F. (1980). La occlusion de la dentición temporal en ninõs pre-escolares de Santo Domingo. Acta Odontol Pediatr, Santo Domingo, 1(1), 11-22.

Ribas, M. d. O., Fronza, F., Mello, G. S. d., Neta, S., Schimidt, M. L., Kowalski, R. V., Orellana, B., Gasparim, G. R., & Araújo, R. d. C. (2004). Estudo epidemiológico das maloclusões em escolares de 6 a 8 anos na cidade de Curitiba-Paraná. RSBO (Impr.), 1(1), 22-29.

Silva, R. G., & Kang, D. S. (2001). Prevalence of malocclusion among Latino adolescents. Am J Orthod Dentofacial Orthop, 119(3), 313-315. https://doi.org/10.1067/mod.2001.110985

Silva Filho, O. G. d., Silva, P. R. B., Rego, M. V. N. N. d., & Capelozza Filho, L. (2010). Epidemiologia da mordida cruzada posterior na dentadura decídua. Revista Íbero-americana de Odontopediatria & Odontologia de Bebê, 6(29).

Thilander, B., Pena, L., Infante, C., Parada, S. S., & de Mayorga, C. (2001). Prevalence of malocclusion and orthodontic treatment need in children and adolescents in Bogota, Colombia. An epidemiological study related to different stages of dental development. Eur J Orthod, 23(2), 153-167. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11398553

Vellappally, S., Gardens, S. J., Al Kheraif, A. A., Krishna, M., Babu, S., Hashem, M., Jacob, V., & Anil, S. (2014). The prevalence of malocclusion and its association with dental caries among 12-18-year-old disabled adolescents. BMC Oral Health, 14, 123. https://doi.org/10.1186/1472-6831-14-123

Downloads

Publicado

22/09/2020

Como Citar

ALMEIDA, M. da C. .; COTRIN, P.; VALARELLI, F. P.; CANÇADO, R. H.; OLIVEIRA, R. C. G. de; OLIVEIRA, R. C. G. de; FREITAS, K. M. S. de. Comparação das características oclusais da população em 3 regiões Brasileiras. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e1839108586, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.8586. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/8586. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde