A shantala como terapia não farmacológica para alívio da dor em crianças hospitalizadas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8610Palavras-chave:
Massagem; Manejo da Dor; Terapias Complementares; Pediatria; Enfermeiras Pediátricas.Resumo
Objetivo: Verificar o efeito da shantala no manejo da dor em crianças hospitalizadas. Métodos: Trata-se de um estudo experimental não-controlado com abordagem quantitativa, realizado durante o período de setembro de 2018 a maio de 2019, no setor pediátrico de um hospital universitário, com crianças de zero a seis meses de idade. A análise dos dados foi feita com auxílio do software Statistical Package for the Social Science versão 21.0. Foram analisadas frequências absolutas e relativas, características epidemiológicas, clínicas e as variações de parâmetros vitais antes e após a implementação da técnica. Utilizou-se o teste de Wilcoxon para as variáveis pareadas numéricas, considerando um intervalo de confiança de 95%. Resultados: A amostra foi constituída por 50 pacientes pediátricos, com uma média de idade de 1,54±1,84 meses. Observou-se que houve relação significativa entre a shantala e o aumento da saturação de oxigênio e temperatura, e diminuição da frequência respiratória. As frequências nominais das categorias de dor expressas antes e após a execução da shantala, mostraram redução da categoria “dor leve” e considerável aumento da categoria “sem dor”. Conclusões: As evidências indicaram que a aplicação da massagem terapêutica shantala é um meio não farmacológico de grande relevância para alívio da dor e adequação dos parâmetros vitais de crianças hospitalizadas.
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