Aprendizagem da língua inglesa entre idosos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8811Palavras-chave:
Envelhecimento; Idoso; Língua Inglesa; Plasticidade neuronal.Resumo
Introdução: o envelhecimento é um processo vital que envolve os aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais. Embora haja um declínio em muitas competências e habilidades nestes aspectos, o idoso pode aprender novas línguas, especialmente a inglesa, que é a mais falada mundialmente. Nesse sentido, objetivou-se discutir as características neurobiológicas, neuroplásticas e psicopedagógicas da senescência, a fim de se comprovar a capacidade cognitiva do idoso para o aprendizado de novas línguas, especificamente a língua inglesa. Métodos: realizou-se um estudo de revisão bibliográfica do tipo narrativa, dos artigos publicados nos últimos 10 anos, sejam eles em português ou em outras línguas, através dos bancos de dados bibliográficos PubMed, SciELO, Lilacs, SCOPUS, Portal de Periódicos da Capes, SBU, Google Acadêmico e Psyinfo. Utilizaram-se como descritores os termos senescência, senilidade, desenvolvimento humano, ciclo vital, idoso, velhice, neurobiologia, neuroplasticidade, cognição, língua inglesa, psicopedagogia e o booleano “e”. Resultados e discussão: com o auxílio da neuroplasticidade cerebral, o cérebro do idoso apresenta capacidade de aprender novas línguas, desde que haja os estímulos adequados, positivos e significativos dos seus professores. Uma das características da senilidade é o acúmulo de experiências de vida, conhecidos como conhecimentos prévios, os quais estimulam as funções executivas e cognitivas, aprimorando as competências e habilidades para a aprendizagem da língua inglesa entre os idosos. Sendo bilíngues estes cidadãos, além de ativarem as suas conexões nervosas (tornando-as cada vez mais complexas), poderão ampliar seus conhecimentos e relações sociais.
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