Benefícios da aplicabilidade da escala de Braden em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva em um hospital de Teresina-PI

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8845

Palavras-chave:

Enfermagem; Aplicação; Escala; UTI; Úlcera por pressão.

Resumo

Introdução: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um dos setores do hospital em que se encontram pacientes em estágios críticos. Em decorrência do quadro clínico do paciente e do período de permanência na unidade pode ocorrer diversos agravos ao paciente, dentre eles, a lesão por pressão, que é ocasionada pela falta de suprimento de oxigênio e nutrientes nos tecidos. Objetivo: Analisar os benefícios da aplicabilidade da Escala de Braden em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa de abordagem descritiva. Foi realizado em quatro UTIs de um hospital filantrópico em Teresina-PI. Os sujeitos da pesquisa foram oito enfermeiros do setor. Os dados foram colhidos nos meses de setembro a novembro de 2017, por meio de um roteiro de entrevista semiestruturada. Para a análise dos dados, empregou-se a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados e Discussão: Os dados foram organizados em duas categorias temáticas: Aplicabilidade da Escala de Braden em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva e Benefícios proporcionados pela Escala de Braden aos pacientes internados. Evidencia-se a aplicabilidade da escala como método fundamental para a prevenção de Lesão por Pressão. E quanto aos benefícios, verifica-se que são vários como menos gastos com curativos especiais e um menor tempo de internação dos pacientes. Conclusão: A aplicabilidade da Escala de Braden no contexto da UTI mostrou-se eficaz na prevenção das LPP. A sua utilização na admissão, na visita multidisciplinar e na evolução do paciente propiciam medidas preditoras desse agravo. Os benefícios promovidos pela utilização da escala são, principalmente, a prevenção das Lesões por Pressão, a identificação dos pacientes em risco, o reconhecimento dos fatores de risco para o desenvolvimento da LPP e o subsídio para orientar as práticas de cuidado.

Referências

Andrade, E. M. L. R., de Sousa, J. E. R. B., Silva, H. F., de Moura Rabelo, C. B., Bezerra, S. M. G., & Luz, M. H. B. A. (2012). Fatores de risco e ocorrência de úlcera por pressão em idosos institucionalizados. Revista de Enfermagem da UFPI, 1(1), 36-41.

Araújo, T. M. D., Araújo, M. F. M. D., & Caetano, J. Á. (2012). O uso da escala de Braden e fotografias na avaliação do risco para úlceras por pressão. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 46(4), 858-864.

Araújo, T. M. D., Moreira, M. P., & Caetano, J. Á. (2011). Avaliação de risco para úlcera por pressão em pacientes críticos. Rev enferm. UERJ, 58-63.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo 4ªed. Lisboa: Edições, 70, 1977.

Barros, M. P. L., de Oliveira Ferreira, P. J., Maniva, S. C. D. F. J., & Holanda, R. E. (2016). Caracterização de feridas crônicas de um grupo de pacientes acompanhados no domicílio. Revista Interdisciplinar, 9(3), 1-11.

Bavaresco, T., Medeiros, R. H., & Lucena, A. D. F. (2011). Implantação da Escala de Braden em uma unidade de terapia intensiva de um hospital universitário. Revista Gaúcha de Enfermagem, 32(4), 703-710.

Bezerra, S. M. G., Barros, K. M., de Brito, J. A., Santana, W. S., Moura, E. C. C., & Luz, M. H. B. A. (2013). Caracterização de feridas em pacientes acamados assistidos pela Estratégia Saúde da Família. Revista Interdisciplinar, 6(3), 105-114.

Bolton, L. (2007). Which pressure ulcer risk assessment scales are valid for use in the clinical setting?. Journal of Wound Ostomy & Continence Nursing, 34(4), 368-381.

Borghardt, A. T., Prado T.N., Araújo, T.M.R., Rogenski, N.M.B., & Bringuente, M.E.O. (2015). Avaliação das escalas de risco para úlcera por pressão em pacientes críticos: uma coorte prospectiva. Rev Latino-Am Enfermagem. 23(1), 28-35.

Stuque, A. G., Sasaki, V. D. M., Teles, A. A. D. S., Santana, M. E. D., Rabeh, S. A. N., & Sonobe, H. M. (2017). Protocolo para prevenção de úlcera por pressão. Rev Rene [Internet], 272-82.

Agência Nacional De Vigilância Sanitária. Nota Técnica GVIMS/GGTES Nº03/2017. Práticas seguras para prevenção de Lesão por Pressão em serviços de saúde. São Paulo. 2017. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271855/Nota+T%C3%A9cnica+GVIMS-GGTES+n%C2%BA+03-2017/54ec39f6-84e0-4cdb-a241-31491ac6e03.

CALIRI, M. H. L., Santos, V. L. C. G., Mandelbaum, M. H. S., & Costa, I. G. (2016). Classificação das lesões por pressão-consenso NPUAP 2016: adaptada culturalmente para o Brasil. Assoc Bras Estomaterapia–SOBEST e da Assoc Bras Enferm em Dermatologia-SOBENDE.

Costa, I. G., & Caliri, M. H. L. (2011). Validade preditiva da escala de Braden para pacientes de terapia intensiva. Acta Paulista de Enfermagem, 24(6), 772-777.

Defloor, T., & Grypdonck, M. F. (2005). Pressure ulcers: validation of two risk assessment scales. Journal of clinical nursing, 14(3), 373-382.

DGS. Direção Geral da Saúde. Escala de Braden: Versão Adulto e Pediátrica (Braden Q). Lisboa: DGS, 2011.

Fernandes, L. M., Caliri, M. H. L., & Haas, V. J. (2008). Efeito de intervenções educativas no conhecimento dos profissionais de enfemagem sobre prevenção de úlceras pressão. Acta Paul Enferm., 21(2), 305-311.

Freitas, M. C. D., Medeiros, A. B. F., Guedes, M. V. C., Almeida, P. C. D., Galiza, F. T. D., & Nogueira, J. D. M. (2011). Úlcera por pressão em idosos institucionalizados: análise da prevalência e fatores de risco. Revista Gaúcha de Enfermagem, 32(1), 143-150.

Furman, G. F., da Rocha, A. F., de Menezes Guariente, M. H. D., de Almeida Barros, S. K. S., Morooka, M., & Mouro, D. L. (2010). ÚLCERAS POR PRESSÃO: INCIDÊNCIA E ASSOCIAÇÃO DE FATORES DE RISCO EM PACIENTES DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO. Journal of Nursing UFPE/Revista de Enfermagem UFPE, 4(4).

Hans, M., Bitencourt, J. V. D. O. V., & Pinheiro, F. (2011). Fatores de risco adicionais à Escala de Braden: um risco para úlceras de pressão. Enfermagem em Foco, 2(4), 222-225.

Jesus, J. A. P., Machado, D. G., dos Santos Almeida, J., de Brito Rodrigues, A. P., Maranhão, T. A., & da Silva, G. B. (2018). NURSING KNOWLEDGE AND PRACTICE ON THE PREVENTION OF PRESSURE INJURY. Revista Prevenção de Infecção e Saúde, 4.

Lamão, L. C. L., Quintão, V. A., & Nunes, C. R. (2016). Cuidados de enfermagem na prevenção de lesão por pressão. Múltiplos Acessos, 1(1), 122-132.

Marques, A. D. B., Branco, J. G. D. O., Cavalcante, R. D. C., Brito, M. D. C. C., Deus, S. R. M. D., & Luz, M. H. B. A. (2017). Conhecimento dos profissionais de Saúde da Família Sobre úlcera por pressão. ESTIMA, 15(2),63-73

Medeiros, A. B. F., Lopes, C.H.A.F., & Jorge, M.S.B. (2009). Análise da prevenção e tratamento das úlceras por pressão propostos por enfermeiros. Rev esc enferm USP,43(1),223-228.

Morita, A. B. P. S., Poveda, V. B., dos Santos, M. J., & Marcelino, A. L. (2012). Conhecimento dos enfermeiros acerca dos instrumentos de avaliação de risco para úlcera por pressão. Revista Eletrônica de Enfermagem do Vale do Paraíba, 1(02), 9-23.

National Pressure Ulcer Advisory Panel, European Pressure Ulcer Advisory Panel

and Pan Pacific Pressure Injury Alliance. Prevention and treatment of pressure ulcers: quick reference guide [Internet]. Washington, DC (EUA): National Pressure Ulcer Advisory Panel, 2009. Disponível em: <http://www.epuap.org/guidelines/Final_Quick_Prevention.pdf>.

Otto, C., Schumacher, B., de Lemos Wiese, L. P., Ferro, C., & Rodrigues, R. A. (2019). Fatores de risco para o desenvolvimento de lesão por pressão em pacientes críticos. Enfermagem em Foco, 10(1), 7-11.

Pereira, M. C. A., Évora, Y. D. M., de Camargo, R. A. A., de Souza Teixeira, C. R., Cruz, A. C. A., & Ciavatta, H. (2014). Ambiente virtual de aprendizagem sobre gerenciamento de custos de curativos em úlceras por pressão. Revista Eletrônica de Enfermagem, 16(2), 321-9.

Pereira, M. O., Ludvich, S. C., & Omizzolo, J. A. E. (2016). Segurança do paciente: prevenção de úlcera por pressão em unidade de terapia intensiva. Inova Saúde, 5(2), 29-44.

Pinho, C. M., Ruana, N.C., Valença, M.P., Aracelle, T.,A.C., Gomes, E.T.(2014). Use of the air mattress in the reduction of pressure ulcers: efficacy and perceptions of nursing. Rev Enferm UFPE, 8(8), 2729-35.

Pinto, J., Bastos, L., Carvalho, L. (2012) Dificuldades Sentidas pelos Enfermeiros na utilização da Escala de Braden. Tese de doutorado, Barcarena: Universidade Atlântica, Brasil.

Serpa, L. F., Santos, V. L. C. D. G., Campanili, T. C. G. F., & Queiroz, M. (2011). Validade preditiva da Escala de Braden para o risco de desenvolvimento de úlcera por pressão em pacientes críticos. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 19(1), 50-57.

Silva Pereira, M., & Schuster, C. M. (2016). A aplicação da Escala de Braden na Assistência de Enfermagem. Revista da Mostra de Iniciação Científica e Extensão, 1(1).

Silva, A.M.A. Efectividade de um programa de intervenção na percepção de sobrecarga dos familiares cuidadores de pessoas idosas com demência. (2014). Dissertação (Mestrado em Cuidados Paliativos) – Faculdade de Medicina de Lisboa, Universidade de Lisboa, Lisboa.

Stuque, A. G., Sasaki, V. D. M., Teles, A. A. D. S., Santana, M. E. D., Rabeh, S. A. N., & Sonobe, H. M. (2017). Protocolo para prevenção de úlcera por pressão. Rev Rene [Internet], 272-82.

Vasconcelos, J. D. M. B., & Caliri, M. H. L. (2017). Ações de enfermagem antes e após um protocolo de prevenção de lesões por pressão em terapia intensiva. Escola Anna Nery, 21(1), 1-10.

Downloads

Publicado

07/10/2020

Como Citar

CUNHA, F. E. B. S.; SANTANA, R. da S.; COSTA, G. O. P. da; JANSEN, R. C. S. .; LOPES, M. K. .; FERNANDES, C. R. S. .; RIBEIRO, A. M. N. .; SANTOS, J. M. dos . Benefícios da aplicabilidade da escala de Braden em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva em um hospital de Teresina-PI. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e5509108845, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.8845. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/8845. Acesso em: 27 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde