Perfil biométrico de equinos raça Quarto de Milha na região de Manaus, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8854Palavras-chave:
Morfologia equina; Biometria; Amazonas; Norte do Brasil; Vaquejada; Três tambores.Resumo
A raça Quarto de Milha (QM) tem sido usada mais recentemente em esportes no norte do Brasil, mas ainda não possui avaliação biométrica para comparar com QM de outras regiões brasileiras, com maior histórico de utilização. Desta forma, o objetivo do nosso estudo foi apresentar o perfil biométrico da raça QM criada e utilizada em atividades esportivas (três tambores e vaquejada) na região de Manaus, AM, Brasil. Para tanto, oitenta e dois (82) cavalos QM, adultos, foram avaliados através de fotografias analisadas pelo software ImageJ® 1.46r. Oito medidas morfométricas lineares foram realizadas por animal, a saber: Altura de cernelha (ACE); Altura de garupa (AG); Altura de codilho (ACO); Comprimento de pescoço (CP); Comprimento corporal (CC); Comprimento dorso-lombar (CDL); Comprimento de escápula (CE); Comprimento de cabeça (CCA). Nossos resultados estavam dentro do padrão racial exigido pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos QM, o que demonstra uma padronização racial na região. Os animais foram classificados como de tamanho médio, eumétricos. Em relação aos valores médios (em cm), obtivemos: ACE de 147.53 (142.76 a 155.33), AG de 147.38 (141.12 a 154.48), ACO de 83.13 (81.51 a 87.07), CP de 149.15 (147.2o a 152.70), CP de 57.12 (55.2 a 57.3), CDL de 54,94 (52.9 a 57.0) CE de 54,35 (53,4 a 55,20) e CCA de 63,70 (62,20 a 64,60). Nossos achados sugerem similaridade entre os animais da raça QM criados na região de Manaus com QM de outras regiões brasileiras, bem como padronização dentro dos parâmetros raciais esperados. Os animais apresentaram boas proporções para provas de três tambores e vaquejada.
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