Laserterapia e agulhamento seco em pacientes portadores de dor miofascial: estudo comparativo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8922Palavras-chave:
Dor Facial; Síndrome da Disfunção da Articulação Temporomandibular; Condutas Terapêuticas.Resumo
Objetivo: Este estudo comparou a laserterapia de baixa intensidade e o agulhamento seco, em curto e em longo prazos, no tratamento da dor miofascial, da dor a palpação muscular e na mobilidade mandibular. Metodologia: Trata-se de um ensaio clínico em que 28 indivíduos foram recrutados para participar do estudo. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: GI (laserterapia) e Gll (agulhamento seco). No GI foi realizado 12 aplicações e no GII, três aplicações. Os pacientes de ambos os grupos foram submetidos a nove avaliações (T0-T8). Foram realizadas consultas de retorno e novas avaliações após sessenta dias e 18 meses do término das terapias para se avaliar a eficácia e os possíveis efeitos cumulativos das mesmas. Para comparar os grupos em todos os parâmetros ao longo dos tempos, empregou-se ANOVA GLM e Comparação Múltipla de Tukey com nível de significância de 5% para todas as análises. Resultados: De um modo geral, as duas terapias testadas demostraram-se efetivas para todos os parâmetros avaliados em T7 (2 meses após T6). Porém em T8, a terapia por agulhamento seco mostrou sustentar os resultados em comparação com laserterapia. Conclusão: Conclui-se que, apesar de ambas as terapias terem sido eficazes, para o alívio imediato dos sintomas da dor miofascial, o agulhamento seco foi mais eficiente e duradouro nos parâmetros analisados.
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