Mortalidade materna: recorte temporal em um estado na Amazônia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8995

Palavras-chave:

Amazônia; Epidemiologia; Mortalidade materna; Série temporal.

Resumo

Objetivo: O presente estudo objetiva analisar o perfil da mortalidade materna no estado do Amapá durante os anos de 2012 a 2016. Métodos: Trata-se de estudo descritivo com análise de dados a partir do Sistema de Informação sobre Mortalidade e Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos, realizando-se cálculo da Razão de Mortalidade Materna (RMM). Resultados: No período, houve variação da RMM de 49 para 111 mortes por 100.000 nascidos vivos. Observou-se que 52,8% dos óbitos foram no puerpério; 100% foram classificados como evitáveis; no hospital (90,7%). Predominou-se a faixa etária de 30 a 39 anos, 43,1%; mulheres com ensino médio completo, 34,0%; solteiras, 53,4%; e da cor parda, 67,2%. Conclusão: Conclui-se que a mortalidade materna apresenta perfil crescente no estado, evidenciado por melhores pardas, entre 30 a 39 anos, solteiras, com ensino médio completo, cuja morte foi de causa evitável e direta, em parto cesáreo, no hospital. O perfil permite a orientação dos trabalhos da gestão, o cuidado dos profissionais da saúde e as ações da sociedade civil.

Referências

Achem, F. F., & Agboghoroma, C. O. (2014). Setting up facility-based maternal death reviews in Nigeria. BJOG : An International Journal of Obstetrics and Gynaecology, 121, 75–80. https://doi.org/10.1111/1471-0528.12817

Alkema, L., Chou, D., Hogan, D., Zhang, S., Moller, A.-B., Gemmill, A., Fat, D. M., Boema, T., & Temmerman, M. (2016). National, Regional ang Global levels and trend in MMR between 1990 and 2015. The Lancet, 387(10017), 462–474. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(15)00838-7.National

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. (2019). Health Brazil 2018: An analysis of the health situation and of chronic diseases and conditions: challenges and perspectives.

Brasil. (2018). Saúde Brasil 2017: uma análise da situação de saúde e os desafios para o alcance dos objetivos de desenvolvimento sustentável. In Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção de Saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_brasil_2017_analise_situacao_saude_desafios_objetivos_desenvolvimento_sustetantavel.pdf

Carreno, I., Bonilha, A. L. de L., & da Costa, J. S. D. (2012). Perfil epidemiológico das mortes maternas ocorridas no rio grande do sul, Brasil: 2004-2007. Revista Brasileira de Epidemiologia, 15(2), 396–406. https://doi.org/10.1590/S1415-790X2012000200017

Carvalho, R., Marcos, P., Amélia, R., Pessoa, L., Gláucia, D. A., Queiroz, V. De, & Guerra, L. (2018). Maternal Mortality in Brazil : Proposals and Strategies for its Reduction Mortalidade materna no Brasil : propostas e estratégias para sua redução.

Chor, D. (2013). Desigualdades em saúde no Brasil: É preciso ter raça. Cadernos de Saude Publica, 29(7), 1272–1275. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2013000700002

da Silva, B. G. C., Lima, N. P., da Silva, S. G., Antúnez, S. F., Seerig, L. M., Restrepo-Méndez, M. C., & Wehrmeister, F. C. (2016). Mortalidade materna no Brasil no período de 2001 a 2012: Tendência temporal e diferenças regionais. Revista Brasileira de Epidemiologia, 19(3), 484–493. https://doi.org/10.1590/1980-5497201600030002

De Azevedo Bittencourt, S. D., Domingues, R. M. S. M., Da Costa Reis, L. G., Ramos, M. M., & Do Carmo Leal, M. (2016). Adequacy of public maternal care services in Brazil. Reproductive Health, 13(Suppl 1). https://doi.org/10.1186/s12978-016-0229-6

Diniz, S. G. (2009). Gênero, saúde materna e o paradoxo perinatal. Journal of Human Growth and Development, 19(2), 313. https://doi.org/10.7322/jhgd.19921

Esteves-Pereira, A. P., Deneux-Tharaux, C., Nakamura-Pereira, M., Saucedo, M., Bouvier-Colle, M. H., & Do Carmo Leal, M. (2016). Caesarean delivery and postpartum maternal mortality: A population-based case control study in Brazil. PLoS ONE, 11(4), 1–13. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0153396

Evrard, J. R., & Gold, E. M. (1977). Cesarean Section and Maternal Mortality in Rhode Island.

Feitosa Assis, A. I., & Santana, V. S. (2020). Ocupação e mortalidade materna. 1–12.

Ferraz, L., & Bordignon, M. (2012). Mortalidade materna no Brasil: Uma realidade que precisa melhorar. Revista Baiana de Saúde Pública, 36(2), 527–538.

Gilmore, K., & Gebreyesus, T. A. (2012). What will it take to eliminate preventable maternal deaths? The Lancet, 380(9837), 87–88. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(12)60982-9

Grobman, W. A., Bailit, J. L., Rice, M. M., Wapner, R. J., Reddy, U. M., Varner, M. W., Thorp, J. M., Leveno, K. J., Caritis, S. N., Iams, J. D., Tita, A. T. N., Saade, G., Rouse, D. J., Blackwell, S. C., Tolosa, J. E., & Vandorsten, J. P. (2015). Racial and ethnic disparities in maternal morbidity and obstetric care. Obstetrics and Gynecology, 125(6), 1460–1467. https://doi.org/10.1097/AOG.0000000000000735

Howell, E. A. (2019). Reducing Disparities in Severe Maternal Morbidity and Mortality Elizabeth. Physiology & Behavior, 176(3), 139–148. https://doi.org/10.1016/j.physbeh.2017.03.040

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2010). Censo demográfico. https://cidades.ibge.gov.br/

Lima, D. R., Ribeiro, C. L., Garzon, A. M. M., Henriques, T. R. P., & Souza, K. V. de. (2016). Análise dos fatores intervenientes da mortalidade materna. Enfermagem Obstétrica, 3(0), e25.

MacDorman, M. F., Declercq, E., & Thoma, M. E. (2017). Trends in Maternal Mortality by Socio-Demographic Characteristics and Cause of Death in 27 States and the District of Columbia. Physiology & Behavior, 176(1), 139–148. https://doi.org/10.1016/j.physbeh.2017.03.040

Martins, A. C. S., & Silva, L. S. (2018). Perfil epidemiológico de mortalidade materna. Rev Bras Enferm, 71(sup 71), 725–731. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0624

Mitchell, C., Lawton, E., Morton, C., McCain, C., Holtby, S., & Main, E. (2014). California pregnancy-associated mortality review: Mixed methods approach for improved case identification, cause of death analyses and translation of findings. Maternal and Child Health Journal, 18(3), 518–526. https://doi.org/10.1007/s10995-013-1267-0

Neal, S., Mahendra, S., Bose, K., Camacho, A. V., Mathai, M., Nove, A., Santana, F., & Matthews, Z. (2016). The causes of maternal mortality in adolescents in low and middle income countries: Systematic review of the literature. BMC Pregnancy and Childbirth, 16(1). https://doi.org/10.1186/s12884-016-1120-8

Nicholas Kassebaum, Caitlyn Steiner, Christopher J L Murray, Alan D Lopez, R. L. (2016). Global , regional , and national levels of maternal mortality , 1990 – 2015 : a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015. A Systematic Analysis for the Global Burden of Disease Study 2015, 388(20150497), 1775–1812. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(16)31470-2.Global

OMS. Organização Mundial da Saúde. (1980). Manual da classificação estatística internacional de doenças, lesões e causas de óbito. 1, 422.

Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Método Qualitativo, Quantitativo ou Quali-Quanti. In Metodologia da Pesquisa Científica. https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1. Acesso em: 28 março 2020.

Rede Intergerencial de Informação para a Saúde, & Organização Pan-Americana de Saúde; (2008). Indicadores Básicos Para a Saúde No Brasil : Conceitos E Aplicações.

Rodrigues, N. C. P., Monteiro, D. L. M., de Almeida, A. S., Barros, M. B. de L., Pereira Neto, A., O’Dwyer, G., de Noronha Andrade, M. K., Flynn, M. B., & Lino, V. T. S. (2016). Temporal and spatial evolution of maternal and neonatal mortality rates in Brazil, 1997–2012. Jornal de Pediatria (Versão Em Português), 92(6), 567–573. https://doi.org/10.1016/j.jpedp.2016.05.014

Rosenfield, A., & Maine, D. (1985). MATERNAL MORTALITY-A NEGLECTED TRAGEDY. Where is the M in MCH? The Lancet, 326(8446), 83–85. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(85)90188-6

Say, L., Chou, D., Gemmill, A., Tunçalp, Ö., Moller, A. B., Daniels, J., Gülmezoglu, A. M., Temmerman, M., & Alkema, L. (2014). Global causes of maternal death: A WHO systematic analysis. The Lancet Global Health, 2(6), 323–333. https://doi.org/10.1016/S2214-109X(14)70227-X

Small, M., Allen, T., & Brown, H. (2019). Global Disparities in Maternal Morbidity and Mortality M. Physiology & Behavior, 176(3), 139–148. https://doi.org/10.1016/j.physbeh.2017.03.040.

Downloads

Publicado

09/10/2020

Como Citar

ALBERTO, D. de S.; MAUÉS, S. C. C.; CARDOSO, R. F.; MEIRELES, A. A. V.; ABREU, A. da C.; SILVA, S. R. M. da. Mortalidade materna: recorte temporal em um estado na Amazônia. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e5919108995, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.8995. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/8995. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde