Infecções Sexualmente Transmissíveis: vulnerabilidade das mulheres privadas de liberdade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9021

Palavras-chave:

Infecções sexualmente transmissíveis; Penitenciária feminina; Enfermagem.

Resumo

Objetivou-se descrever as evidências científicas que analisam a relação das ISTs em mulheres privadas de liberdade, bem como o impacto da doença e fatores de risco nas penitenciárias femininas para esta população. foi realizado um estudo de revisão integrativa de literatura, de abordagem qualitativa descritiva. buscou-se artigos publicados nas bases de dados Pubmed, Google Scholar (Google Acadêmico), Scientific Eletronic Library Online (SciElo) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), publicados no período de 2015 a 2019, utilizando os descritores: “Infecções Sexualmente Transmissíveis”, “Penitenciária Feminina” e “Enfermagem”. Foram encontrados 89 artigos, destes, 13 foram utilizados para a construção do artigo. Os artigos foram divididos em dois eixos temáticos de maior interesse, o primeiro trata da prevalência de ISTs nas penitenciárias femininas, com 5 artigos, percebendo-se assim que ainda são poucos os artigos dedicados a analisar a prevalência de ISTs em mulheres detentas; o segundo trata dos fatores associados a contaminação de mulheres encarceradas por ISTs, para esse tema foram encontrados 11 artigos, demonstrando que existem muitos fatores de vulnerabilidade que aumentam a ocorrência de doenças dentro das penitenciárias femininas. Conclui-se que diante da alta prevalência de infecções sexualmente transmissíveis no ambiente prisional, a identificação das características sociodemográficas e dos comportamentos de risco assumidos pelas mulheres encarceradas são importantes para o entendimento desta problemática.

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Publicado

18/10/2020

Como Citar

LEOCÁDIO, A. F.; ASSIS, D. A. de; GUIMARÃES , T. M. M. Infecções Sexualmente Transmissíveis: vulnerabilidade das mulheres privadas de liberdade. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e7609109021, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.9021. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9021. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde