A pandemia da COVID-19 no Brasil: uma aplicação do método de clusterização k-means
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9059Palavras-chave:
Clusters; COVID-19; Coronavírus no Brasil; SARS-CoV-2.Resumo
A COVID-19 é uma infecção causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, sendo que seus primeiros registros foram na cidade chinesa de Wuhan em dezembro de 2019, e foi considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma pandemia mundial em março de 2020. No Brasil, a COVID-19 se espalhou atingindo as 27 unidades federativas (UFs). Com isso, as tomadas de decisões para diminuir a velocidade de transmissão foram baseadas nas recomendações da OMS, onde a principal é isolamento social. Entretanto, devido a heterogeneidade da população em cada uma das UFs, a pandemia se difundiu de forma distinta. Deste modo, é interessante fazer o agrupamento das UFs por similaridade devido algumas características, e assim, observar as medidas de combate a COVID-19 realizadas em cada um desse grupos. O objetivo deste estudo foi agrupar as UFs usando análise de cluster pelo método não-hierárquico k-means considerando os coeficientes epidemiológicos como incidência, prevalência e letalidade. Os dados foram obtidos do site do Ministério da Saúde do Brasil e foi constituído pelas variáveis número de casos e óbitos novos e acumulados nas UFs, além da população em risco. Para análise de cluster a base de dados foi dividida em três períodos cronológicos para os três coeficientes em estudo. Com a análise de cluster foi possível verificar a estratificação da UFs conforme suas similaridades em relação a COVID-19. Assim, a estratificação da incidência, prevalência e letalidade por UFs pode se apresentar como um recurso adicional para sinalizar quais locais e quais medidas deverão ser adotadas e onde essas medidas foram eficazes.
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