Efeito do ácido giberélico na germinação de sementes e na produção de biomassa inicial em Virola surinamensis (rol.) warb. (Myristicaceae)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9069Palavras-chave:
Fitorregulador; GA3; Produção de mudas; Ucuúba.Resumo
A Virola surinamensis é uma espécie Amazônica da família Myristicaceae, com expressivo potencial para a restauração de áreas degradadas além de ser uma das espécies atualmente mais exploradas pela indústria madeireira do estuário amazônico. Entretanto, a germinação das sementes e a produção de mudas são dificultadas pela presença da dormência embrionária na espécie, sendo necessária a utilização de métodos para auxiliar os seus processos germinativos. Objetivou-se com este estudo avaliar o efeito da aplicação de ácido giberélico (GA3) na germinação de sementes e na produção de biomassa inicial de Virola surinamensis. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, sendo as sementes imersas por 24h em diferentes concentrações de ácido giberélico (0, 500, 600, 700 e 800 ppm) com cinco repetições de 25 sementes, utilizando-se como substrato areia e serragem curtida (1:1 v/v). Realizou-se análise de variância e de regressão dos resultados e as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05). A dosagem de 600 ppm apresentou-se mais eficaz para aumentar a porcentagem de emergência (E) em 28,2%, o índice de velocidade de emergência (IVE) em 0,246, a germinação (G) em 30,2% e o acúmulo de biomassa total (MST) em 3,704 g/plântulas e, para os dias para início da emergência (DIE) o tratamento de 800 ppm promoveu redução no tempo médio de emergência em 27%. Todas as concentrações de ácido giberélico influenciaram positivamente os processos germinativos e o acúmulo de biomassa total das plântulas de Virola surinamensis.
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