Relação médico-paciente no contexto da HIV/AIDS dentro do Sistema Carcerário Brasileiro: uma breve revisão bibliográfica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9117Palavras-chave:
Relação médico-paciente; HIV; Aids; Detento; CárcereResumo
Atualmente o Brasil possui mais de 700 mil pessoas em cárcere privado. Nesse viés, é notório que a epidemia da AIDS, nas prisões brasileiras, é um grande problema de saúde pública. Nessa perspectiva, destacam-se, entre os agravantes e proliferadores da doença, a superlotação das prisões, as práticas sexuais desprotegidas e a insalubridade das celas. Nesse estudo foram utilizadas as bases de pesquisas Bireme, Scielo, Pubmed e Google Acadêmico, e os descritores usados foram: “assistência à saúde”, “HIV (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)” e “prisioneiros e prisões”. O objetivo é responder à pergunta: “Como acontece à relação médico-paciente na assistência prestada às pessoas portadoras de HIV no sistema prisional?”. Analisou-se, também, a implementação na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), a qual presume uma assistência integral, contínua e resolutiva com controle e redução dos agravos as demandas de saúde no sistema prisional. Quanto à relação médico-paciente, constatam-se dificuldades no atendimento devido à permanência do estigma referente à HIV/AIDS e a prevalência retrógrada da utilização do modelo biomedicinal, conhecido por focar apenas na doença, por parte dos profissionais da saúde, tais adversidades diminuem tanto a adesão quanto à efetividade do tratamento. Portanto, é de suma importância uma relação médico-paciente mais humanística e acolhedora por parte do profissional de saúde, tendo assim maiores chances de sucesso na terapia e na relação interpessoal com os enfermos.
Referências
Alquimim, A. F. (2015) Comportamento de risco para HIV e tuberculose em população carcerária de Montes Claros-MG. Unimontes Científica, 16(1), 48–54.
Alves, V. L. P.; & LIMA, D. D. (2016). Percepção e enfrentamento do psicossomático na relação médico-paciente. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 32(3).
Bergstein, G. (2017). A informação na relação médico-paciente. Saraiva Educação SA.
Bossonario, P. A., Saita, N. M., Andrade, R. L. D. P., Santos, G. P. D., Nemes, M. I. B., & Monroe, A. A. (2020). Assistência às pessoas com hiv/aids no cárcere: revisão da literatura. Texto & Contexto-Enfermagem, 29.
Branco, B. B., Barreto, A. C., Silva, R. de A., Tavares, L. F., & Cordeiro, H. P. (2020). Reflexões humanísticas em serviço de atendimento especializado em HIV. Revista Bioética, 28(1), 34–37.
Castilho, A. P., Borges, N. R. M., & Pereira, V. T. (2011). Manual de metodologia científica. Goiás: Ulbra, 10-11.
Guimarães, H. C., Borges, M. S., Souza, M., & Ribeiro, M. S. (2017). A promoção da saúde dos portadores de hiv/aids em situação prisional aplicado ao modelo de nola pender: estudo qualitativo. CIAIQ, 2.
Infopen. (2019). Departamento Penitenciário Nacional. Recuperado 1o de outubro de 2020, de http://antigo.depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen/infopen.
Lermen, H. S., Gil, B. L., Cúnico, S. D., & Jesus, L. O. de. (2015). Saúde no cárcere: Análise das políticas sociais de saúde voltadas à população prisional brasileira. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 25(3), 905–924.
Melo, W. F., Saldanha, H. G. A. C., Melo, W. F. de, & Almeida, J. de S. (2016). Serviços de saúde à população carcerária do Brasil: Uma revisão bibliográfica. Revista Brasileira de Educação e Saúde, 6(1), 14–21.
Oliveira, B. M. T. (2017). Comunicação de HIV/AIDS ao paciente/parceiro (sigilo). Anais de Medicina.
Oliveira, T. F. F., Ferreira, P. J. de O., & Rosa, R. K. G. (2016). Perfil de saúde no sistema penitenciário brasileiro: uma revisão integrativa da literatura brasileira. Revista Expressão Católica Saúde, 1(1), Article 1.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica.
Ravanholi, G. M. (2020). HIV/aids no cárcere: desafios relacionados à regularidade no uso da terapia antirretroviral (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).
Rodrigues, M., & Maksud, I. (2017). Abandono de tratamento: Itinerários terapêuticos de pacientes com HIV/Aids. Saúde em Debate, 41, 526–538.
Sousa, K. A. A. de, Araújo, T. M. E. de, Teles, S. A., Rangel, E. M. L., & Nery, I. S. (2017). Fatores associados à prevalência do vírus da imunodeficiência humana em população privada de liberdade. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 51(0).
Souza, Y. V., Gomes, R. S., Sá, B. V. dos S., Mattos, R. M. P. R. de, & Pimentel, D. M. M. (2020). Percepção de pacientes sobre sua relação com médicos. Revista Bioética, 28(2), 332–343.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Letícia Teixeira Santos; Rickelmy Leal Fernandes Barros; Marissa-Sophie Roeber ; Wanderson da Silva Nery; Thays de Tarssia da Silva Sousa; Marisa Coragem Alves de Oliveira; Iasmin Miranda Ferreira; Maria Anayara Freires Aguiar; Rebeca Batista Lima Gomes; Martha Cristyanne de Albuquerque Pinto; Luciana Rachel Vieira de Menezes; Luiza Eduarda da Silva Paiva; Marcelo Silva Nogueira; Renata Paula Lima Beltrão; Augusto César Beltrão da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.