Síndrome metabólica e estado nutricional de idosos residentes em capital do nordeste brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9161Palavras-chave:
Síndrome Metabólica; Índice de Massa Corporal; Doença Crônica; Saúde pública.Resumo
O estudo teve como objetivo avaliar a prevalência da síndrome metabólica e sua associação com o estado nutricional de idosos atendidos pela Estratégia Saúde da Família do município de Teresina, Piauí. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 273 idosos. As informações sobre as características dos participantes foram obtidas através da aplicação de questionário estruturado. A avaliação antropométrica considerou dados referentes ao peso, altura, circunferência da cintura e a razão cintura-estatura. Foram analisados exames laboratoriais (glicose e perfil lipídico) e pressão arterial. Para o diagnóstico de síndrome metabólica utilizou os critérios da NCEP/ATP III. Os resultados demonstraram que parte dos idosos têm síndrome metabólica e que houve associação com variáveis antropométricas, bioquímicas e hemodinâmicas. Desta forma, recomenda-se a implementação de políticas e estratégias de monitoramento e controle, para a redução da prevalência dessa complexa doença, melhorando, assim, a assistência prestada e a qualidade de vida da pessoa idosa, com foco nas mudanças de estilo de vida, adoção de hábitos alimentares mais saudáveis e prática de atividade física.
Referências
Alves, V. V., Ribeiro, F. L. P., Barros, R., Gadelha, S. R. & Santos, S. C. (2011). Circunferências medidas em diferentes locais do tronco e fatores de risco cardiometabólico. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, 13(4), 250-6.
Assumpção, D. D., Domene, S. M. A. & Fisberg, R. M. (2014). Qualidade da dieta e fatores associados entre idosos: estudo de base populacional em Campinas, São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 30(8), 1680-1694.
Balkau, B., Vernay, M., Mhamdi, L., Novak, M., Arondel, D., Vol, S., Tichet, J. & Eschwège, E. A. (2003). Incidência e persistência da síndrome metabólica do NCEP (programa nacional de educação sobre o colesterol). O estudo DESIR francês. Diabetes & Metabolism Journal, 29(1), 526–532,
Britton, K. A., & Fox, C. S. (2011). Depósitos de gordura ectópica e doenças cardiovasculares. Circulation, 13;124(24), 837-41.
Brown, A. & Walker, M. (2016). Genetics of insulin resistance and the metabolic syndrome. Current cardiolology Reviews, 18(75), 1-8.
Chumlea, W. C., Roche, A. F. & Steinbaugh, M. L. (1985). Estimating stature from kneeheight for persons 60 to 90 years of age. Journal of the American Geriatrics. Journal of The American Geriatrics Society, 33(2), 116-20.
Corrêa, M. M., Tomasi, E., Thumé, E., Oliveira, E. R. A. & Facchini, L. A. (2017). Razão cintura-estatura como marcador antropométrico de excesso de peso em idosos. Cadernos de Saúde Pública, 33(1),1-7.
Costa, A. C. O., Duarte, Y. A. O. & Andrade, B. F. (2020). Síndrome metabólica: inatividade física e desigualdades socioeconômicas entre idosos brasileiros não institucionalizados. Revista Brasileira de Epidemiologia, 23(1), e200046.
Demerath, E. W., Reed, D., Rogers, N., Sun, S. S., Lee, M. & Choh, A. C (2008). A adiposidade visceral e sua distribuição anatômica como preditores da síndrome metabólica e dos níveis de fator de risco cardiometabólico. The American Journal of Clinical Nutrition, 88 (5), 1263-71.
Duarte, A. C. G. & Borges, V. L. S. (2007). Semiologia nutricional. In: Duarte, A. C. G. Avaliação Nutricional: aspectos clínicos e laboratoriais. São Paulo: Atheneu, cap. 4, 21-28.
Falsarella, G. R., Gasparotto, L. P. R., Barcelos, C.C., Coimbra, I. B., Moretto, M. C., Pascoa, M. A., Ferreira, T. C. B. R. & Coimbra, A. M. V. (2015). Composição corporal como marcador de fragilidade para a comunidade de idosos. Clinical Interventions in Aging, 10(1), 1661-1667.
Fogal, A. S., Ribeiro, A. Q., Priore, S. E. & Franceschini, S. C. C. (2014). Prevalência de síndrome metabólica em idosos; uma revisão sistemática. Revista da Associação Brasileira de Nutrição, 6(1), 29-35.
Ford, E.S., Giles, W. H. & Dietz, W. H. (2002). Prevalência da síndrome metabólica entre adultos norte-americanos: descobertas da terceira Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição. JAMA, 287, 356–359.
Grosser, R. D., Silva, C. S., Kleber, P. G., Restelatto, M. T. R., Cetolin, S. F. & Beltrame, V. (2020). Síndrome metabólica em idosos: relação com multimorbidade e capacidade funcional. Brazilian Journal of Health Review, 3(4), 10319-10329.
Inzitari, M., Doets, E., Bartali, B., Benetou, V., Di Bari, M. & Visser, M (2011). Nutrition in the age-related disablement process. The Journal of Nutrition, Health & Aging, 15(8), 599-604.
Jacondino, C. B., Closs, V. E., Gomes, I. & Schwanke, Cha. (2016). Adesão à dieta por idosos com síndrome metabólica assistidos na Estratégia Saúde da Família: frequência e associação com depressão. SciMed, 26(3), 1-11.
Leitão, M. P. C. & Martins, I. S. (2012) Prevalência e fatores associados à síndrome metabólica em usuários de Unidades Básicas de Saúde em São Paulo- SP. Revista da Associação Médica Brasileira, 58(1), 60-9.
Meneguette, M. V. O., Oliveira, C. A., Lima, M. H. M., Pina, K. N. & Amaral, M. E. C. (2016). Polymorphism in the SIRT1 gene and parameters of metabolic syndrome in a sample of the adult Brazilian population. Revista de Nutrição, 29(1), 1-10.
National Cholesterol Education Program (NCEP). (2001). Executive summary of the Third Report of the NCEP Expert Panel on Detection, Evaluation and Treatment Of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III). JAMA, 285, 2486-97.
Rocha, F. L., Melo, R. L. P. & Menezes, T. N. (2016). Fatores associados à síndrome metabólica em idosos do interior do Nordeste brasileiro. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 19(6), 978-86.
Rosa, C. B., Agostini. J. A., Bianchi, P. D., Garces, S. B. B., Hansen, D., Moreira, P. R. & Schwanke. C. H. A. (2016). Síndrome metabólica e estado nutricional de idosos cadastrados no HiperDia. SciMed, 26(3): ID23100
Sá, N. N. B. & Moura, E. C. (2010). Fatores associados à carga de doenças da síndrome metabólica entre adultos brasileiros. Cadernos de Saúde Pública, 26(9), 1853-62.
Saklayen, M. G. (2018). The global epidemic of the metabolic syndrome. Current Hypertension Reports, 20(2):12.
Sociedade Brasileira De Cardiologia. (2016) VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, v.107(3).
Tavares, D. S., Gomes, N. C., Rodrigues, L. R. & Tavares, D. M. R. (2018). Perfil de idosos com síndrome metabólica e fatores associados às possíveis interações medicamentosas. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 21 (2),168-79.
Vidigal, F. C., Bressan, J., Babio, N. & Salas-Salvadó, J. (2013) Prevalence of metabolic syndrome in Brazilian adults: a systematic review. BMC Public Health, 18 (13), 1198.
World Health Organization – WHO. (2000). Obesity: Preventing and managing the global epidemic. Technical report series. Geneva.
World Health Organization – WHO. (2008). Waist Circumference and Waist-Hip Ratio: Report of a WHO. Expert Consultation. Geneva.
Zoraski, H., Fiametti, M., Dos Santos, R., Gregoletto, M. L. O. & Cremonese, C. (2017) Síndrome metabólica em idosos de Nova Roma do Sul, RS: prevalência e fatores associados. ABCS Health Sciences, 42(3), 147-155.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Monique da Silva Rocha; Gleyson Moura dos Santos; Beatriz Bianca Miranda Silva; Bianca Lourrany dos Santos Silva; Larisse Monteles Nascimento; Ivone Freires de Oliveira Costa Nunes; Cecilia Maria Resende Gonçalves de Carvalho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.