Conduta cirúrgica após perfuração da membrana de Schneider durante sinus lift: relato de caso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9425

Palavras-chave:

Levantamento do assoalho do seio maxilar; Implantes dentários; Cirurgia maxilofacial; Complicações intraoperatórias.

Resumo

O tratamento com implantes dentários vem sendo usado para reabilitar os pacientes desdentados através da prótese fixa sobre implantes. Na maxila, o osso alveolar pode estar comprometido pela reabsorção óssea e a pneumatização do seio maxilar, resultando numa altura óssea insuficiente para a instalação do implante. Dessa forma, o levantamento do seio maxilar (sinus lift) é uma técnica que permite o ganho de volume ósseo na região posterior da maxila, possibilitando a reabilitação com implantes. Esse estudo tem como objetivo evidenciar um caso onde houve perfuração da membrana de Schneider durante um sinus lift e a sua resolução no transoperatório. Um paciente do sexo masculino, 63 anos, buscou atendimento odontológico queixando-se de suas próteses dentárias removíveis e ansiando substituí-las por próteses fixas sobre implantes. Ao exame clínico e de imagem, foi constatada a pneumatização do seio maxilar e altura óssea insuficiente para instalação de implantes na região posterior de maxila. O paciente foi submetido ao levantamento do seio maxilar direito e durante o procedimento houve uma perfuração da Membrana Schneidariana equivalente a 6mm. Essa complicação foi solucionada através da sutura da membrana a uma perfuração na parede óssea lateral do seio maxilar, o que permitiu a continuidade e sucesso do procedimento. Conclui-se que a perfuração da membrana de Schneider durante o procedimento sinus lift é uma intercorrência transcirúrgica comum e dependendo do tamanho da perfuração há uma conduta mais adequada a ser realizada. A técnica escolhida pelo profissional deverá ser baseada em sua experiência clínica e nas evidências científicas.

Referências

Barone, A., Santini, S., Sbordone, L., Crespi, R., & Covani, U. (2006). A clinical study of the outcomes and complications associated with maxillary sinus augmentation. International Journal of Oral and Maxillofacial Implants, 21(1), 81-85.

Herzberg, R., Dolev, E., & Schwartz-Arad, D. (2006). Implant Marginal Bone Loss in Maxillary Sinus Grafts. International Journal of Oral & Maxillofacial Implants, 21(1), 103-110.

Krennmair, G., Krainhöfner, M., Schmid-Schwap, M., & Piehslinger, E. (2007). Maxillary sinus lift for single implant-supported restorations: a clinical study. The International journal of oral & maxillofacial implants, 22(3), 351–358.

Lee, J. E., Jin, S. H., Ko, Y., & Park, J. B. (2014). Evaluation of anatomical considerations in the posterior maxillae for sinus augmentation. World journal of clinical cases, 2(11), 683–688. https://doi.org/10.12998/wjcc.v2.i11.663

López, C. S., Saka, C. H., Rada, G., & Valenzuela, D. D. (2016). Impact of fixed implant supported prostheses in edentulous patients: protocol for a systematic review. BMJ open, 6(2), e009288. https://doi.org/10.1136/bmjopen-2015-009288

Medeiros, M. S. ., Marcelino, K. P. ., Oliveira Júnior, J. C. de ., Moreira Junior, L. C., Freire, J. C. P. ., Dantas, E. M. ., Barbosa, G. A. S. ., Gondim, A. L. M. F. ., Dias-Ribeiro, E., & Almeida Neto, L. F. de . (2020). Instalação de implantes dentários simultâneo a realização de Sinus Lift: Relato de Caso. Research, Society and Development, 9(10), e2869108462. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8462

Misch, C. E. (1999). The maxillary sinus lift and sinus graft surgery. Contemporary Implant Dentistry. Chicago, IL: Mosby, 469-495.

Mohan, N., Wolf, J., & Dym, H. (2015). Maxillary sinus augmentation. Dental Clinics, 59(2), 375-388.https://doi.org/10.1016/j.cden.2014.10.001

Peñarrocha-Diago, M. A., Maestre-Ferrín, L., Demarchi, C. L., Peñarrocha-Oltra, D., & Peñarrocha-Diago, M. (2011). Immediate versus nonimmediate placement of implants for full-arch fixed restorations: a preliminary study. Journal of oral and maxillofacial surgery: official journal of the American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons, 69(1), 154–159. https://doi.org/10.1016/j.joms.2010.07.083

Probst, L. F., Vanni, T., Cavalcante, D., Silva, E., Cavalcanti, Y. W., Passeri, L. A., & Pereira, A. C. (2019). Cost-effectiveness of implant-supported dental prosthesis compared to conventional dental prosthesis. Revista de saude publica, 53, s1518-8787.2019053001066. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2019053001066

Proussaefs, P., Lozada, J., Kim, J., & Rohrer, M. D. (2004). Repair of the perforated sinus membrane with a resorbable collagen membrane: a human study. International Journal of Oral & Maxillofacial Implants, 19(3), 413-420.

Raja, S. V. (2009). Management of the posterior maxilla with sinus lift: review of techniques. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, 67(8), 1730-1734.

Schwartz‐Arad, D., Herzberg, R., & Dolev, E. (2004). The prevalence of surgical complications of the sinus graft procedure and their impact on implant survival. Journal of periodontology, 75(4), 511-516.

Scott, R. A. (2012). ITI treatment guide, volume 5: sinus floor elevation procedures. British Dental Journal, 212(10), 512-512.

Summers R. B. (1994). The osteotome technique: Part 2--The ridge expansion osteotomy (REO) procedure. Compendium (Newtown, Pa.), 15(4), 422–436

Tatum H., Jr (1986). Maxillary and sinus implant reconstructions. Dental clinics of North America, 30(2), 207–229.

Vazquez, J. C. M., de Rivera, A. S. G., Gil, H. S., & Mifsut, R. S. (2014). Complication rate in 200 consecutive sinus lift procedures: guidelines for prevention and treatment. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, 72(5), 892-901.

Downloads

Publicado

30/10/2020

Como Citar

MARCELINO, K. P.; SOUZA, J. A. N. de; RIBEIRO, D. T.; DANTAS, E. M.; BARBOSA, G. A. S.; GONDIM, A. L. M. F.; ALMEIDA NETO, L. F. de. Conduta cirúrgica após perfuração da membrana de Schneider durante sinus lift: relato de caso. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e9959109425, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.9425. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9425. Acesso em: 5 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde