Efeito de extratos de própolis apícola amazônica sobre Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae no Estado do Pará-Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9464Palavras-chave:
Apicultura; Maracujá; Amazônia; Fitopatógeno.Resumo
O maracujá-amarelo (Passiflora edulis Sims f. flavicarcarpa Deg.) é uma cultura importante na agricultura da Amazônia brasileira, especialmente no estado do Pará. Mas o seu cultivo tem sofrido uma redução de suas áreas e produtividade devido às doenças causadas por bactérias, em que o controle químico, às vezes, não apresenta os resultados esperados. A própolis de abelhas africanizadas (Apis mellifera L.) tem se mostrado um importante antibiótico natural no controle de microrganismos indesejáveis de plantas e animais. O presente trabalho teve como objetivo o estudo in vitro da atividade antibiótica de diferentes extratos de própolis de abelhas africanizadas de duas diferentes localidades do estado do Pará sobre o agente causador da mancha bacteriana do maracujá (Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae). Foi realizada uma análise fatorial de três fatores: origem X solvente X concentração. Verificou-se que as concentrações de 0,5% foram estatisticamente superiores às demais, com poder de inibição do crescimento médio de 86%, e o extrato de própolis do apiário de Santa Izabel do Pará, Pará, Brasil, obtido em etanol a 80%, demonstrou efeito inibitório estatisticamente diferente e superior do crescimento de unidades formadoras de colônias (UFC) de X. axonopodis pv. passiflorae.
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