Análise ergonômica e de alterações osteomusculares em trabalhadores: revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9500Palavras-chave:
Eletromiografia; Trabalhador; Ergonomia.Resumo
A realização de atividades de trabalho com execução ergonômica inadequada e por um período prolongado podem acarretar danos musculares de diferentes gravidades em trabalhadores, tanto na área rural como na industrial. Pensando nisso, temos como objetivo nesta revisão integrativa de literatura, analisar as evidências científicas disponíveis na literatura sobre a ergonomia e alterações osteomusculares em trabalhadores. Do ponto de vista metodológico, este estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura, desenvolvida em sete etapas: formulação da questão norteadora; desenvolvimento dos critérios de inclusão e exclusão; localização e seleção dos estudos; avaliação crítica dos estudos; coleta e análise de dados; apresentação e interpretação dos resultados, e por último apresentação da revisão. Referente aos resultados, percebeu-se que a maior parte dos estudos abordou a presença ou possível desenvolvimento de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho. Que são lesões nos músculos, tendões, ligamentos, articulações e nervos e que estão relacionadas com as atividades desempenhadas no ambiente de trabalho. Dentre essas atividades, destacam-se o desenvolvimento de tarefas utilizando postura inadequada, extremos de carga, sobrecarga de trabalho, pouco tempo de descanso e esforço repetitivo. Conclui-se que profissionais que necessitam de grande esforço físico no seu ambiente de trabalho e que realizam atividades com ergonomia inadequada possuem grande probabilidade para o desenvolvimento de alterações osteomusculares. É necessário que haja a continuidade nas pesquisas relacionadas as desordens musculares em trabalhadores, bem como a implementação de intervenções que minimizem os erros ergonômicos adotados pelos profissionais.
Referências
Albert, W. J., Everson, D., Rae, M., Callaghan, J. P., Croll, J., & Kuruganti, U. (2014). Biomechanical and ergonomic assessment of urban transit operators. Work, 47(1), 33-44. https://doi.org/10.3233/WOR-131683
Assunção, A. A., & Vilela, L. V. O. (2009). Lesões por esforços repetitivos: guia para profissionais de saúde. Verônica Cavalieri, 1, 9-56. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/livro_ler_guia_profissional_1.pdf
Castro, A. A. (2016). Revisão Sistemática e Metanálise. http://www.usinadepesquisa.com/metodologia/wp-content/uploads/2010/08/meta1.pdf
Felli, V. E. A. (2013). A necessidade de monitoramento da saúde do Trabalhador de enfermagem. Cogitare Enferm, 18(3), 429-431. http://doi.org/10.5380/ce.v18i3.33550
Fernándeza, Y. G., Martín, E. C., & Molina, J. M. (2012). Estudio de la actividad muscular mediante electromiografía de superficie durante el uso de silla de evacuación domiciliaria. Arch Prev Riesgos Labor, 15(3), p.136-141. https://www.prevencionintegral.com/canal-orp/papers/orp-2012/estudio-actividad-muscular-mediante-electromiografia-superficie-durante-uso-silla-evacuacion
Forti, F. (2005). Análise do sinal eletromiográfico em diferentes posicionamentos, tipos de eletrodos, ângulos articulares e intensidade de contração [Dissertação de mestrado em Fisioterapia, Universidade Metodista de Piracicaba]. Biblioteca Digital – UNIMEP. http://iepapp.unimep.br/biblioteca_digital/pdfs/2006/DURWSSEQMJEM.pdf
Fundacentro. (2016). LER/DORT atinge 3,5 milhões de trabalhadores. Governo Federal – Governo do Brasil. https://www.gov.br/fundacentro/pt-br/assuntos/noticias/noticias/2016/2/pesquisadores-da-fundacentro-comentam-sobre-a-lerdort
Galvão, T. F., Pansani, T. de S. A., & Harrad, D. (2015). Principais itens para relatar Revisões sistemáticas e Meta-análises: A recomendação PRISMA. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24(2), 335-342. https://doi.org/10.5123/S1679-49742015000200017
Higgins, J. P. T., & Green, S. (2011). Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions. Cochrane Collaboration. https://handbook-5-1.cochrane.org/
Higgins, J., Thomas, J., Chandler, J., Cumpston, M., Li, T., Page, M., & Welch, V. (2019). Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions. Cochrane Training. https://training.cochrane.org/handbook/archive/v6
Kim, E., Freivalds, A., Takeda, F., & Li, C. (2018). Ergonomic Evaluation of Current Advancements in Blueberry Harvesting. Agronomy, 8(11), 266. https://doi.org/10.3390/agronomy8110266
Kuta, L., Ciez, J., & Mlotek, M. (2015). Musculoskeletal load assessment of farmers during selected agricultural Works. Procedia Manufacturing, 3, 1696 – 1703. https://doi.org/10.1016/j.promfg.2015.07.990
Leitão, I. M. T. A., Fernandes, A. L., & Ramos, I. C. (2009). Saúde ocupacional: analisando os riscos relacionados à equipe de enfermagem numa unidade de terapia intensiva. Ciência, Cuidado E Saúde, 7(4), 476-484. https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v7i4.6630
Ministério da Saúde. (2001). Lesões por esforços repetitivos (LER) distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). Secretaria de Políticas de Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ler_dort.pdf
Ministério Público do Trabalho. (2008). 28 de fevereiro: Dia Internacional de Prevenção às LER/DORT. Jusbrasil. https://mpt.jusbrasil.com.br/noticias/858567/28-de-fevereiro-dia-internacional-de-prevencao-as-ler-dort
Ministério da Saúde. (2012). Dor relacionada ao trabalho: lesões por esforços repetitivos (LER) distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). Secretaria de Vigilância em Saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/dor_relacionada_trabalho_ler_dort.pdf
Ministério da Saúde. (2019). LER e DORT são as doenças que mais acometem os trabalhadores, aponta estudo. Governo Federal – Governo do Brasil. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/ler-e-dort-sao-as-doencas-que-mais-acometem-os-trabalhadores-aponta-estudo
Ocarino, J. de M., Silva, P. L. P. da, Vaz, D. V., Aquino, C. F. de, Brício, R. S., & Fonseca, S. T. da. (2005). Eletromiografia: interpretação e aplicações nas ciências da reabilitação. Fisioterapia Brasil, 6(4), 305-310. http://doi.org/10.33233/fb.v6i4.2012
Onety, G. C. da S., Leonel, D. V., Saquy, P. C., Silva, G. P. da, Ferreira, B., Varise, T. G., Sousa, L. G. de, Verri, E. D., Siéssere, S., Semprini, M., Nepomuceno, V. R., & Regalo, S. C. H. (2014). Analysis of Endodontist Posture Utilizing Cinemetry, Surface Electromyography and Ergonomic Checklists. Brazilian Dental Journal, 25(6), 508-518. http://doi.org/10.1590/0103-6440201302438
Portaria n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990. (1990). NR 17 - Ergonomia. https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_Legislacao/SST_Legislacao_Portarias_1990/Portaria-n.-3.751-Altera-a-NR-17-e-NR-15.pdf
Portaria n.º 07, de 5 de outubro de 1992. (1992). NR 28 - Fiscalização e Penalidades. http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr28.htm
Royas, A. D. V., & Marziale, M. H. P. (2001). A situação de trabalho do pessoal de enfermagem no contexto de um hospital argentino: um estudo sob a ótica da ergonomia. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 9(1), 102-108. https://doi.org/10.1590/S0104-11692001000100015
Silva, A. A., Rotenberg, L., & Fischer, F. M. (2011). Jornadas de trabalho na enfermagem: entre necessidades individuais e condições de trabalho. Revista de Saúde Pública, 45(6), 1117-1126. https://doi.org/10.1590/S0034-89102011000600014
Stacciarini, J. M. R., & Tróccoli, B. T. (2001). O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 9(2), 17-25. https://doi.org/10.1590/S0104-11692001000200003
Yeng, L. T., Teixeira, M. J., Romano, M. A., Picarelli, H., Settimi, M. M., & Greve, J. M. D. A. (2001). Distúrbios ósteo-musculares relacionados ao trabalho. Revista De Medicina, 80(2), 422-442. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v80ispe2p422-442
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Jéssica da Silva Silveira; Marta Regina Cezar-Vaz; Daiani Modernel Xavier
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.