Aplicação de filtros passa-baixa em modelos digitais de elevação para avaliação da diferença altimétrica entre os Pantanais do Negro e Nhecolândia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9519

Palavras-chave:

Geotecnologias Livres; Unidades de Conservação da Natureza; Altimetria.

Resumo

Os dados do radar interferométrico de abertura sintética SRTM apresentam grande potencialidade para estudos que envolvam a altimetria, uma vez que, além de estarem disponíveis gratuitamente na internet, também estão geocodificados, facilitando seu tratamento em Sistema de informações geográficas. Entretanto os dados SRTM apresentam algumas limitações de uso, entre elas o Efeito Dossel, consequência do modelo considerar o topo da vegetação como feição de relevo. Outra limitação, não menos importante, especialmente para a utilização desses dados em áreas planas, refere-se à precisão vertical desses dados, já que na área deste estudo, situada no Pantanal, uma diferença de apenas um metro tem um significado importante. O presente trabalho possui os objetivos de avaliar os dados de altimetria oriundos dos dados de SRTM, TOPODATA e do GLS; analisar a acurácia vertical, através da comparação dos dados destes sensores com os dados de altitude dos marcos geodésicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; e aplicar Filtro Passa-Baixa de Média Móvel para a correção do "Efeito Dossel" dos dados SRTM. A área de estudo escolhida para realizar todas essas análises está englobada entre os Pantanais do Negro e Nhecolância. A metodologia aplicada foi desenvolvida em ambiente SIG de plataformas gratuitas: GRASS-GIS, Quantum GIS e SPRING. Os dados SRTM utilizados permitiram avaliar a diferença altimétrica entre o Pantanal do Negro e a Nhecolândia. Já os filtros aplicados sobre os dados SRTM diminuíram substancialmente as principais feições associadas ao efeito dossel da vegetação.

Referências

Abdon, M. M., Silva, J. S. V., Pott, A., Pott, V. J., Silva, M. P., Mengatto Junior, E.A. (2009). Cobertura vegetal do Parque Estadual Pantanal do Rio Negro (PEPRN) – MS. In: Simpósio De Geotecnologias No Pantanal, 2, Corumbá, 2009. Anais. São José dos Campos: Embrapa Informática Agropecuária/INPE. 674-84.

Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais. BRASIL.

Farr, T. G., Rosen, P. A., Caro, E., Crippen, R., Duren, R., Hensley, S., Kobrick, M., Paller, M., Rodriguez, E., Roht, L., Sseal, D., Shaffer, S., Shimada, J., Umland, J., Wener, M.; Oskin, M., Burbank, D., Alsdorf, D. (2009). The Shuttle Radar Topography Mission. Reviews of Geophysics, 45, 1-33.

Grass Development Team. (2010). Geographic Resources Analysis Support System (GRASS) Software, Version 6.4.1. Open Source Geospatial Foundation. Recuperado de http://grass.osgeo.org.

Higa, L. T., Paranhos Filho, A. C., Torres, T. G., Salles, A. T. (2006). Avaliação da precisão vertical do modelo SRTM para a bacia do rio Paraguai, no Estado de Mato Grosso do Sul. In: 1º Simpósio De Geotecnologias Do Pantanal. Campo Grande. Anais. São José dos Campos, SP:INPE. 834-840.

Instituto Brasileiro de geografia e Estatística – IBGE. 2010. Banco de Dados Geodésicos. Recuperado de http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/bdgpesq_googlem aps.php#tabela_dado).

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE. (2006). SPRING – Sistema de Processamento de Informações Georeferenciadas. Recuperado de http://ww w.dpi.inpe.br/spring.

Instituto nacional de Pesquisas Espaciais – INPE. (2011). Banco de Dados Geomorfométricos do Brasil. Recuperado de http://www.dsr.inpe.br/topodata/data/geotiff/.

Ludwig, R., & Schneider, P. (2006). Validation of digital elevation models from SRTM X-SAR for applications in hydrologic modeling. Journal of Photogrammetry & Remote Sensing, 60, 339 – 358.

Marini, L. R., Marcato Junior, J., Ramos, A. P. M., Paranhos Filho, A. C., BarroS, W. M., Higa, L. T. (2017). Análise da acurácia Altimétrica dos Modelos Digitais de superfície SRTM, Aster e Topodata e Aplicação na Representação do Pantanal da Nhecolândia. Anuário do Instituto de Geociências, 40(3), 48 - 54.

Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul – IMASUL. (2008). Resumo Executivo do Plano de Manejo do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro. IMASUL, Campo Grande. 68 p.

QGIS Development Team. (2018). Geographic Information System. Open Source Geospatial Foundation Project. Recuperado de http://qgis.osgeo.org.

Rodriguez, E., Morris, C. S., Belz, E. A. (2006). Global Assessment of the SRTM Performance. Photogrammetric Engineering & Remote Sensing, 72(3), 249 - 260.

Pereira, A. P., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. Santa Maria, RS: UFSM, NTE, 119p. Recuperado de https://www.u fsm.br/app/uploads/sites/358/2019/02/Metodologia-da-Pesquisa-Cientifica_final.pdf.

Valeriano, M. M. (2008). TOPODATA: Guia de Utilização de Dados Geomorfométricos Locais. São José dos Campos, SP. Recuperado de http://www.dsr.inpe.br/to podata/data/guia_enx.pdf.

Zyl, J. J. V. (2001). The Shuttle Radar Topography Mission (SRTM): A Breakthrough in Remote Sensing of Topography. Acta Astronautica, 48, 559 - 565.

Downloads

Publicado

08/11/2020

Como Citar

COPATTI, A. .; MENDES, D. .; OLIVEIRA, A. P. G. .; DALMAS, F. B.; PARANHOS FILHO, A. C. . Aplicação de filtros passa-baixa em modelos digitais de elevação para avaliação da diferença altimétrica entre os Pantanais do Negro e Nhecolândia. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 11, p. e1729119519, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i11.9519. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9519. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Exatas e da Terra