Sífilis em gestantes: uma análise comparativa da região Norte do Brasil no período de 2016 a 2018
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9547Palavras-chave:
Sífilis; Gravidez; Epidemiologia; Incidência; Brasil.Resumo
Objetivo: Descrever a incidência e o perfil clínico-epidemiológico de sífilis gestacional na região Norte do Brasil no período de 2016 a 2018. Metodologia: Estudo epidemiológico descritivo com abordagem quantitativa, feito através de dados secundários obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Utilizaram-se os números de casos confirmados de sífilis na gestação no Norte do Brasil e as taxas de detecção (por 1.000 nascidos vivos) correspondentes ao triênio 2016-2018. Resultados: Foram notificados 14.307 casos de sífilis em gestantes na região Norte do Brasil entre os anos de 2016 a 2018, com a maior taxa de detecção durante os três anos da série no estado do Acre. Ademais, a região Norte apresentou detecção de sífilis em gestantes abaixo da média nacional, ocupando o quarto lugar do ranking no ano de 2018. A maioria das gestantes possuíam idade na faixa etária de 20 a 29 anos, escolaridade de 5ª a 8ª série incompleta, cor parda, obtiveram diagnóstico no terceiro trimestre da gestação, com classificação clínica primária e receberam tratamento com penicilina. Conclusão: A sífilis se caracteriza como uma doença reemergente, representando um grave problema de saúde pública no território brasileiro, como comprovado pelo acréscimo substancial no número de casos e nas taxas de detecção de sífilis em gestantes observados no decorrer dos três anos de estudo na região Norte. Logo, torna-se fundamental adotar medidas visando interromper a cadeia de transmissão e diminuir a incidência de sífilis.
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