Anos potenciais de vida perdidos por causas externas entre crianças de um a nove anos de idade no período de 2000 a 2018 em um estado brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9799Palavras-chave:
Anos potenciais de vida perdidos; Mortalidade na infância; Causas externas.Resumo
Introdução: Lesões ou quaisquer outros agravos à saúde com início súbito, geradas pela violência ou outra causa exógena, são chamadas causas externas (CE). O indicador Anos Potenciais de Vida Perdidos - APVP expressa o impacto das mortes precoces em relação à duração de vida esperada para uma determinada população. As CE foram a maior causa de morte em crianças de 1 a 9 anos com 1.037 óbitos (19,38%). Objetivo: Determinar os APVP por CE entre crianças de 1 a 9 anos do Estado do Piauí, Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, longitudinal, de abordagem quantitativa. Tem como cenário o Estado do Piauí. A população e a amostra foram compostas pelos óbitos por CE registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM do Brasil, ocorridos em crianças na faixa etária pretendida. Utilizou-se para análise de dados o método que estabelece uma idade limite para o cálculo dos APVP, com base na vida média da população. Resultados: No Piauí, entre janeiro de 2000 e dezembro de 2018, houve 1.037 óbitos (11,67%). O maior número de APVP foi verificado entre crianças do sexo masculino, na faixa etária de 5 a 9 anos. Predominaram os óbitos por afogamento, com 258 óbitos (24,9%), sendo responsável por 16.857 APVP, seguido por acidentes com pedestres, com 184 óbitos (17,8%), somando mais 11.911,5 anos. Conclusão: Predominam como principais CE afogamentos e submersões acidentais e acidentes em pedestres. Constata-se que 67.581 anos de vida de crianças de 1 a 9 anos foram perdidos por CE no Piauí.
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