Viabilidade das culturas probióticas Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium lactis adicionadas ao Queijo de Coalho
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v8i5.986Palavras-chave:
Alimento funcional. Processamento. Produto regional.Resumo
O presente estudo objetivou avaliar a viabilidade de culturas probióticas na fabricação do queijo de Coalho. Foram utilizados três tratamentos com três repetições: queijo de Coalho adicionado Lactobacillus acidophilus (T1); queijo de Coalho adicionado Bifidobacterium lactis (T2); e queijo de Coalho tradicional, sem adição de cultura (T3). Os queijos foram analisados quanto à sua composição físico-química e sensorial a cada 7 dias até o 28º dia. O tratamento T1 apresentou contagem populacional probiótica dentro do permitido pela legislação e não houve diferenciação sensorial significativa entre os demais. Portanto, o Queijo de Coalho adicionado de L. acidophilus apresentou condições propícias para ser considerado uma nova alternativa de alimento probiótico.
Referências
Alves, C. C. C., Gemal, N. D. H., Cortez, M. A. S., Franco, R. M., Mano, S. B. (2011). Utilização de Lactobacillus acidophilus e de acidificação direta na fabricação de queijo de minas frescal. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 63(1), 1559-1566. 2011.
Association of Official Analytical Chemists- AOAC (2016). Official methods of analysis, 20th Ed., Gaithersburg, MD, USA.
American Public Health Association - APHA (2001). Compendium of methods for the microbiological examination of foods. 4th edition, Washington.
Araujo, E. A., Carvalho, A. F., Leandro, E. S., Furtado, M. M., Moraes, C. A. (2010). Development of a symbiotic cottage cheese added with Lactobacillus delbrueckii UFV H2b20 and inulin. Journal of Functional Foods, 2(1), 85-89.
Argenta, A. B., Oliveira, L. R., Alves, F. F., Bandeira, A. M. T., Meira, S. M. M. (2016). Desenvolvimento de queijo tipo Minas frescal caprino adicionado de bactéria probiótica. Revista Thema, 13:3, 8-16.
Arrais, B. C. D. (2015). Desenvolvimento de Ricota Funcional: avaliação das características físico-químicas e microbiológicas do produto, PR. Dissertação de Mestrado em Ciência e Tecnologia do Leite, Universidade Norte do Paraná, Londrina, PR, Brasil.
Back, D., Mattanna, P., Andrade, D. F., Simões, G. D., & Rochards, N. S. P. S. (2013). Viabilidade probiótica de queijos minas frescal com teor reduzido de lactose. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, 68, 27-35.
Beltrão, F. A. S., Moura, C. V. R., Madruga, M. S., & Andrade, A. E. B. (2017). Avaliação do perfil de ácidos graxos de queijo Tipo chevrotin simbiótico. Rev. Inst. Laticínios Cândido Tostes, 72, 11-18.
Bezerra, T. K. A., Araujo, A. R. R., Nascimento, E. S., Paz, J. E. M., Gadelha, C. A., Gadelha, T. S., Pacheco, M. T. B., Queiroga, R. C. R. E., Oliveira, M. E. G., & Madruga, M. S. (2016). Proteolysis in goat “coalho”cheese supplemented with probiotic latic acid bactéria. Food Chemistry, 196, 359-366.
Bigliardi, B., & Galati, F. (2013). Innovation trends in the food industry: The case of functional foods. Trends in Food Science & Technology, 31 (2), 118-129.
Brasil. (1996). Portaria nº 146, de 07 de março de 1996. Regulamento técnico de identidade e qualidade dos produtos lácteos, O Ministério de Estado da agricultura e abastecimento e reforma agrária institui: Regulamento técnico de identidade e qualidade dos queijos. Diário oficial da União, Brasilia, 11 de março, Seção 1.
Brasil. (2001a). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regulamentos técnicos de identidade e qualidade de manteiga da terra ou manteiga de garrafa, queijo de Coalho e queijo de Manteiga. Instrução Normativa n°30, de 26/06/2001. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 jul.2001, p.13-15.
Brasil. (2001b). Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC no12, de 02/01/2001. Regulamento Técnico Sobre os Padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 02/01/2001. p.1-54.
Brasil. (2005). Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Alimentos com Alegações de Propriedades Funcionais e ou de saúde, Novos Alimentos/Ingredientes. Substâncias Bioativas e Probióticos. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 278p.
Buriti, F. C. A. (2005). Desenvolvimento de queijo fresco cremoso simbiótico. Dissertação de Mestrado em Tecnologia Bioquímico – Farmacêutica, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Butel, M. J. (2014). Probiotics, gut microbiota and health. Med. Maladies Infect., 44 (1), 1- 8.
Castro, R. D. (2015). Queijo Minas Artesanal fresco de produtores não cadastrados da mesorregião de Campo das Vertentes – MG: qualidade microbiológica e físico-química em diferentes épocas do ano. Dissertação de Mestrado em Ciência Animal, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.
Cavalcante, J. F. M., Andrade, N. J., Furtado, M. M., Ferreira, C. L. L. F., Pinto, C. L. O., & Elard, E. (2007). Processamento do queijo coalho regional empregando leite pasteurizado e cultura lática endógena. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 27, 205-214.
Chaves, K. S. (2014). Avaliação da maturação e perfil sensorial de queijos Prato probióticos tipo lanche adicionado de Lactobacillus acidophilus La-5 e Bifidobacterium Bb-12. Tese de doutorado, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
Diniz, L. A. (2014). Parâmetros de qualidade e percepção sensorial de queijo de coalho com substituição parcial de NACL por KCAL. Dissertação de Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.
Dutcosky, S. D. (2013). Análise sensorial de alimentos (4a. ed.) Curitiba: Champagnat.
Favretto, D. C., Pontin, B., & Moreira, T. R. (2013). Effect of the consumption of a cheese enriched with probiotic organisms (Bifidobacterium lactis bi-07) in improving symptoms of constipation. Arquivos de Gastroenterologia, 50, 196-201.
Furtado, M. M., Souza, H. S., & Munck, A. V. (1980). A fabricação de queijo Minas frescal sem o emprego de culturas lácteas. Revista Instituto de Lacticínios Cândido Tostes, 35 (207), 15-21.
Gaino, V. O., Voltarelli, V. P., Maciel, C., Rensis, V. B., & Vianna, P. C. B. (2012). Requeijão cremoso probiótico: avaliação da viabilidade de Lactobacillus casei, da composição físico-química e aceitação sensorial. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, 33 (2), 3133-3142.
Goetzke, B., Nitzko, S., & Spiller, A. (2014). Consumption of organic and functional food. A matter of well-being and health? Appetite, 77, 94-103.
Gomes, A. M. P., & Malcata, F. X. (1999). Bifidobacterium spp. and Lactobacillus acidophilus: biological, biochemical, technological and therapeutical properties relevant for use as probiotics. Trends in Food Science & Technology, 10 (1), 139-157.
Gonsalves, M. M. (2009). Desenvolvimento e caracterização de queijo tipo quark simbiótico. Dissertação de Mestrado em Ciência e tecnologia de Alimentos, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil.
Govender, Y., Avenant, C., Verhoog, N. J., Ray, R. M., Grantham, N. J., Africander, D., & Hapgood, J. P.(2014). The Injectable-Only Contraceptive Medroxyprogesterone Acetate, Unlike Norethisterone Acetate and Progesterone, Regulates Inflammatory Genes in Endocervical Cells via the Glucocorticoid Receptor. PLOS One, 9 (5) e96497 .
Granato, D., Branco, G. F., Cruz, A. G., Faria, J. A. F., & Shah, N. P. (2010). Probiotic dairy products as functional foods. Rev. Food Sci. Food Safety, 9, 455- 470.
Hill, C., Guarner, F., Reid, G., Gibson, G. R.; Merenstein, D. J., Pot, B., Morelli, L., Canani, R. B., Flint, H. J., Salminen, S., Calder, P. C., & Sanders, M. E. (2014). Expert consensus document: The International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics consensus statement on the scope and appropriate use of the term probiotic. Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology, 11, 506-514.
Ioannidis, J. P., Tarone, R., & Mclaughlin, J. K. (2011). The false-positive to false-negative ratio in epidemiologic studies. Epidemiology, 22 (4), 450–456.
Karimi, R., Mortazavian, A. M., & Amiri-Rigi, A. (2012). Selective enumeration of probiotic microorganisms in cheese. Food Microbiology, 29, 1-9.
Kumar, A., & Kumar, D. (2016). Development of antioxidant rich fruit supplemented probiotic yogurts using free and microencapsulated Lactobacillus. Jounal of Food Science and Technology, 53 (1), 667-675.
Lourens-Hattingh, A., & Viljoen, B. C. (2001). Yogurt as probiotic carrier food. International Dairy Journal, 11 (1), 1-17.
Marques, K. A., Ferreira, R. P., Martins, A. D. O., Soares, B. G., Martins, M. L., & Martins, J. M. (2011). Características Físico-Químicas e Sensoriais de Queijo Minas Padrão Probiótico. Revista do Instituto de Laticínios, 66, 17-25.
Martirosyan, D. M., & Singh, J. (2015). A new definition of functional food by FFC: what makes a new definition unique? Functional Foods in Health and Disease, 5 (6), 209-223.
Matsumoto, M., Ohishi, H., & Benno, Y. (2004). H+ATPase activity in Bididobacterium with special reference to acid tolerance. International Journal of Food Microbiology, 93 (1), 109-113.
Matto, J., Alakomi, H. L., Vaari, A., Virkajarvi, I., & Saarela, M. (2006). Influence of processing conditions on Bifidobacterium animalis subsp. lactis functionality with a special focus on acid tolerance and factors affecting it. International Dairy Journal, 16, 1029-1037.
Minervini, F., Siragusa, S., Faccia, M., Dal Bello, F., Gobbetti, M., & De Angelis, M. (2012). Manufacture of Fior di Latte cheese by incurporation of probiotic lactobacilli. Journal of Dairy Science, 95, 508-520.
Pereda, J. A. O. (2005). Tecnologia de Alimentos: Alimentos e origem animal. Porto Alegre: Artemed.
Pophaly, S. D., Poonam, Singh, P., Kumar, H., Tomar, S. K., & Singh, R. (2014). Selenium enrichment of lactic acid bacteria and bifidobacteria: A functional food erspective. Trends in Food Science & Technology, 39, 135-145.
Reynolds, T., & Martirosyan, D. M. (2016). Nutrition by design: a review of biotechnology in functional food of plant origin. Functional Food in Health and Disease, 6 (2), 110-120.
Saarela, M., Mogensen, G., Fondèm, R., Mättö, J., & Mattila-Sandholm, T. (2000). Probiotic bacteria: safety, functional and Technological properties. Journal of Biotechnology, 84, 197-215.
Santos, A. Q., & Hoffmann, F. L. (2010). Evolução da microbiota contaminante em linha de processamento de queijos Minas frescal e ricota. Revista do Instituto Adolfo Lutz, 69(1), 38-46.
Silva, M. C. D., Ramos, A. C. S., Moreno, I., & Moraes, J. O. (2010). Influência dos procedimentos de fabricação nas características físico-químicas, sensoriais e microbiológicas de queijo de coalho. Rev Inst Adolfo Lutz, 69 (2), 214-221.
Silva, P. T., Fries, L. L. M., Menezes, C. R., Silva, C. B., Soriani, H. H., Bastos, J. O., Mota, M. H., & Ribeiro, R. F. (2015). Microencapsulação de probióticos por spray drying: avaliação da sobrevivência sob condições gastrointestinais simuladas e da viabilidade sob diferentes temperaturas de armazenamento. Ciência Rural, 45 (7), 1342-1347.
Soccol, C. R., Vandenberghe, L. P. S., Spier, M. R., Medeiros, A. B. P., Yamaguishi, C. T., Lindner, J. D., Pandey, A., & Thomaz-Soccol, V. (2010). The Potential of Probiotics: A Review. The Potential of Probiotics. Food Technology and Biotechnology, 48 (4), 413-434.
Sofi, F., & Dinu, M. R. (2016). Nutrition and prevention of chronic-degenerative diseases. Agriculture and Agricultural Science Procedia, 8, 713-717.
Sousa, A. Z. B., Abrantes, M. R., Sakamoto, S. M., Silva, J. B. A., Lima, P. O., Lima, R. N., Rocha, M. O. C., & Passos, Y. D. B. (2014). Aspectos físico-químicos e microbiológicos do queijo tipo coalho comercializado em estados do nordeste do Brasil. Arq. Inst. Biol., 81 (1), 30-35.
Vandenplas, Y., Huys, G., & Daube, G. (2015) Probiotics: an update. J Pediatr., 91, 6-21, 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.