Diagnóstico e controle químico das helmintoses em bovinos: revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9908Palavras-chave:
Anti-helmínticos; Diagnóstico; Helmintoses; Ruminantes.Resumo
A bovinocultura tem uma atividade crescente em todo o Brasil, no entanto, a produção desses ruminantes é prejudicada pelas helmintoses, por causarem retardo no desenvolvimento dos animais, levando à baixa produtividade e, consequentemente, elevadas perdas econômicas. O controle do parasitismo por nematóides gastrintestinais é realizado principalmente com o uso de anti-helmínticos. A utilização intensiva desses medicamentos, uso de subdoses, diagnósticos incorretos e a falta de rotatividade de bases farmacológicas têm provocado um sério problema sanitário: a resistência dos helmintos aos fármacos. O teste OPG é uma ferramenta útil, prática, rápida e que não requer o sacrifício dos animais, muito utilizado para diagnóstico da doença e prescrição do tratamento correto. O presente estudo visa apresentar o diagnóstico e controle químico das principais helmintoses bovinas perante a literatura, com o objetivo de contribuir para o melhor desenvolvimento dos bezerros, boa produtividade e ganho econômico satisfatório do produtor.
Referências
Anualpec (2018): Anuário da pecuária brasileira. São Paulo: FNP Consultoria & Comércio. 56 p.
Alves, D. P., Santiliano, F. C., De Almeida, B. R. (2016). Epidemiologia das helmintoses gastrointestinais em bovinos. Pubvet, 6, 1411-1416.
Araújo, R. N., Lima, W. S. (2005). Infecções helmínticas em um rebanho leiteiro na região de Campo das Vertentes de Minas Gerais. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia. Universidade Federal de Minas Gerais, 57 (2), 186-193.
Baiak, B. H. B., et al. (2017). Estudo da resistência anti-helmíntica de bovinos aos nematódeos gastrintestinais: uma meta-anàlise.
Ballweber, L. R., et al. (2014). American Association of Veterinary Parasitologists’ review of veterinary fecal flotation methods and factors influencing their accuracy and use—is there really one best technique? Veterinay Parasitology, 204 (1), 73-80.
Barçante, J. M. P. (2004). Aspectos parasitológicos, clínicos e imunológicos de căes experimentalmente infectados por Angiostrongylus vasorum. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, 13 (1), 96-99.
Bianchin, I., Catto, João, B. (2008). Epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos de corte na região central do Brasil. In: Congresso Brasileiro de Parasitologia Veterinária. 1-24.
Borges, F. A., et al. (2015). Multispecies resistance of cattle gastrointestinal nematodes to long acting avermectin formulations in Mato Grosso do Sul. Veterinary Parasitology, 212, 299-302.
Bowman, D, D., Georgis – (2010). Parasitologia Veterinária, (9a ed.), Rio de Janeiro: Elsevier.
Bullen, S. L., et al. (2016). Anthelmintic resistance in gastrointestinal nematodes of dairy cattle in the Macalister Irrigation District of Victoria. Australian Veterinary Journal, 94, 35–41.
Cezar, A. S., Vogel, F. S. F., Sangioni, L. A., Antonello, A. M., Camillo, G., Toscan, G., Araujo, L. O. (2010). Ação anti-helmíntica de diferentes formulações de lactonas macrocíclicas em cepas resistentes de nematódeos de bovinos. Pesquisa Veterinária Brasileira, 30 (7), 523-528.
Coelho, C. N., et al. (2015). Eficácia anti-helmíntica da associação de abamectina com fluazuron no controle dos principais nematoides gastrintestinais de bovinos. Revista Brasileira Medicina Veterinária, 37, 100–105.
Costa, A. M. C. B. (2010). Fasciolose bovina: aspectos clínicos e epidemiológicos no Alentejo. Dissertação de Mestrado. 102 p. Universidade Técnica de Lisboa, Faculdade de Medicina Veterinária, Lisboa.
Cotter, J. L., Van Burgel, A., Besier, R. B. (2015). Anthelmintic resistance in nematodes of beef cattle in south-west Western Australia. VeterinaryParasitology, 207, 276–284.
Cringoli, G. (2006). Flotac, a novel apparatus for a multivalent faecal egg count technique. Parasitologia, 48 (3), 381-384.
Cringoli, G., Rinaldi, L., Maurelli, M. P., Utzinger, J. (2010). Flotac: new multivalent techniques for qualitative and quantitative copromicroscopic diagnosis of parasites in animals and humans. Nature Protocols, 5 (3), 503-515.
Cringolli, G., Rinaldi, L., Albonico, M., Bergquist, R., Utzinger, J. (2013). Geospatial (s) tools: integration of advanced epidemiological sampling and novel diagnostics. Geospatial Health, 7 (2), 399-404.
Dias, A. S. (2019). Avanços no imunodiagnóstico sorológico de helmintoses. Ciência Animal. 80-92.
Diaz, M. A., Arnaud-ochoa, R. A., Becerra-Nava, R., Torres-Acosta, J. F. J., Rodriguez-Vivas, R. I., Quiroz-Romero, R. H. (2015). Frequency of cattle farms with ivermectin resistant gastrointestinal nematodes in Veracruz, Mexico. Veterinary Parasitology, 212, 439–443.
Egwang, T. G. S., Locombe, J. O. (1982). Evaluat ion of the Cornell-Wisconsin centrifugal flotation technique for recovering trichostrongylid eggs from bovine feces. Canadian Journal of Comparative Medicine, 46 (2), 133-137, 1982.
Fazzio, L. E., et al. (2016). Efficacy and productive performance of moxidectin in feedlot calves infected with nematodes resistant to ivermectin. Veterinary Parasitology, 223, 26–29.
Holsback, L., et al. (2015). Resistance of Haemonchus, Cooperia, Trichostrongylus, and Oesophagostomum to ivermectin in dairy cattle in Paraná. Semina: Ciências Agrárias, 36, 2031–2035.
Kleiman, F., Pietrokovsky, S., Gil, S., Wisnivesky-Colli, C. (2005). Comparison of two coprological methods for the veterinary diagnosis os fasciolosis. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte, 57 (2), 181-185.
Ku, H. L., et al. (2012). Prevalence of cattle herds with ivermectin resistant nematodes in the hot subhumid tropics of Mexico. Veterinary Parasitology, 183, 292–298.
Leathwick, D. M., et al. (2016). The efficacy and plasma profiles of abamectin plus levamisole combination anthelmintics administered as oral and pour‐on formulations to cattle. Veterinary Parasitology, 227, 85–92.
Llorens, Y. G., et al. (2014). Eficacia anti-helmíntica del Labiomec® (Ivermectina 1%) em rebaños bovinos de Camagüey. Revista Salud Animal, 36, 58–61.
Lopes, W. D. Z., et al. (2013). Persistent efficacy of 3.5% doramectin compared to 3.15% ivermectin against gastrointestinal nematodes in experimentally-infected cattle in Brazil. Research in Veterinary Science, 94, 290–294.
Lopes, W. D. Z., et al. (2014). Resistência de Haemonchus placei, Cooperia punctata e Oesophagostomum radiatum à ivermectina pour-on a 500 mcg/kg em rebanhos bovinos no Brasil. Ciência Rural, 44, 847–853.
Melo, A. C. F. L., Bevilaqua, C. M. L. (2002). Resistência anti-helmíntica em nematóides de pequenos ruminantes: uma revisão. Ciência Animal, 12 (1), 35-45.
Monteiro, S. G. (2014). Parasitologia da Medicina Veterinária. São Paulo: Roca, 346 p.
Pimentel-Neto, M., Fonseca, A. H. (2002). Epidemiology of pulmonary and gastrintestinal helmintoses in calves in the lowland of the state of Rio de Janeiro. Pesquisa Veterinária Brasileira, Rio de Janeiro, 22 (4), 148-152.
Queiroz, V. S., et al. (2002). Fasciola hepatica (Trematoda, Fasciolidae): Estudo epidemiológico nos municípios de Bocaiúva do Sul e “Tunas do Paraná” (Brasil). Acta Biológica Paranaense, Curitiba, 31, 99 – 111.
Roberts, F. H. S., O’sullivan, J. P. (1950). Methods for egg counts and larval cultures for Strongyles infesting the gastrointestinal tract of cattle. Australian Journal of Agriculture Research, 1, 99-102.
Saueressig, T. M. (2006). Produção de proteína animal de qualidade com sustentabilidade: controle racional das parasitoses dos bovinos. Embrapa Cerrados. Planaltina, DF.
SINDAN (2018) Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal - Mercado Veterinário. São Paulo, 2018.
Silva, L. M. R., Vila-Viçosa, M. J. M., Maurelli, M. P., Morgoglione, M. E., Cortes, H. C. E., Cringoli, G., Rinaldi, L. (2013). Mini-FLOTAC for the diagnosis of Eimeria infection in goats: an alternative to McMaster. Small Ruminant Research, 114 (2), 280–283.
Silva, Í. V. (2017). Ocorrência de ovos de helmintos da superfamília trychostrongyloidea em bovinos criados a pasto em uma propriedde no município de Formiga-MG. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária), Centro Universitário de Formiga – UNIFOR, Formiga.
Souza, A. P. D. et al. (2008). Resistência de helmintos gastrintestinais de bovinos a anti-helmínticos no Planalto Catarinense. Ciência Rural, 38 (5), 1363-1367.
Taylor, M. A., Coop, R. L., Wall, R. L. (2017). Parasitologia Veterinária. (4 ed.), São Paulo, Guanabara Koogan, 1052 p.
Ueno, H., Gonçalves, P. C. (1988). Manual para diagnóstico das helmintoses de ruminantes, 2" ed. Tóquio: Japan Intemational Cooperation Agency. 166 p.
Urquhart, G. M., Armour, J., Duncan, J. L., Dunn, A. M., Jennings, F. W. (1998). Parasitologia Veterinária. (2a ed.) Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 307 p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Ana Clara Duccini Fonseca de Almeida; Jônathan David Ribas Chagas; Letícia Meirelles Ávila; Thiago Luiz Pereira Marques; Renata Fernandes Ferreira de Moraes; Letícia Patrão de Macedo Gomes; Erica Cristina Rocha Roier; Bruna de Azevedo Baêta
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
