Identificação de Pivôs Centrais e Microbacias no Município de Cristalina, Goiás: Apontamentos às Regras de Outorga do Uso de Água
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9935Palavras-chave:
Vazões consuntivas; Exutório; Pivô central; Bacia hidrográfica.Resumo
O conhecimento das características das bacias hidrográficas de uma região caracteriza-se como uma informação de auxílio às tomadas de decisão relacionadas às diversas atividades econômicas e sociais, como abastecimento de água, geração de energia e disponibilidade de água para a irrigação. Neste sentido o presente trabalho objetivou identificar no município de Cristalina, Goiás, a quantidade de pivôs centrais presentes nas microbacias hidrográficas, fazendo apontamentos às regras de outorga das vazões de captação por meio de estimativas. Para tal, utilizou-se do aplicativo computacional ArcMap 10.5 e imagens de satélite Sentinel-2 e Shuttle Radar Topography Mission para identificar o número de pivôs centrais e de microbacias no referido município goiano. Utilizaram-se ainda dados fornecidos pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos e do Sistema Hidroweb do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos. Foram identificadas 147 microbacias no município de Cristalina, Goiás, as quais foram agrupadas em classes, segundo suas áreas. Entre os anos de 2010 a 2017 foram instalados 204 pivôs centrais, o que correspondeu a um aumento de 77,56% na área irrigada do município. A vazão média de captação estimada por pivô central foi 72,73 m3 h-1, resultando em um aumento da demanda de captação de água de 14.836,92 m3 h-1 no período avaliado. Os dados obtidos contribuirão para a aplicação das regras de outorga de vazões consuntivas, caso sejam estabelecidos os valores de Q95 nos seus exutórios, permitindo um número mais adequado de equipamentos instalados nas microbacias.
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