Language as an operator of the deficit in culture: The ableism bias in health and education

Authors

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.17889

Keywords:

“Crip” epistemology; Language of deficit; Ableism; Hierarchization.

Abstract

The article, based on the bases of the sociology of knowledge and the constructionist movement of contemporary social psychology, examines the mechanisms of "fabrication of reality" that operate in culture, creating and disseminating categories with values of deficit, characterized here as biases that feed back into networks of capacitant meanings in society. The “crip” epistemology, also known as “crip” theory, serves as a basis for a decolonizing understanding of the side effects of the deficit language, which intermingling in fields of knowledge widens the frontiers of the progressive illness of culture. The analysis of documents interspersed with deficit categories reiterates semiotic and political-ideological mechanisms that demarcate hierarchical values still present in the third millennium. It is questioned, to what extent anti-capacitalist movements can culturally rebel against the medical-academic-industrial complex and it is concluded that the language of deficit remains dominant, present even in the most progressive documents of the two areas studied, acting as an instrument of oppression against people with disabilities and contributing to distance them from their human rights guaranteed in the Magna Carta.

References

Akotirene, C. (2018). O que é Interseccionalidade? Belo Horizonte: Letramento.

Amorim, A.C. (1997). “O Espetáculo da Loucura” – Alienismo Oitocentista e a a Psiquiatria do III Milênio – A Construção Social da Linguagem do Déficit e a progressiva enfermidade da Cultura, Dissertação de Mestrado, UERJ.

Amorim, A.C. Gertner, S.C.B; & Amorim, L.A. (2018). Cartografia histórico-conceitual da “deficiencia”: construção social feita de “invisibilidades/visibilidades” e de Utopias, p. 43-77. In: Chaveiro, E.F. & Vasconcellos, L.C.F., Uma ponte ao mundo – Cartografias Existenciais da Pessoa com Deficiência e o Trabalho, Goiânia: Kelps,

Amorim, A.C; Gertner, S.C.B., Feminella, A., & Louzeiro, R. (2021). Sobre o viver em uma cidade/sociedade capacitista: tempos pandêmicos. Research, Society and Development,10(2), ISSN 2525-3409|DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12294 / RSD /2021

Berger, PL & Luckmann, T. (1967). The Social Construction of Reality. New York: Anchor Books.

Blikstein, I. 1995. Kaspar Hauser ou a Fabricação da Realidade. SP: Cultrix.

Boltanski, L. (1979). As Classes Sociais e o Corpo. RJ: Graal.

BRASIL. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007a. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 26 ago. 2009. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6949.htm

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação Câmara de Educação Básica. Resolução Nº 4, de 2 de outubro de 2009a, Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Brasília. http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf

BRASIL. Ministério da Educação. MEC/SEESP Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial nº 555, de 5 de junho de 2007, prorrogada pela Portaria nº 948, de 09 de outubro de 2007a.: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=381-politica-nacional-seesp&Itemid=30192.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. PRADIME: programa de apoio aos dirigentes municipais de Educação. Marcos Legais da Educação Nacional / Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. (2007b) – Brasília,

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. (2010ª). Marcos Político-Legais da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial.

BRASIL. Ministério da Educação. (2010b). A educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: a escola comum inclusiva / Edilene Aparecida Ropoli ... [et.al.]. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza] : Universidade Federal do Ceará.

BRASIL. Ministério da Educação. Educação infantil: saberes e práticas da inclusão : introdução. [4. ed.] / elaboração Marilda Moraes Garcia Bruno. – Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006.

Brasil. Ministério da Saúde. Plano Nacional de Saúde (PNS) 2020 – 2023. Brasília/DF, Fevereiro de 2020. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_nacional_saude_2020_2023.pdf).

Brum, E. (2016, fevereiro, 15). Sobre abortos, deficiências e limites. Coluna no jornal El país. https://brasil.elpais.com/brasil/2016/02/15/opinion/1455540965_851244.html

Conselho Nacional de Saúde (CNS). Recomendação nº 031, de 30 de abril de 2020. http://conselho.saude.gov.br/recomendacoes-cns/recomendacoes-2020/1146-recomendacao-n-031-de-30-de-abril-de-2020

Costa, L.S. (2020). A vida da pessoa com deficiência: reflexões legadas do distanciamento social In: Amorim, A. et al. Diálogos sobre acessibilidade, inclusão e distanciamento social: territórios existenciais na pandemia. Rio de Janeiro: IdeiaSUS/Fiocruz.

Costa, LS. (2021a) O capacitismo de ontem e o de hoje. Coluna inclusão do Acolhe. Acesso em 9 de junho de.: https://www.facebook.com/348171415571797/posts/1730739477314977/?d=n

Costa, LS. (2021b) Quais crianças são mais excluídas na pandemia? Coluna Inclusão do Acolhe. https://www.facebook.com/348171415571797/posts/1740880316300893/?d=n

Davis, L.J. (2018). Constructing Normalcy-The Bell Curve, the Novel, and the Invention of the Disabled Body. The Nineteenth Century University of California Press, https://doi.org/10.1525/9780520961944-010

Estrela, C. (2018). Metodologia Científica: Ciência, Ensino, Pesquisa. Editora Artes Médicas.

Favoreto, C A O. (2008). A prática clínica e o desenvolvimento do cuidado integral à saúde no contexto da atenção primaria. Rev. APS, 11(1), p. 100-108.

Ferreira,C.B., & Lopes,P. (2020). Deficiências e adoecimento crônico: permanências e atualizações trazidas pelo coronavírus. Boletim Ciências Sociais. ANPOCS. 5 (edição especial) http://anpocs.org/index.php/publicacoes-sp-2056165036/boletim-cientistas-sociais/2349-boletim-n-35-cientistas-sociais-e-o-coronavirus

Feminella, A.P. (2021). Não me dobrei nem com a medula partida.(Entrevista) Museu da pessoa (Pág.virtual). Recuperado de: (https://acervo.museudapessoa.org/pt/conteudo/historia/nao-me-dobrei-nem-com-a-medula-partida-184419)

Fundação Oswaldo Cruz- Fiocruz. (2020). Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão do Sistema e dos Serviços de Saúde – PMA. https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/documentos/edital_pma.pdf

Foucault, M. (1994). O Nascimento da Clínica. RJ: Forense Universitária.

Foucault, M. (1999). A Ordem do Discurso. SP: Loyola.

Fraser, N. (2007). Reconhecimento sem ética? Lua Nova, São Paulo, 70, p.101-138.

Gavério, M. A. (2020, jan-abr). De volta para o futuro? A "volta à normalidade" e o mundo "pós-epidemia". Contemporânea 10 (1 ), p. 435-442.

Geason, J. et al. (2021, março,5). The devastating Impact of Covid-19 on indviduals with Intellectual Disabilities in the United States. NEJM Catalyst Innovations in Care Delivery.

Gergen, K J. (2002). Therapeutic Professions and the Diffusion of Deficit, In: The Journal of Mind and Behavior, In: Cohen, D., (Ed), Université de Montreal 11. (3), p. 353-367.

Goffman, E. (1968). Estigma – Notas sobre a manipulaçda identidade deteriorada. Porto Alegre: Zahar.

Huls et al. (2021). Medical Vulnerability of individuals with down syndrome to severe COVID-19 – Data from trisomy 21 research society and the UK Isaric4C survey. EClinicalMedicine.2(5).

Imperatori, T. K. & Bezerra, F. P. (2020). Notas introdutórias sobre o direito à vida das pessoas com deficiência no contexto de Covid-19. Revista Observatório 6(3) (Especial).

Lima, R.C. (2014). O DSM entre a Novilíngua e a Lingua TERTII IMPERII. In: Zorzanelli. R; Bezerra Jr, B; Freire Costa, J.(Orgs.) A Criação de Diagnósticos na Psiquiatria Contemporânea. RJ: Garamond.

Lukács, G. (2013) Para uma ontologia do ser social II. SP: Boitempo Editorial.

Ludke, M. & Andre, M E.D.A. (2013). Pesquisas em educação: uma abordagem qualitativa. São Paulo: E.P.U.

Marafon, G. & Piluso, R.P. (2020, janeiro-junho). Deficiência, Mulheres e Cuidado: intersecções em relações jurídico-sociais aplicadas. Teoria jurídica contemporânea, 5(1).

McRuer, R. & Johnson, ML. (2014 a). Cripistemologies. Journal of Literary & Cultural Disability Studies 8 (2) , 127–147. Liverpool University Press.

McRuer, R. & Johnson, ML. (2014b). Proliferating Cripistemologies: A Virtual roundtable. Journal of Literary & Cultural Disability Studies, 8 (2), pp. 149-169.

Mello, A.G., & Nuernberg, A.H. (2012, setembro-dezembro). Gênero e deficiência: intersecções e perspectivas. Estudos feministas, Florianópolis 20(3): 635-655,

Moreira, M.C.N. & Dias, F.S. (2021). Deficiência e Interseccionalidade na pandemia de Covid 19. In: Matta et al (orgs). Os impactos sociais da Covid-19 no Brasil: populações vulnerabilizadas e respostas e respostas à pandemia. Rio de Janeiro, Ed. Fiocruz.

New York Times – NYT. It’s Hit Our Front Door’: Homes for the Disabled See a Surge of Covid-19. (2020,abril,17).: https://www.nytimes.com/2020/04/08/nyregion/coronavirus-disabilities-group-homes.html.

Organização Mundial de Saúde – OMS. (2020). Considerações sobre pessoas com deficiência durante o surto de COVID-19. OPAS/BRA/ Covid-19/ 20-017. Recuperado de: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/52063/OPASBRACOVID1920017_por.pdf?sequence=7&isAllowed=y.

Othero, M. B; & Ayres, J. R. C. M. (2012). Necessidades de saúde da Pessoa com deficiencia: a perspectiva dos sujeitos por meio de historias de vida. Interface Botucatu comunicação saúde educação. 16 (40), p. 219-33.

Pessotti, I. (1984). Deficiência Mental – da Superstição à Ciência. SP: EDUSP.

Ramos, F. (2014). Do DSM III ao DSM-5: traçando o percurso meedico-indistrial da Psiquiatria de Mercado. In: Zorzanelli. R; Bezerra Jr, B; Freire Costa, J(Orgs.) A Criação de Diagnósticos na Psiquiatria Contemporânea. RJ: Garamond.

Rede Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência – REDE-IN. (2021). Todas as pessoas importam: nota às autoridades públicas sobre o risco de exclusao no Atendimento a pessoas com Deficiencia, na pandemia de Covid-19. https://www.sbfa.org.br/portal2017/pdf/cvd19-pcd-na-pandemia.pdf

Reynolds, J M., & Merleau-Ponty. (2017, January). World-creating Blindness and the Phenomenology of non-normative bodies. Chiasmi International, p. 419-434.

Reynolds, J M. (2018, December) Three Things Clinicians Should Know About Disability. AMA Journal of Ethics . 20(12), pp.1181-1187.

Santander, L.M., Amores, J.A.B., & Pérez, M.R. (2020). .Multicorporalidad frente a ocularcentrismo: de la ciudad ojo-individuo a la ciudad sensorial-participada. Cuad. trab. soc. 33(1), p. 127-140.

Sassaki, R K. (2014). Como chamar a Pessoa com deficiência? Sítio da Diversa educação inclusiva na prática, Instituto Rodrigo Mendes. https://diversa.org.br/artigos/como-chamar-pessoas-que-tem-deficiencia/

Sassaki, R K. (2003). Terminología sobre deficiencia na era da inclusão. https://www.ocuidador.com.br/imgs/utilidades/terminologia-50aa23697289a.pdf

Silier, A.C.B. (2015). Territórios existenciais ético-estéticos em saúde coletiva. Fractal: Revista de Psicologia, 27(2), pp. 107-113, http://dx.doi.org/10.1590/1984-0292/1012

Sousa-Santos, B. A. (1999ª). Construção multicultural da igualdade e da diferença. Oficina do CES - Centro de Estudos Sociais nº. 135, Coimbra.

Stevens, D & Landes, SD. (2020). Potential Impacts of Covid -19 on individuals with intelectual and Developmental Disabilitry: A call for accurate Cause of Death Reporting. Syracuse University Lerner Center for Public Health Promotion. Research Brief, Issue, 20.

Schuch, P. & Saretta, M. (2020). Deficiência, Coronavírus e Política de vida e de morte. Ciências sociais e Coronavírus. Boletim Cientistas sociais, nº 35, http://www.anpocs.com/index.php/publicacoes-sp-2056165036/boletim-cientistas-sociais/2349-boletim-n-35-cientistas-sociais-e-o-coronavirus

Vasconcellos, L C F; & Oliveira, M H B. (2013). O sujeito sanitário na perspectiva do direito. In: Vasconcellos, L.C.F. et al. (Org.) Direito e Saúde: Cidadania e Ética na Construção de Sujeitos Sanitários. Maceió, Alagoas: Edufal, p.27-52.

Weid, O. V. der. (2020). A escolha de Sofia. Covid-19, deficiência e vulnerabilidade: Por uma bioética do cuidado no Brasil. Reflexões na Pandemia 2020. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, pp. 1-20. file:///C:/Users/anna.feminella/Documents/2021%20Enap/ Material%20de%20Estudo/VON%20DER%20WEID-'A%20escolha%20de%20Sofia'-FINAL.pdf

Published

24/07/2021

How to Cite

AMORIM, A. C. de; COSTA, L. S.; GERTNER, S. R. da C. B. .; FEMINELLA, A. P.; BERNARDES, V. Language as an operator of the deficit in culture: The ableism bias in health and education. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 9, p. e21210917889, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i9.17889. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/17889. Acesso em: 25 apr. 2024.

Issue

Section

Health Sciences