Qualidade de frutos de melão Gália ‘DRG3228’ armazenados sob refrigeração e aplicação de revestimentos de quitosana e óleos essenciais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34478Palavras-chave:
Cucumis melo L.; Filmes plásticos; Conservação; Quitina.Resumo
O uso de revestimentos com quitosana e óleos essenciais está sendo incentivado na fruticultura devido a serem amplamente encontrados na natureza, terem baixo custo, reduzirem os impactos ambientais associados aos agroquímicos, estenderem vida útil pós-colheita e melhorarem seus atributos de qualidade. Objetivou-se avaliar a qualidade pós-colheita de melão tipo Gália ‘DRG3228’ armazenado sob refrigeração e com aplicação de revestimentos de quitosana e óleos essenciais. Foram adquiridos frutos, estádio de maturação 2, no “packing house” da Empresa Terra Santa, Quixeré-CE, lavados com água clorada (150 ppm), pulverizados com asparacético (1:400 L de água), secos em ventiladores e selecionados para divisão dos grupos experimentais em Testemunha, Fungicida (tratamento padrão da empresa com Imazalil 1ml.L-1), PP 25%, PP 50%, PP 75% (Revestimento FTPoly Protect Prap) e P 25%, P 50%, P 75% (Revestimento FTPoly Protect). Após a secagem, foram armazenados por 28 dias em câmara fria a 6 ± 1ºC, a 90 ± 1% de umidade relativa, e analisados em intervalos de sete dias para a realização dos parâmetros de firmeza da polpa e sólidos solúveis. Não houve interação entre os fatores estudados e nem significância entre os tratamentos. A firmeza permaneceu com médias constantes até 14 dias após a colheita (DAC) (29,84 N), reduzindo 12,6% no 21 DAC (26,50 N). Os sólidos solúveis apresentaram diferença significativa a partir de 14 DAC, de 13,96°Brix para 15,39°Brix. Ao fim do armazenamento (28 DAC), os melões estavam nos padrões mínimos para a aceitação no mercado externo, embora não tenham demonstrado significância entre os revestimentos estudados.
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