Atividade antibacteriana in vitru de extratos da casca, folha e polpa de Morinda citrifolia L. (Noni) sobre Escheria coli e Sthaphylococcus aureus

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.28879

Palavras-chave:

Morinda citrifolia; Atividade bacteriana; Prospecção fitoquímica.

Resumo

Reconhecemos conhecimento da sociedade que desde os primórdios recursos naturais, como as plantas, são utilizados para suprir as necessidades dos homens, tanto alimentícia, como em cuidados com a saúde. Morinda citrifolia, está planta relacionada a diversas atividades biológicas, dentre elas a antibacteriana. O presente trabalho teve por objetivo analisar a atividade antibacteriana de extratos da folha, casca e polpa de M. citrifolia frente as cepas de Sthaphylococcus aureus e Escherichia coli. Os extratos foram obtidos por maceração, evaporação e posterior ressolubilização. Para análise da atividade antibacteriana foi realizado o método de difusão em discos de papel filtro embebidos com 20μl dos extratos, utilizando Escherichia coli (ATCC 35218) Staphylococcus aureus (ATCC BAA-97). Nenhum dos extratos apresentaram ação antibacteriana contra a Staphylococcus aureus e apenas o extrato da polpa de Morinda citrifolia apresentou leve atividade frente a cepa de Escherichia coli. A prospecção fitoquímica foram encontradas na folha os metabólitos saponinas, alcaloides, taninos e cumarinas, na casca foi detectado alcaloides e na polpa cumarinas e alcaloides. Conclui-se que entre as partes do vegetal Morinda citrifolia analisadas a única que apresentou ação antimicrobiana, não destacada, contra uma das bactérias testadas (E.coli) foi a polpa e pode-se concluir também que o solvente extrator assim como os metabólitos da composição são importantes e influentes na atividade pesquisada.

Biografia do Autor

Alexandre Horácio Couto Bittencourt, Centro Universitário FAMINAS; Fundação Cristiano Varella

Doutor em Ciências Naturais pela Universidade Estadual do Norte Fluminense UENF-Campos dos Goitacazes-RJ (2019), Mestre em Botânica pela Universidade Federal de Viçosa (1999), Especialista em Gestão e Implementação em EAD pela Universidade Federal Fluminense(2015) Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1996). Pesquisador Associado da Rede Nacional de Ciência para Educação. Atua como professor do Centro Universitário FAMINAS desde 2004 nos cursos de graduação na área de saúde e Pós-Graduação. Coordenador de Pesquisa desde 2007 e Coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa da FAMINAS. Coordenador de Pesquisa da FAMINAS BH. Pesquisador na Fundação Cristiano Varella. Professor e Coordenador de Pesquisa da UEMG - Unidade Carangola 2014-2019. Detentor e responsável do domínio alexandrebittencourt.com.br. Tem experiência nas áreas de Fitoquimica, Atividade biocida de plantas medicinais, Ensino e pesquisa em ambientes virtuais, Morfologia e Anatomia de Plantas Vasculares, Educação e Gestão Ambiental

Mariana Garcia da Silva , Centro Universitário FAMINAS

Farmacêutica graduada pelo Centro Universitário FAMINAS

Jaqueline Souza Machado, Centro Universitário FAMINAS

Farmacêutica pelo Centro Universitário FAMINAS

Braz Antônio Pereira Cosenza, Secretaria Educação Minas Gerais

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1989), especialização "Lato Sensu" em Tópicos de Biologia, pela Universidade Federal de Juiz de Flora (1995). Mestrado (2003) e Doutorado (2014) em Botânica pela Universidade Federal de Viçosa. . Tem experiência na área com ênfase em Ciências Biológicas, atuando principalmente nos seguintes temas: Botânica - Flora - Vegetação - Unidades de Conservação, Ecologia Vegetal, Fitossociologia e Conservação da Biodiversidade. Professor da rede Pública Estadual na área de Ciências e Biologia. Biólogo.

Fernanda Mara Fernandes, Centro Universitário FAMINAS

Concluiu graduação em Farmácia pela Universidade Severino Sombra (USS) em 2003, graduação em Farmácia-Bioquímica em 2005 e Especialização em Controle de Qualidade Biológico de Produtos Farmacêuticos, Cosméticos e Correlatos pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2007), Mestre (2011) e Doutora (2015) em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa-MG, licenciada em Ciências Biológicas (UNIFRAN). Atualmente é Professora Adjunta do Centro Universitário de Minas (UNIFAMINAS), atuando nos cursos de graduação presencial e EAD (Educação a Distância), Secretária de Educação do Município de Santana de Cataguases -MG e Membra do Conselho de Educação, Cultura, Esporte e Turismo. Membra do grupo de Pesquisa no CNPq: PRODUTOS NATURAIS E SUA APLICAÇÃO EM MECANISMOS PATOGÊNICOS, faz parte da equipe editorial da Revista Científica da Faminas e do CEP (Conselho de Ética em Pesquisa)

Referências

Atkinson, N. (1956) Antibacterial substances from flowering plants: Antibacterial activity of dried Australian plants by rapid direct plate test. Australian Journal of Experimental Biology. 1956.

Barbosa, W. L. R. (2001) Manual para Análise Fitoquímica e Cromatográfica de Extratos Vegetais. Belém: Revista Científica da UFPA, 72p.

Bessa, N. G. F. D., Borges, J. C. M., Beserra, F. P., Carvalho, R. H. A., Pereira, M. A. B., Fagundes, R., Campos, S. L., Ribeiro, L. U, Quirino, M. S., Chagas Junior, A. F., Alves, A. (2013) Prospecção fitoquímica preliminar de plantas nativas do cerrado de uso popular medicinal pela comunidade rural do assentamento vale verde – Tocantins. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 15(4), 692-707.

Borges, F. et al. (2005). Simple coumarins and analogues in medicinal chemistry: occurrence, synthesis and biological activity. Current Medicinal Chemistry, v.12.

Castro, R. D., Bradford, K. J., & Hilhorst, H. W. M. (2004). Desenvolvimento de sementes e conteúdo de água. In: Ferreira, A. G., Borghetti, F. Germinação: do básico ao aplicado. Artmed,

CLSI. Clinical and laboratory standards institute. (2012). Performance standards for antimicrobial susceptibility testing: Informational supplemente M100-S22.Wayne, Pa: CLSI.

Costa, L. O. O. (1999). Purificação de saponinas de extratos de quilaia usando fracionamento em coluna de espuma. Campinas, São Paulo.

Diniz, M. H. S. (2016). Atividade antibacteriana do extrato aquoso e alcóolico de Morinda citrifolia L. por infusão e decocto. Uberlândia, Minas Gerais.

Duncan, S.H., Flint, H. J., & Stewart, C. S. (1998). Inhibitory activity of gut bacteria against Es cherichia coli 0157 mediated by dietary plant metabolites. FEMS Microbiology Letters, 164, 283-58.

Faria, W. C. S. et al. Caracterização físico-química e análise fitoquímica preliminar do fruto noni (Morinda citrofolia L.) produzido na cidade de Cuiabá – MT. (2014) Revista Brasileira de Tecnologia Agroindustrial, Cuiabá, MT.

Farias, L. L. (2018). Potencial antimicrobiano e avaliação físico-química da casca, polpa e biomassa do Noni (Morinda citrifolia Linn). Global Science Technology, 11(2).

Fontes, B. R. A., Milhome W. S. S., Melo, J. D. G. (2021). Avaliação Da Atividade Antimicrobiana Das Plantas Medicinais Arrabidaea chica, Caesalpinia ferra var E Hancornia speciosa Gomes .Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSC 35(2),10-15.

Henrique, M. C., Nunomura, S. M., & Pohlit, A. M. (2010). Alcaloides indólicos de cascas de Aspidosperma vargasii e A. desmanthum. Química Nova, 33(2), 284-287.

Judd, W. S., Campbell, C. S., Kellogg, E. A., Stevens P. F., &Donoghue, M. J. (2005). Sistemática Vegetal – um enfoque filogenético (3a ed.), Artmed.

Lopes, L. C., & Almeida, J. V. P. (2011). Atividade antibacteriana do extrato hidroalcoólico da fruta Morinda citrifolia L. (noni) em cepas de S. aureus e E. coli. Higiene Alimentar, 25, 162169.

Luz, H. S., Santos, A. C. G., Lima, F. C., & Machado, K. R. G. (2014). Prospecção fitoquímica de Himatanthus drasticus Plumel (Apocynaceae), da mesorregião leste maranhense. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 16(3), 657-662.

Martins, E. R. et al. (2000). Plantas medicinais. Viçosa: UFV, 220 p.

Monteiro, S. C., & Brandelli, C. L. C. (2017). Farmacobotânica: Aspectos Teóricos e Aplicação. Artmed.

Morais S.M. et.al. (2021). Gênero Cryptostegia: Fitoquímica, Atividades Biológicas E Aplicações Industriais. Quim. Nova, 44(6), 709-716.

Mota, M. D. et al. (2012). Triagem fotoquímica e potencial antioxidante da espécie Morinda citrifolia L. XXII Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil Bento Gonçalves-RS. 1-12.

Nayak, B. S., Sandiford, S., Maxwell, A. (2009). Evaluation of the wound-healing activity of ethanolic extract of Morinda citrifolia L. leaf. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, 6(3), 351-356.

Nazaré F. B, J. Surg. (2021) Clin. Res. Identificação da atividade antimicrobiana de fitoterápicos sobre cepas de Staphylococcus aureus (ATCC 25923) E Escherichia coli (ATCC 11303). Openly accessible at http://www.mastereditora.com.br/bjscr. 2020 (dez 2020 a fev 2021), 33(2): 19-23.

Nostro, A., Germanò, M. P., D'angelo,V., Marino, A., Cannatelli, M.A.(2000). Extraction methods and bioautography for evaluation of medicinal plant antimicrobial activity. Letters in Applied Microbiology, 30(5).

Oliveira, D. M. C. d. et al. (2013). Triagem de cinco espécies de plantas medicinais usadas na Amazônia através da análise de secreção de histamina. Tese (Doutorado) — Universidade Federal do Pará, Belém, 2013.

Paes, L. S., Mendonça, M. S., Casas, L. L. (2013). Aspectos Estruturais e Fitoquímicos de partes vegetativas de Costus spicatus (Jacq.) Sw. (Costaceae). Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 15(3), 380-390.

Palacios, M. (2004) Poder curativo e y nutricional del noni “La fruta milagrosa”. (2a ed.), Ed. Miguel Ángel, 198 p.

Pena G., C. M et al. (2009) Metabolitos secundarios en los extractos secos de Passiflora incarnata L., Matricaria recutita L. y Morinda citrifolia L. Rev Cubana Plant Med., 14(2).

Pimentel, D.et al. (2016). O uso de Noni (Morinda citrifolia L.) por pacientes oncológicos: um estudo bibliográfico. Universidade Federal de Campina Grande. Campina Grande. PB.

Reyes, L. F. et al. (2007). The increase in antioxidant capacity after wounding depends on the type of fruit or vegetable tissue. Food Chemistry, 101.

Rodrigues, L. S., Silva, A. R. A., Macêdo, A. A. M. (2017). Noni (Morinda citrifolia Linn.): Determinação fitoquimica e potencial antioxidante pelo método DPPH. Conexões Ciência e Tecnologia. Fortaleza/CE, 11(4), 47-54.

Sampaio, C. G. (2010). Estudo químico bioguiado das sementes de Morinda citrifolia Linn (NONI) e suas aplicações. Dissertação (Mestrado em Química na área Química Orgânica) Centro de Ciências, Departamento de Química Orgânica da Universidade Federal do Ceará. Ceará.

Selvam, P. et al. (2009). Antimicrobial Activity of Fruit Extracts of Morinda citrifolia. Journal of Applied Chemical Research, v. 10, p. 61- 63.

Silva, J. G. et al. (2007). Atividade antimicrobiana do extrato de Anacardium occidentale Linn. em amostras multiresistentes de Staphylococcus aureus. Revista Brasileira de Farmacognosia, 17(4), 572-577.

Silva, L. R., Medeiros, P. V. Q., Leite, G. A., Silva, K. J. P., Mendonça, C. V., Silva, G. G. (2012). Caracterização do fruto de Morinda citrifolia L. (noni). Revista Cubana de Plantas Medicinales, 17(1), 93- 100.

Silveira, L. M. Da S., Olea, R. S. G., Gonçalves, L. H. B., Santos, P. F. (2011). Atividade antibacteriana de amostras de fruto do noni (Morinda citrifolia L. - rubiaceae) vendidas em feiras livres de São Luís, Maranhão. Revista Saúde & Ciência, v. 2, ano II, p. 31-37.

Simões, C. M. O., Schenkel, E. P., Gosmann, G., Mello, J. C. P., Mentz, L. A., Petrovick, P. R.(2010). Farmacognosia da planta ao medicamento. 6ª ed. Porto Alegre/Florianópolis: Editora UFRS/ UFS.

Soetan KO (2003). Evaluation of some pharmaceutical and haematological activities of saponins in guinea corn (Sorghum bicolor L Moench) M.Sc Dissertation, Department of Biochemistry, College of Medicine, University of Ibadan.

Sousa, S .(2017). Efeito anti-inflamatório e antinociceptivo da fração polissacarídica sulfatada extraída de Morinda citrifolia (Noni). Parnaíba. Piauí.Dissertação de Mestrado . Universidade Federal do Piauí.103p.

Spezia, Francine Poffo et al .(2020) Avaliação da atividade antibacteriana de plantas medicinais de uso popular: Alternanthera brasiliana (penicilina), Plantago major (tansagem), Arctostaphylos uva-ursi (uva-ursi) e Phyllanthus niruri (quebra-pedra). Rev Pan-Amaz Saude, Ananindeua , v. 11, e202000127, Disponível em <http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-62232020000100010&lng=pt&nrm=iso.

Stadlbauer, V. et al.(2005) Hepatotoxicity of Noni juice: Report of two cases. World Journal Gastroenterology, 11(30), 4758-4760.

Tavares, W. (2004). Resistência bacteriana. In: Manual de antibióticos e quimioterápicos antiinfecciosos 3ª ed. Atheneu, São Paulo. 79.

Varanda, E. A. (2006). Atividade mutagênica de plantas medicinais. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, Araraquara, 27, 1-7.

Downloads

Publicado

24/04/2022

Como Citar

BITTENCOURT, A. H. C. .; SILVA , M. G. da .; MACHADO, J. S. .; COSENZA, B. A. P. .; FERNANDES, F. M. . Atividade antibacteriana in vitru de extratos da casca, folha e polpa de Morinda citrifolia L. (Noni) sobre Escheria coli e Sthaphylococcus aureus. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 6, p. e4211628879, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i6.28879. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/28879. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

v. 11 n. 6

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas

Licença

Copyright (c) 2022 Alexandre Horácio Couto Bittencourt; Mariana Garcia da Silva ; Jaqueline Souza Machado; Braz Antônio Pereira Cosenza; Fernanda Mara Fernandes

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.