O ambiente psicossocial em Casas Legislativas no Brasil na perspectiva de servidores públicos com ocorrência de absenteísmo-doença
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.36693Palavras-chave:
Riscos Psicossociais; PROART; Servidores Públicos; Avaliação de riscos psicossociais.Resumo
Este trabalho é parte de uma investigação mais ampla sobre absenteísmo-doença de servidores públicos do poder legislativo no Brasil. O objetivo do presente artigo foi avaliar e classificar os fatores de riscos psicossociais, que serão considerados na investigação do absenteísmo laboral. Fez-se uso do protocolo de avaliação dos riscos psicossociais no trabalho (PROART) no formato eletrônico, respondido por 400 servidores de três Casas Legislativas. Dos dez fatores que integram as quatro escalas do PROART, apenas o fator esgotamento mental (EM) foi percebido pelos servidores como risco de grau médio, condição que representa estado de alerta ou situação limite dos riscos psicossociais e que demanda intervenções a curto e médio prazo. O modelo de regressão linear múltipla para danos psicológicos (DP) apresentou o valor mais expressivo (R²=0,587, p-valor<0,05) o que significa que a falta de sentido no trabalho (FST), EM e falta de reconhecimento (FR) foram capazes de explicar 58,7% da variabilidade dos DP. O ambiente psicossocial, no geral, apresentou características moderadas de tensão no trabalho, porém, foi evidenciado a existência de pontos críticos com potencial significativo de ameaça à saúde mental e física dos servidores públicos.
Referências
Álvarez Briceño, P. (2009). Los riesgos psicosociales y su reconocimiento como enfermedad ocupacional: consecuencias legales y económicas. Telos, 11(3), 367–385. http://ojs.urbe.edu/index.php/telos/article/view/1781
Araujo, L. K. R. (2017). Protocolo de avaliação dos riscos psicossociais: adequação ao SAMU-DF [Fundação Oswaldo Cruz]. https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24062
Areosa, J. (2019). O mundo do trabalho em (re)análise: um olhar a partir da psicodinâmica do trabalho. Laboreal, 15(2), 0–24. https://doi.org/10.4000/laboreal.15504
Loi relative au bien-être des travailleurs lors de l’exécution de leur travail, 1 (2021). http://www.ejustice.just.fgov.be/eli/loi/1996/08/04/1996012650/justel
Carlisle, K. N., & Parker, A. W. (2014). Psychological distress and pain reporting in Australian coal miners. Safety and Health at Work, 5(4), 203–209. https://doi.org/10.1016/j.shaw.2014.07.005
Dejours, C. (1993). Travel, usure, mentale: Addendum - Da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho (N. edicão, pp. 47–104).
Díaz, J. M. C. (2018). Técnicas de Prevención de Riesgos Laborales (11a). Tebar Flores.
EU-OSHA. (2020). https://osha.europa.eu/pt/. O que são riscos psicossociais e stresse? https://osha.europa.eu/pt/themes/psychosocial-risks-and-stress
Facas, E. P. (2013). Protocolo de Avaliação dos Riscos Psicossociais no Trabalho - Contribuições da Psicodinâmica do Trabalho [Universidade de Brasília]. https://repositorio.unb.br/handle/10482/15420
Facas, E. P. (2021). PROART - Riscos Psicossociais Relacionados ao Trabalho (M. Alves, C. Kummecke, & E. Munch (eds.)). Fi. https://doi.org/10.22350/9786559173686
Facas, E. P., & Mendes, A. M. (2018). Estrutura Fatorial do Protocolo de Avaliação dos Riscos Psicossociais no Trabalho. Núcleo de Trabalho, Psicanálise e Crítica Social. http://nucleotrabalho.com.br/?page_id=20
Ferreira, T. M., & Ghizoni, L. D. (2018). Mapeamento Dos Riscos Psicossociais Relacionados Ao Trabalho De Servidores Públicos Do Estado Do Tocantins. DESAFIOS - Revista Interdisciplinar da Universidade Federal do Tocantins, 5(Especial), 3–19. https://doi.org/10.20873/uft.2359-3652.2018v5nespecialp3
Guimarães, L. A. M. (2013). Fatores Psicossociais de Risco no Trabalho. Em Saúde Mental no Trabalho - Coletânea do Fórum de Saúde e Segurança no Trabalho do Estado de Goiás (pp. 274–278). Cir Gráfica. http://www.prt18.mpt.mp.br/informe-se/artigos
Health and Safety, & Executive. (2020). https://www.hse.gov.uk/index.htm. https://www.hse.gov.uk/simple-health-safety/risk/index.htm
ILO. (2013). Training Package on Workplace Risk Assessment and Management for Small and Medium-Sized Enterprises (1a). International Labour Organization - ILO. https://www.ilo.org/global/topics/safety-and-health-at-work/resources-library/training/WCMS_215344/lang--en/index.htm
International Labour Office. (2016). Psychosocial risks, stress and violence. Psychosocial risks, stress and violence in the world of work, 8(1–2), 1–127.
IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. (2021). Vínculos de Trabalho no Setor Público. https://www.ipea.gov.br/atlasestado/
Kahere, M., & Ginindza, T. (2022). The prevalence and psychosocial risk factors of chronic low back pain in KwaZulu-Natal. African Journal of Primary Health Care and Family Medicine, 14(1), 1–8. https://doi.org/10.4102/phcfm.v14i1.3134
Knust, S. R. A. (2017). Sofrimento no trabalho: estudo de caso de riscos psicossociais em um órgão do Poder Legislativo Federal. http://repositorio.unb.br/handle/10482/24529
Marôco, J. (2011). Análise Estatística com o SPSS Statistics (5a). Report Number.
Moreno Jiménez, B. (2011). Factores y riesgos laborales psicosociales: conceptualización, história y câmbios actuales. Medicina y Seguridad del Trabajo, 57, 4–19. https://doi.org/10.4321/s0465-546x2011000500002
Neto, H. V. (2015). Estratégias organizacionais e intervenção sobre riscos. International Journal on Working Conditions, 9, 2–21. http://ricot.com.pt/artigos/1/IJWC.9_HVN.p.1-21.pdf
OIT - Organização Internacional do Trabalho. (2010). Riscos emergentes e novas formas de prevenção num mundo de trabalho em mudança (pp. 1–20). http://www.ilo.org/lisbon
OSHA. (2020). Orientação para determinação de perigos. https://www.osha.gov/dsg/hazcom/ghd053107.html#a
Pires, C. (2018). As influências das práticas de gestão nas vivências de sofrimento no trabalho dos subordinados em um órgão do Poder Judiciário com atuação em Goiás [Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Educação]. https://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/8375
Portrait, A. S. (2018). The European economy since the start of the millennium.
Potter, R., O’Keeffe, V., Leka, S., Webber, M., & Dollard, M. (2019). Analytical review of the Australian policy context for work-related psychological health and psychosocial risks. Safety Science, 111(September 2018), 37–48. https://doi.org/10.1016/j.ssci.2018.09.012
Santi, D., Barbieri, A. R., & Cheade, M. de F. (2018). Absenteísmo-doença no serviço público brasileiro: uma revisão integrativa da literatura. 16(1), 71–81. https://doi.org/10.5327/Z1679443520180084
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Francisco Edison Sampaio; Manuel Joaquim Silva Oliveira; João Areosa; Emílio Facas
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.