Linguagem e Educação: Um novo olhar para a comunicabilidade entre surdos e ouvintes sob a perspectiva Hermenêutica filosófica de H.-G. Gadamer
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i14.44527Palavras-chave:
Ensino; Linguagem; Educação; Hermenêutica; Surdez; Inclusão.Resumo
A presente pesquisa buscou realizar um estudo sobre a relação entre linguagem e educação e suas implicações na comunicabilidade de surdos e ouvintes a partir das obras “Verdade e método I” e “Verdade e método II” de Hans-Georg Gadamer. O objetivo da pesquisa é estabelecer um novo horizonte de comunicação entre surdos e ouvintes a partir da teoria gadameriana, a fim de contribuir para a educação e inclusão do sujeito surdo na escola e na sociedade. O desenvolvimento do trabalho foi dividido em 6 tópicos. Nos primeiros 4 tópicos foram abordados questões relacionadas ao sujeito surdo, com o objetivo de situar o leitor sobre as peculiaridades que envolvem esse sujeito, como sua identidade, cultura, língua materna, bem como, alguns apontamentos sobre a educação especial e a inclusão escolar. No quinto e sexto tópicos foram discutidos a teoria gadameriana sob uma perspectiva filosófica hermenêutica da linguagem. Para tanto, utilizou-se o método de pesquisa bibliográfica, através das obras de Gadamer e comentadores deste autor principal da hermenêutica filosófica. Foi possível relacionar os temas educação e linguagem com a educação de surdos, bem como estabelecer um novo olhar na comunicabilidade entre surdos e ouvintes em busca de um horizonte comum de compreensão. Concluiu-se que é possível sim estabelecer uma comunicabilidade entre surdos e ouvintes, não calcada em suas diferenças, mas em sua identidade. A Hermenêutica como a arte de interpretar e compreender, nos apresenta através da linguagem várias possibilidades de comunicação e entendimento, exigindo que pensemos nossos preconceitos, vencermos nossos medos a fim de buscarmos o outro exatamente como ele é, ou seja, um humano como nós.
Referências
Brasil. (1988). Constituição Federal. Senado Federal, 1988. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm.
Brasil. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 abr. 2002. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10436.htm.
Cruz, R. J. B. (2010). Compreensão e diálogo: contribuições da hermenêutica gadameriana à educação. Ed. Universidade de Passo Fundo.
Dorziat, A. (2009). O outro da educação: Pensando a surdez com base nos temas identidade/diferença, currículo e inclusão. Vozes.
Fávero, A. G. (2011). Alunos com deficiência e seu direito à educação: trata-se de uma educação especial? In.: Mantoan, Maria Teresa Eglér (Org.). O desafio das diferenças nas escolas. (4a ed.), Vozes.
Felipe, T. A., & Monteiro, M. S. (2006). Libras em contexto: curso básico, livro do professor. (6a ed.), Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial.
Fernandes, S. (2012). Educação de surdos. InterSaberes.
Gadamer, H-G. (1997). Verdade e método I: Traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. Tradução de Flávio Paulo Meurer; revisão da tradução de Ênio Paulo Giachini. (3a ed.), Vozes.
Gadamer, H-G. (2002). Verdade e método II: complementos e índice. Tradução de Ênio Paulo Giachini ; revisão da tradução de Marcia Sá Cavalcante-Schuback. Petrópolis, RJ: Vozes.
Gesser, Audrei. (2009). LIBRAS? Que língua é essa?: crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. Parábola Editorial.
Gesser, Andrei. (2012). O ouvinte e a surdez: sobre ensinar e aprender a Libras. Parábola Editorial.
Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. Atlas.
Goldfeld, M. (1997). A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sócio-interacionista. Plexus.
Hermann, N. (2002). Hermenêutica e educação. DP&A.
Laborit, E. (1994). O vôo da gaivota. Tradução de Lelita Oliveira. Editora Best Seller.
Mantoan, M. T. E. (2003). Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? Moderna.
Marques, M. O. (1995). A aprendizagem na mediação social do aprendido e da docência. UNIJUÍ.
Pereira, M. C. da C. et al. (Org). (2011). Libras: conhecimento além dos sinais. Pearson Prentice Hall.
Perlin, G. (2000). Identidade surda e currículo. In: Lacerda, Cristina Bloglia F. & Goes, Maria Cecília Rafael de (Org.). Surdez: processos educativos e subjetividade. SP: Lovise.
Perlin, G. O lugar da cultura surda. In: Lopes, Maura Corcini & Thoma, Adriana da Silva (Org.). (2004). A invenção da surdez: cultura, alteridade, identidade e diferença no campo da educação. Santa Cruz do Sul, RS: EDUNISC.
Perlin, G. (2013). Identidades surdas. In: Skliar, Carlos (Org.). A surdez: um olhar sobre as diferenças. (6a ed.), Mediação.
Quadros, R. M. de. (1997). Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Artmed.
Savater, F. (2000). O Valor de Educar. São Paulo: Martins Fontes.
Silva, A. M. da. (2012). Educação especial e inclusão escolar: história e fundamentos. Curitiba: InterSaberes.
Skliar, C. (Org.). (2013). A surdez: Um olhar sobre as diferenças. (6a ed.), Mediação.
Strobel, K. (2018). As imagens do outro sobre a cultura surda. (4a ed.), Ed. UFSC.
Svartholm, K. (1998). Aquisição de segunda língua por surdos. Espaço: informativo técnico-científico do INES, (9a ed.) INES.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Catia Roberta de Souza Schernn
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.