Necrodiscursos: Discursos articulados por la política de la muerte
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17302Palabras clave:
Biopoder; Estado de excepción; Necropoder; Necrodiscurso.Resumen
Este ensayo trata sobre la naturaleza necropolítica de los discursos que funcionan como tecnología de la muerte. Se trata de una profundización del trabajo de Achille Mbembe en lo que concierne a la necropolítica y al necropoder que opera, en este caso, en el campo del lenguaje y el discurso. Los esfuerzos aquí realizados convergen en la elaboración conceptual de esta tecnología necropolítica que arroja la vida de algunos a los poderes de la muerte. Para el desarrollo teórico de este trabajo se utilizaron tres conceptos denominados aquí tríada de poder, biopoder, estado de excepción y necropoder, en un intento de sedimentar las nociones que orbitan y se cruzan en lo que llamo necrodiscurso. A partir de estos fundamentos teóricos se elaboraron análisis discursivos de las declaraciones del presidente Jair Bolsonaro y algunos de sus ministros, pronunciadas durante el año 2020, sobre la pandemia del COVID-19. Los análisis permitieron comprender que tales discursos funcionan como tecnologías de la muerte, ya que exponen la vida de poblaciones históricamente marginadas a límites existenciales, siendo en este sentido, necrodiscursos.
Citas
Adichie, C. N. (2009). O perigo de uma única história. https://www2.ifmg.edu.br/governadorvaladares/noticias/adelia-a-poesia-e-a-vida-convite-para-o-3o-encontro-do-dialogos/o-perigo-de-uma-historia-unica-chimamanda-ngozi-adichie-pdf.pdf.
Agamben, G. (2002), Homo Sacer: o poder do soberano e a vida nua I. UFMG. Tradução de Henrique Burigo.
Agamben, G. (2015), Meios sem fim. Notas sobre a política. Autêntica Editora. Tradução de Davi Pessoa Carneiro.
Alves, A. P. W., & Barros, J. (2018). Racismo de Estado em Michel Foucault. Revista Profanações, 5(2), 179-191.
Arendt, H. (2012). Origens do totalitarismo. Companhia das Letras.
Estadão. (2020). Manaus sofre com falta de caixões e corpos serão enterrados em sacos plásticos. ESTADÃO. https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2020/04/28/manaus-quer-evitar-sepultamentos-em-sacos-plasticos.htm
Bathia, S., et al. (2020). Short-term forecasts of COVID-19 deaths in multiple countries. https://mrc-ide.github.io/covid19-short-term-forecasts/index.html.
Beiguelman, G. (2019). Memórias da amnésia. Políticas do esquecimento. Edições Sesc.
Castro-Gómez, S. (2007). Michel Foucault y la colonialidad del poder. Tabula Rasa, 6, 153-172
Césaire, Aimé. (1978). Discurso sobre o colonialismo. Livraria Sá da Costa Editora.
Costa, M, C, et al. (2009). O discurso colonizador na elaboração de projetos. Uma limitação ao desenvolvimento sustentável na Amazônia brasileira. http://www.bocc.ubi.pt/pag/agra-klondy-costa-discurso-colonizador.pdf.
Brasil. (2020). Decreto Legislativo nº. 06/20 de 18 de março de 2020. Diário Oficial da União de 20.03.2020. Edição Extra – C.
Dejours, C.. (1999). A banalização da injustiça social. Editora FGV.
Estadão. (2020). Manifestantes fazem ato contra e em defesa da ditadura militar pelo Brasil. https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,manifestantes-fazem-atos-contra-e-em-defesa-da-ditadura-militar-pelo-brasil,70002774764.
Foucault, M. (1970). A ordem do discurso. Editora Loyola. Tradução de Laura Fraga de Almeida Sampaio.
Foucault, M. (1997). É preciso defender a sociedade. Curso no Collège de France. Martins Fontes.
Foucault, M. (2008). Arqueologia do saber. Forense Universitária. Tradução de Luiz Felipe Baeta Neves.
Franco, M. (2014). UPP a redução da favela a três letras. Uma análise da política de segurança pública do estado do Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais). Rio de Janeiro: Universidade Federal Fluminense. Consultado a 28.04.2020, em https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/2166/1/Marielle%20Franco.pdf.
G1. (2020). Bolsonaro pede volta ao trabalho, 'observadas as normas do Ministério da Saúde', e diz que medidas de isolamento são 'responsabilidade exclusiva' dos governadores. https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/04/08/bolsonaro-pede-volta-ao-trabalho-observadas-as-normas-do-ministerio-da-saude-e-diz-que-medidas-de-isolamento-sao-responsabilidade-exclusiva-dos-governadores.ghtml.
Leitão, M. (2020). Ódio de Weintraub pelo termo “povos indígenas” contraria a Constituição. Veja. https://veja.abril.com.br/blog/matheus-leitao/odio-de-weintraub-pelo-termo-povos-indigenas-contraria-a-constituicao/
Losurdo, D. (2011). Como nasceu e como morreu o marxismo ocidental. Estudos de Sociologia, 16, 213-242. https://periodicos.fclar.unesp.br/estudos/article/view/3897
Mbembe, A. (2016). Necropolítica. Biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. Arte & Ensaios, 32, 123-151. https://www.procomum.org/wp-content/uploads/2019/04/necropolitica.pdf
Menezes, A. B. N. T. de. (2019). Rousseau e a crise do Estado de direito. Revista Dialectus, 15, 18-35. DOI: 10.30611/2019n15id43131.
Mignolo, Walter D. (2010). El pensamiento descolonial, desprendimento y apertura. Un manifesto.In: Linera, Álvaro Garcia et al. (Orgs.). Interculturalidad, descolonización del Estado y del conocimiento. Buenos Aires: Duke University, 83-123.
Gomes, P. H. (2020). Brasileiro pula em esgoto e não acontece nada, diz Bolsonaro em alusão a infecção pelo coronavírus. O Globo. https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/03/26/brasileiro-pula-em-esgoto-e-nao-acontece-nada-diz-bolsonaro-em-alusao-a-infeccao-pelo-coronavirus.ghtml.
Organização Mundial de Saúde. (2020). Folha informativa – COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus). https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875.
Orlandi, E. P. (2007). Análise do Discurso: princípios e procedimentos. Pontes.
Pessanha, E. A. de M. (2018). Necropolítica e epistemicídio. As faces ontológicas da morte no contexto do racismo. Dissertação (Mestrado em Metafísica). Brasília: Universidade de Brasília. https://repositorio.unb.br/handle/10482/34771
Radioagência Nacional. (2020). Em pronunciamento, Bolsonaro critica governadores e fechamento de escolas. https://radioagencianacional.ebc.com.br/politica/audio/2020-03/em-pronunciamento-bolsonaro-critica-governadores-e-questiona-o-fechamento-de.
Santos, V. S. dos. (2014). O processo de ocupação de Rondônia e o impacto sobre as culturas indígenas. Itabaiana: GEPIADDE, 16, 187-220. https://seer.ufs.br/index.php/forumidentidades/article/view/4267
Souza, D. R. M. de. (2018). Estado de exceção. Giorgio Agamben entre Walter Benjamin e Carl Schmitt. Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), 25(47), 35-58. 10.21680/1983-2109.2018v25n47ID12733
Stoler, A. L. (1995). Race and education of desire. Foucault’s History of sexuality and the colonial order of things. London: Duke University Press.
Zygmunt, B. (2017). Estranhos à nossa porta. Zahar.
APIB. (2020). Arguição de descumprimento de preceito fundamental. http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/adpf709.pdf
Acosta, A. (2016). O Bem Viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. Autonomia Literária, Elefante.
Cruz, S. R. da. (2020). Uma análise sobre o cenário da fome no Brasil em tempos de pandemia do COVID-19. Pensata, 09(02). https://doi.org/https://doi.org/10.34024/pensata.2020.v9.11104
Demenech, L. M., Dumith, S. de C., Vieira, M. E. C. D., & Neiva-Silva, L. (2020). Desigualdade econômica e risco de infecção e morte por COVID-19 no Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, 23. https://doi.org/https://doi.org/10.1590/1980-549720200095
Nascimento, A. do. (1978). O Genocídio do Negro Brasileiro: processo de um racismo mascarado. Paz e Terra.
Orlandi, E. (2005). Análise do Discurso: princípios e procedimentos. Pontes.
Peres, A. C. (2020). Favelas contra o vírus: como as periferias vêm lidando com a pandemia de COVID-19, em meio aos problemas cotidianos e diante da ausência de ações governamentais. RADIS, 212, 20–25. https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/41225/2/FavelasContraVirus.pdf
Rocha, D. F. da, & Porto, M. F. S. (2020). A vulnerabilização dos povos indígenas frente ao COVID-19: autoritarismo político e a economia predatória do garimpo e da mineração como expressão de um colonialismo persistente. Núcleo Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória Da Saúde. https://portal.fiocruz.br/documento/ensaio-vulnerabilizacao-dos-povos-indigenas-frente-ao-COVID-19
Santos, M. P. A. dos, Nery, J. S., Goes, E. F., Silva, A. da, Santos, A. B. S. dos, Batista, L. E., & Araújo, E. M. de. (2020). População negra e COVID-19: reflexões sobre racismo e saúde. Estudos Avançados, 34(99), 225–234. https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2020.3499.014
Shalders, André. (2020). Passando a boiada: 5 momentos nos quais Ricardo Salles afrouxou regras ambientais. BBC NEWS BRASIL. https://www.bbc.com/portuguese/brasil-54364652
Trovão, C. J. B. M. (2020). A Pandemia da COVID-19 e a Desigualdade de Renda no Brasil: Um Olhar Macrorregional para a Proteção Social e os Auxílios Emergenciais. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. https://ccsa.ufrn.br/portal/wp-content/uploads/2020/05/TROVÃO-2020-PANDEMIA-E-DESIGUALDADE.pdf
UNCME. (2020). Educação em tempos de pandemia: direitos, normatização e controle social. https://www.unicef.org/brazil/media/9241/file
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Leandro Aparecido Fonseca Missiatto
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
1) Los autores mantienen los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons Attribution que permite el compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
2) Los autores tienen autorización para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
3) Los autores tienen permiso y son estimulados a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) a cualquier punto antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la cita del trabajo publicado.