Necrodiscursos: Discursos articulados pelas políticas da morte

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17302

Palavras-chave:

Biopoder; Estado de exceção; Necropoder; Necrodiscurso.

Resumo

Este estudo trata da natureza necropolítica de discursos que funcionam como tecnologia da morte. Esse é um aprofundamento da obra de Achille Mbembe no que concerne à necropolítica e necropoder operando, neste caso, no campo da linguagem e discurso. Os esforços aqui conduzidos convergem para a elaboração conceitual desta tecnologia necropolítica que lança a vida de alguns aos poderes da morte. Para o desenvolvimento teórico desse trabalho utilizou-se de três conceitos chamados aqui de tríade do poder, biopoder, estado de exceção e necropoder, em uma tentativa de sedimentar as noções que orbitam e se intersecionam ao que chamo de necrodiscurso. A partir dessas fundamentações teóricas foram produzidas análises discursivas das manifestações do Presidente Jair Bolsonaro e de alguns de seus ministros, proferidos durante o ano de 2020, que dizem respeito à pandemia de COVID-19. As análises permitiram compreender que tais discursos funcionam como tecnologias da morte, uma vez que expõe aos limites existenciais as vidas das populações historicamente marginalizadas, sendo nesse sentido, necrodiscursos.

Biografia do Autor

Leandro Aparecido Fonseca Missiatto, Escola da Magistratura de Rondônia; Faculdade Estácio de Pimenta Bueno

Doutorando em Psicologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Bacharel em Psicologia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal (Facimed). Docente do curso de pós-graduação, Lato Sensu, em Direito para Carreira da Magistratura, da Escola da Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron). Docente do curso de Psicologia da Faculdade Estácio de Pimenta Bueno (FAP).

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Publicado

09/07/2021

Como Citar

MISSIATTO, L. A. F. Necrodiscursos: Discursos articulados pelas políticas da morte . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 8, p. e14810817302, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i8.17302. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/17302. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais