Influência do enriquecimento ambiental na reabilitação de Periquitão-maracanã (Psittacara leucophthalmus)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24284Palavras-chave:
Aves selvagens; Comportamento estereotipado; Bem-estar animal.Resumo
A utilização de estímulos sensoriais, físicos, cognitivos e alimentares são formas de enriquecimento ambiental, com objetivo minimizar o estresse decorrente do ambiente monótono do cativeiro. O objetivo deste estudo foi verificar o impacto do enriquecimento ambiental nas estereotipias comportamentais relacionadas à fuga. Foram observadas 30 aves da espécie Psittacara leucophthalmus, no período de março a setembro de 2016, recebidas no Centro de Recuperação e Triagem de Animais Silvestres da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Medicina Veterinária do Campus de Araçatuba. Como metodologia utilizada para a observação do comportamento utilizou-se a técnica de animal focal obtida por filmagem, perfazendo um total de 18 horas/ave, durante três dias consecutivos, sendo utilizados no primeiro dia o método físico e cognitivo; no segundo o alimentar e físico e no terceiro o sensorial. Os dados foram analisados inicialmente pelo teste Shapiro-Wilk e posteriormente pelo teste de Friedman, demonstrando que não houve diferença significativa (p >0,05) nos momentos antes, durante e após o enriquecimento ambiental, embora tenha sido nítida a percepção da melhoria do bem-estar das aves.
Referências
Altmann, J. (1974). Observational Study of Behavior: Sampling Methods. Behavior, 49 (3/4):227-267.
Andrade, A. A, & Azevedo, C. A. (2011) Efeitos do enriquecimento ambiental na diminuição de comportamentos anormais exibidos por papagaios-verdadeiros (Amazona aestiva, Psittacidae) cativos. Revista Brasileira de Ornitologia.19 (1):56-62.
Ceballos, M. C. & Sant‘Anna, A.C. (2018 ).Evolução da ciência do bem-estar animal: Uma breve revisão sobre aspectos conceituais e metodológicos. Revista Acadêmica Ciência Animal DOIhttp://dx.doi.org/10.7213/1981-4178.2018.161103.Available https://periodicos.pucpr.br/index.php/cienciaanimal/article/view/23740
Cédric Sueur† & Marie Pelé† (2019). Animal welfare:from science to law, XVIII Influence of living nvironment for the welfare of captive animals: behavious and enrichment. (Le bien-être animal: de la science au droit) edição: Schweitzer Louis, Hild Sophie Capítulo: XVIII Editora:L'Harmattanhttps://www.researchgate.net/publication/328602173_Importance_of_the_environment_for_the_welfare_of_captive_animals_behaviours_and_enrichment#fullTextFileContent
Cubas, Z. S., Silva, J. C. R. & Catão-Dias, J. L. (2014). Tratado de Animais Selvagens: Medicina Veterinária. 2nd ed. São Paulo: Roca; 2. P
Echols M. S. (2010). Captive bird welfare and enrichment (PART 1) The Medical Center for Birds Oakley, AAVAC/UEPV Annual Conference Hobart USA. https://www.aavac.com.au/files/2010-19.pdf
Fraser, D. (2009). Can we measure distress in animal? Ethology of non human animals 1-9.
Grandin, T. (2015). Improving Animal Welfare. In: Temple Grandin (Ed.). A Practical approach. Colorado: Cabi. 328p.
Hill, S. P. & Broom, D. M. (2009). Measuring zoo animal welfare: theory and practice. Zoo Biology. (28):531–544.DOI: 10.1002/zoo.20276 3
Lutz, C. K. & N. M. A. (2005). Environmental Enrichment for Nonhuman Primates: Theory and Application ILAR journal 46, (2): 178-191. doi: 10.1093/ilar.46.2.178.
Maciel, D. M. R., Saraiva, P. D. L., Martins, P. S., Travenzoli, N. M. & Menezes, T. P. (2010). Estudo e enriquecimento ambiental com psitacídeos do centro de biodiversidade da USIPA (CEBUS). In: 11ª Semana de Iniciação Científica e 2ª Semana de Extensão – Unileste MG "Educação com competência e respeito à vida."; Coronel Fabriciano.
Mason, G. & Rushen, J, (2006). Stereotypic Animal Behaviour: Fundamentals and Applications to Welfare. 2nd ed. Wallingford: CAB International; 336 p.
Militão C. (2009). Enriquecimento ambiental Enquadramento e Caracterização;. Zoo–Santo Tirso: Escola Profissional Agrícola Conde de São Bento. São Bento.
Morgan, K. N. & Tromborg, C. T. (2007) Sources of stress in captivity. Applied Animal Behaviour Science. (102), p. 262-302.
Moraes, J. E., de, Borges, M.R., Amoroso, L., Reis, T.L., Calixto, L.F.L., Lagassi, T.C., Duarte, K.M.R. & Pizzolante, C.C. (2020) Bien estar de gallinas ponedoras y la osteoporose. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , [S. l.] , 9, (3), pág. e150932588,. DOI: 10.33448 / rsd-v9i3.2588.
Nelson, R. J., Mandrell, T. D. (2005). Enrichment and nonhuman primates: "First, do no harm". ILAR Journal 46(2), 171-177.
Newberry, R. C. (1995). Environmental enrichment: Increasing the biological relevance of captive environments. Applied Animal Behaviour Science. 44 (2-4):229-243.
Nolasco, V. N. & Paglia, K. L. G. (2014). Aplicação do Enriquecimento Ambiental Alimentar e Sensorial para Callithrix penicillata (E. Geoffroy, 1812) em cativeiro. Acervo da Iniciação Científica https://www.metodista.br/revistas/revistas- izabela/index.php/aic/article/view/627
Patrocínio, D. N. M. (2009). Bichos do Paraná: Guia da Fauna Paranaense. Curitiba: Governo do Paraná, IAP-Instituto Ambiental do Paraná;. 243 p.
Pimenta, F. R. P., Soares, A. D. S, Freitas, M. L. P, Santos, M. S. V., Martins-Hatano, F., Bidard, A. M. & Perini, E. S. (2009). Estudo comportamental de um casal de arara-azul-grande, Anodorhynchus hyacinthinus (LATHAM, 1790) mantidas em cativeiro no parque zoobotânico Vale na floresta nacional de Carajás, Pará, Brasil. In: IX Congresso de ecologia do Brasil; São Lourenço. 1-4 p.
Pizzutto, C. S., Scarpelli, K. C., Rossi, A. P., Chiozzotto, E. N.& Leschonski, C. (2013). Bem-estar no cativeiro: um desafio a ser vencido. Rev. Educ. Cont. Med. Vet. Zootec. 11(2):6-17. https://www.revistamvez- crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/16218.
Prestes, P.N. (2000). Descrição e análise do etograma de Amazona pretrei em cativeiro. Revista Brasileira de Ornitologia 22;8(12):25-42. Available from: http://revbrasilornitol.com.br/BJO/article/view/1204.
Reese, L., Ladwig-Wiegard, M. Fersen, L., Haase, G.,Will,H., Merle, R., Encke, D. , Maegdefrau, H., Baumgartner, K. & Thöne-Reineke, C. (2020). Deflighting zoo birds and its welfare considerations. Animal Welfare. (29): 69-80. doi: 10.7120/09627286.29.1.069
Rivera, E.A.B. (2006). Estresse em animais de laboratório. In: Andrade A, Pinto S.C. & Oliveira, R.S. Animais de Laboratório: criação e experimentação. Rio de Janeiro: Fiocruz;. p. 263-273.
Sfalcin, I. C. & Vieira, Â. D H. N. (2021). Preliminary observation of occupation of Nymphicus Hollandicus under physical environmental enrichment in domestic cattle. Brazilian Journal of Development. 7, (5): 51654-51663. DOI:10.34117/bjdv7n5-521
Sgarbiero, T. (2009). Etograma como ferramenta de avaliação do enriquecimento ambiental para a conservação ex-situ de Ara macao (Linnaeus, 1758) e Ara ararauna (Linnaeus, 1758) no zoológico Municipal de Piracicaba – SP [Trabalho de Conclusão de Curso]. Sorocaba: Universidade Federal de São Carlos; Bacharelado em Ciências Biológicas.
Sick, H. (1997). Ornitologia Brasileira. 2nd ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; 1862 p.
Silva, A. T. & Macêdo M. E. (2013). A importância do enriquecimento ambiental para o bem-estar dos animais em zoológicos. Acervo da Iniciação Científica 14;(2) https://www.metodista.br/revistas/revistas-izabela/index.php/aic/article/view/501
Souza, R. G.,Gomide, A. P. C., Feitosa, T. J. O., Silva, M. N. J., Vasconcelos, I.F.F. , França, V.S.,Oliveira, N.C., Santos, J.F.N. & Silva, I.E. (2020). Bem-estar e manejo nutricional de porcas gestantes: uma breve revisão. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 9 (4),52942829,. DOI: 10.33448 / rsd-v9i4.2829. https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2829.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Gabriela Cortellini Ferreira Ramos; Sérgio Diniz Garcia; Matheus Janeck Araújo; Márcia Marinho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
