La unión estable homoafectiva según la Corte Suprema y la Constitución de la República de 1988

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27133

Palabras clave:

Unión estable; Homosexuales; Igualdad; No discriminación; Función de contra-mayoria.

Resumen

Tan dañina como la injerencia del Estado en el campo de la vida privada y la intimidad es la omisión del Poder Público en áreas en las que la acción oportuna y efectiva es una condición indispensable para el mantenimiento de la dignidad de la persona humana y otras garantías fundamentales, selladas en la Constitución de la República, particularmente en las esferas en las que la entidad estatal tiene la obligación de hacerlo. En este artículo, a partir de una revisión bibliográfica, se presentó un caso emblemático de inercia del Poder Legislativo de la Unión, al incluir expresamente en el art. 1.723 del Código Civil, y, en parte, en el art. 226, § 3, del CF/88, la limitación de la unión estable, como entidad familiar, sólo en relación con el hombre y la mujer. Por lo tanto, una vez provocado regularmente, el Supremo Tribunal Federal (STF), a través de la ADIn Nº 4.277/DF, aplicó la interpretación conforme a la Constitución a las disposiciones antes mencionadas, a fin de incluir también, en la dimensión jurídica del Estado casado, la unión estable entre personas del mismo sexo (homosexuales). Para ello, la Corte, representada en este artículo por extractos de la votación elaborada por el entonces Ministro de la Corte Suprema, Celso de Mello, asintió con la cabeza para afirmar la primacía de la Constitución y los derechos y principios fundamentales, así como reflexiones sobre la función del activismo judicial en el ejercicio de la función de contramayoría, ante la prolongada omisión del poder público en relación con grupos compuestos por minorías sociales.

Citas

Abboud, G. & Mendes, G. F. (2019). Ativismo judicial: notas introdutórias a uma polêmica contemporânea. Revista dos Tribunais, 1008, 43-54.

Abboud, G. STF vs. vontade da maioria: as razões pelas quais a existência do STF somente se justifica se ele for contramajoritário. Revista dos Tribunais, 921, 191-211.

Aranha Filho, A. J. Q. T. de C. & Aranha, M. D. de C. C. (2014). A legitimidade constitucional do ativismo judicial. Revista de Direito Constitucional e Internacional, 86, 307-325.

Barroso, L. R. (2020). Direito constitucional contemporâneo: os conceitos fundamentais e a construção do novo modelo. 9. ed. São Paulo: Saraiva Educação.

Beaud, M. (2014). A arte da tese: como elaborar trabalhos de pós-graduação, mestrado e doutorado. Rio de Janeiro: BestBolso.

Boaventura, E. M. (1999). Como ordenar as ideias. 7. ed. São Paulo: Ática.

Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

Brasil. Supremo Tribunal Federal (STF). ADIn nº 4.277/DF, Tribunal Pleno, Relator: Ministro Ayres Britto, Julgamento: 05/05/2011, Publicação: 14/10/2011. https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=628635

Corbo, W. (2014). Reflexões acerca da função contramajoritária do STF na proteção de direitos de minorias. Revista dos Tribunais, 5, 181-212.

Ferraz Filho, J. F. C. (2018). Arts. 1º a 5º. In: Machado, C. Constituição Federal comentada: artigo por artigo, parágrafo por parágrafo. 9. ed. Barueri/SP: Manole.

Lima, A. M. M. de. & Leão L. N. (2018). Casamento homoafetivo no Brasil: uma análise a partir do art. 226 da Constituição Federal de 1988. Revista de Direito Constitucional e Internacional, 108, 43-69.

Medeiros, A. P. A. de. & Nelson, R. A. R. R. (2013). A redefinição do conceito de família na perspectiva do neoconstitucionalismo. Revista de Direito Privado, 55, 265-310.

Mendes, G. F. & Branco, P. G. G. (2018). Curso de direito constitucional. 13. ed. São Paulo: Saraiva Educação.

Nery Junior, N. & Nery, R. M. de A. (2018). Código de processo civil comentado. 3. ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil.

Oliveira, L. de. (2017). A construção das famílias homoafetivas no paradigma democrático. Revista de Direito Privado, 84, 99-120.

Reale, M. (2002). Lições preliminares de direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva.

Rizzardo, A. (2019). Direitos de família. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense.

Santiago, M. R. (2011). A união homoafetiva na legislação brasileira: natureza jurídica. Doutrinas Essenciais Família e Sucessões, 2, 1283-1290.

Santos, J. P. M. dos. (2019). Justiça constitucional e a sua função contramajoritária: da limitação à sua legitimação. Revista de Direito Constitucional e Internacional, 116, 107-132.

Sarlet, I. W., Marinoni, L. G. & Mitidiero, D. (2018). Curso de direito constitucional. 7. ed. São Paulo: Saraiva Educação.

Sarmento, D. (2016). Dignidade da pessoa humana: conteúdo, trajetórias e metodologia. Belo Horizonte: Fórum.

Souza, L. D. F. de. & Barbuglio, D. (2015). O ativismo judicial e a efetividade dos direitos fundamentais na união homoafetiva. Revista de Direito Privado, 64, 301-319.

Tepedino, G. (2011). A legitimidade constitucional das famílias formadas por uniões de pessoas do mesmo sexo. Soluções Práticas, 1, 19-39.

Publicado

10/03/2022

Cómo citar

LEÃO, J. B. M. .; MONTESCHIO, H.; VIEIRA, T. R. La unión estable homoafectiva según la Corte Suprema y la Constitución de la República de 1988. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 4, p. e4011427133, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i4.27133. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/27133. Acesso em: 4 jul. 2024.

Número

Sección

Ciencias Humanas y Sociales