Produtividade da cana–de-açúcar com aplicação de água residuária da indústria sucroenergética

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i5.3167

Palavras-chave:

Reaproveitamento de resíduos, Fertirrigação, Água de qualidade inferior.

Resumo

A fertirrigação com água residuária como a vinhaça pode ser uma alternativa viável para a nutrição e fornecimento de água para a cana-de-açúcar. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo uma análise descritiva sobre a produtividade da cana-de-açúcar durante 5 safras em função da aplicação de vinhaça em uma indústria sucroenergética localizada no Sudoeste Goiano. Foram coletados dados de produtividade de quarenta talhões distintos cultivados com cana-de-açúcar durante 5 anos (safras 14/15; 15/16; 16/17; 17/18; 18/19), em cada safra foram selecionadas quatro áreas com cultivos de 2°; 3°; 4° e 5° em condição de sequeiro e fertirrigado com vinhaça. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva em planilha eletrônica (Excel) com nível de confiabilidade de 95%, foi calculada a média para as safras e os cortes e posteriormente calculado o desvio padrão, os resultados foram apresentados em tabelas e figuras. Comparando as áreas fertirrigadas com vinhaça e sequeiro, as áreas fertirrigadas apresentaram produtividades médias superiores à de sequeiro em 7,51; 12,48; 15,29 e 16,43% para o 2°, 3°, 4° e 5° corte, respectivamente. A fertirrigação com vinhaça promove incrementos de produtividade para o 2°, 3°, 4° e 5° corte em relação à condição de sequeiro. A vinhaça utilizada via fertirrigação é recomendada para suprir as necessidades hídricas e de nutrientes essenciais no cultivo de cana-de-açúcar.

Biografia do Autor

  • Juliana dos Santos Rodrigues, Universidade Estadual de Goiás
    Especialista em Gestão estratégica do agronegócio e suas tecnologias
  • Patricia Costa Silva, Universidade Estadual de Goiás
    Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Uberlândia UFU-MG (2005), Mestre em Agronomia pela Universidade Federal de Uberlândia UFU-MG (2008), na área de Solos e Nutrição de Plantas. Doutora em Irrigação e Drenagem pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho-UNESP, Câmpus Botucatu (2018). Atualmente é professora efetiva da Universidade Estadual de Goiás Câmpus de Santa Helena de Goiás, atuando nas áreas de Ciências do Solo, Relação-água-solo-planta-atmosfera, indicadores físico-químicos de qualidade do solo, manjo e conservação do solo e água, métodos e sistemas de Irrigação, manejo de irrigação em culturas, drenagem agrícola.
  • Adriana Rodolfo da Costa, Universidade Estadual de Goiás
    Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás (2008), mestrado em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás (2011) e doutorado em Agronomia pela Universidade de Brasília (2015). Atualmente é docente de curso superior da Universidade Estadual de Goiás, Campus Santa Helena de Goiás. Tem experiência na área de Ciência do Solo atuando principalmente nos seguintes temas: gases de efeito estufa, matéria orgânica do solo, atributos microbiológicos, agregação do solo e indicadores de qualidade do solo
  • Luiz Fernando Gomes, Instituto Federal Goiano
    Graduado em Engenharia Agrícola pela Universidade Estadual de Goiás, UEG - GO (2015). Mestrando no Programa de Pós Graduação em Engenharia Aplicada e Sustentabilidade - PPGEAS pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (Campus Rio Verde - GO). Atuando na linha de pesquisa em "Eficiência Energética e Sustentabilidade". Interesse em pesquisa na aplicação de geotecnologias no estudo de uso e cobertura do solo, aplicação de sensoriamento remoto e Sistemas de Informações Geográficas (SIG) na gestão da irrigação e necessidades hídricas de culturas agrícolas.
  • Franciele de Freitas Silva, Instituto Federal Goiano
    Engenheira Agrícola formada pela UEG (Universidade Estadual de Goiás) com especialização em Gestão Estratégica nos Agronegócios e suas Tecnologias. Mestra em Ciências Agrárias - Agronomia pelo IF Goiano (Instituto Federal Goiano). Tem experiência na área de Ciência do solo e sensoriamento remoto, principalmente nos seguintes temas: fertilidade do solo, adubação e nutrição mineral de plantas, matéria orgânica do solo, sistemas de produção e no uso de drones e imagens de satélite na agricultura.
  • Jaqueline Aparecida Batista Soares, Instituto Federal Goiano
    Graduada em Engenharia Agrícola pela a Universidade Estadual de Goiás, UEG - GO (2018). Áreas de interesse e pesquisa são na utilização de geotecnologias no estudo de bacias hidrográficas, disponibilidade hídrica, uso e ocupação do solo, variáveis biofísicas da vegetação, e aplicação e formulação de fertilizantes organomineral para produção agrícola.
  • Jaqueline Balbina Gomes Ferreira, Instituto Federal Goiano
    Graduada em Engenharia Agrícola Mestra em Ciências Agrárias - Agronomia

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Publicado

2020-04-02

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas

Como Citar

Produtividade da cana–de-açúcar com aplicação de água residuária da indústria sucroenergética. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 5, p. e162953167, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i5.3167. Disponível em: https://rsdjournal.org/rsd/article/view/3167. Acesso em: 2 set. 2025.