Inundação em mudas de jabuticabeira
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10087Palavras-chave:
Plinia spp.; Alagamento; Estresse abiótico; Frutas nativas.Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar o estresse hídrico em mudas de jabuticabeira por meio da inundação das plantas por diferentes períodos e lâminas de água. Dois experimentos com mudas de jabuticabeira foram instalados, no primeiro as mudas com 18 meses foram submetidas a lâmina de água de cinco centímetros, por um período de 0, 3, 5, 10 e 15 dias ou por dois períodos de 3, 5, 10 e 15 dias após intervalo de 30 dias. No segundo experimento, as mudas com 24 meses, foram inundadas por água até altura do colo, por períodos de 0, 5, 10 e 15 dias, ou por dois períodos de 5, 10 e 15 dias após intervalo de 30 dias. Tais condições visam representar estresse hídrico por inundação. Sendo avaliadas variáveis biométricas como, número de folhas, diâmetro do caule, tamanho total, massa seca das raízes e da parte aérea e massa da matéria seca total. As determinações fisiológicas foram teor de clorofila total e rendimento quântico. As variáveis bioquímicas foram teor de proteínas, teor de açúcares totais, fenóis totais e prolina. O crescimento das mudas de jabuticabeira não foi afetado pelos períodos de inundação adotados para os experimentos com diferentes capacidades de campo. Nos tratamentos em que as plantas foram submetidas aos dois ciclos de inundação com lâmina de água a altura do colo apresentaram diferenças significativas no incremento em número de folhas, altura da muda e diâmetro do caule o que consequentemente alterou a massa seca da parte aérea.
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