Reestruturação Produtiva: Impactos Sobre a “Questão Social”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10415

Palavras-chave:

Reestruturação produtiva; “Questão social”; Trabalho; Metamorfoses; Desemprego.

Resumo

Este artigo tem como tema as repercussões das metamorfoses no universo trabalhista. Debateremos como as modificações que decorrente da produção capitalista trazem consequências para os empregados, ocasionando o aumento do desemprego, da pobreza, da fome, da desigualdade social, entre outros fatores. Assim, observamos como o processo de reestruturação produtiva intensifica desigualdades “questão social” na sociedade contemporânea. Desse modo, a pesquisa objetiva discutir as contribuições negativas provocadas pelas metamorfoses nas vivências da classe trabalhadora. Para percorrer este caminho, decidimos verificar como os sujeitos são afetados no âmbito do trabalho pelos avanços tecnológicos, fator preponderante para aumentar as desigualdades entre os prestadores de serviços. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, a partir de um levantamento bibliográfico sobre as mudanças ocorridas no processo de produção do capital. O referido estudo está embasado nos pressupostos teóricos referentes às repercussões das metamorfoses no mundo do trabalho. Dentro da lógica do toyotismo, a captura da subjetividade do trabalhador pelo capital é capaz de promover uma nova via de racionalização do trabalho, provocando a desregulamentação do emprego, intensificando os níveis de exploração dos trabalhadores, através de trabalhos polivalentes, multifuncionais, precarizados, terceirizados, perpetuando as diversas expressões da “questão social”, tais como: pobreza, fome, trabalhos informais e a falta de acesso à saúde e educação de qualidade. Ao fim do estudo, percebemos que a reestruturação produtiva trouxe diversos impactos para o mundo do trabalho e para os assalariados.

Biografia do Autor

Simone Zeferino Pê, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba

Licencianda em Letras com Habilitação em Língua Portuguesa, IFPB. Especialização em andamento em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, UEPB. Graduada em Serviço Social, UEPB (2014). Assistente Social efetiva na Prefeitura Municipal de Pocinhos - PB. Atua na equipe técnica de referência do Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS. Tem como interesses principais as áreas de educação e novas tecnologias, ensino da língua materna, literatura, história e assistência social.

Francisca Kelly Gomes Cristovam, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba

Possui graduação em História pela Universidade Federal de Campina Grande-UFCG ( Licenciatura Plena-2008 e Bacharelado-2010). Especialista em História do Brasil e da Paraíba pelas Faculdades Integradas de Patos - FIP (2010). Mestre em História pela Universidade Federal de Campina Grande-UFCG (2012). Graduanda em Letras pelo Instituto Federal da Paraíba(IFPB). Docente de História. Pesquisadora sobre a História, com ênfase na história das sensibilidades, relações de gênero, identidades, história cultural; e pesquisadora também sobre Literatura cearense.

Maria Jucineide Araújo, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba

Possui graduação em História pela Universidade Federal de Campina Grande (2015), Pós-Graduação (Especialização) em Educação Para as Relações Étnico-Raciais pela Universidade federal de Campina Grande (2016). Atualmente é aluna do curso de Letras no Instituto Federal da Paraíba (IFPB).

Dina Mara Pinheiro Dantas , Laboratório de Pesquisa Multimeios FACED/UFC

Possui graduação em História pela Universidade Federal de Campina Grande (2015), Pós-Graduação (Especialização) em Educação Para as Relações Étnico-Raciais pela Universidade federal de Campina Grande (2016). Atualmente é aluna do curso de Letras no Instituto Federal da Paraíba (IFPB). 

Ivone Agra Brandão, Universidade de São Paulo

Possui graduação em Licenciatura em História pela Universidade Federal de Campina Grande (2009) e mestrado em História pela Universidade Federal de Campina Grande (2012). Atualmente é doutoranda em História Social pela USP, professora formadora da Universidade Federal de Campina Grande do Curso de Educação pelas Relações Étnico Raciais e professora do Ensino Fundamental II. Tem experiência na área de História, com ênfase em História, atuando principalmente nos seguintes temas: história e romance, cultura popular.

Ajanayr Michelly Sobral Santana, Instituto Histórico de Campina Grande

Licenciada em História pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB- Campus 1, 2010). Licenciada em Pedagogia pelo Centro Universitário Internacional (Uninter, 2020). Especialista em História Cultural pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB- Campus 3, 2012). Mestre em História pelo Programa de Pós-Graduação em História (UFCG 2015). Doutora em Educação pelo Programa de Pós Graduação em Educação (UFPB-2020). Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas "História da Educação da Paraíba" (HISTEDBR- GT-PB), atuando principalmente com os seguintes temas. Educação. História, Cultura. Sócia efetiva do Instituto Histórico de Campina Grande - IHCG.

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Publicado

29/11/2020

Como Citar

PÊ, S. Z.; CRISTOVAM, F. K. G.; ARAÚJO, M. J.; DANTAS , D. M. P.; BRANDÃO, I. A.; SANTANA, A. M. S. Reestruturação Produtiva: Impactos Sobre a “Questão Social”. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 11, p. e69891110415, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i11.10415. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/10415. Acesso em: 30 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais