Reestruturação Produtiva: Impactos Sobre a “Questão Social”
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10415Palavras-chave:
Reestruturação produtiva; “Questão social”; Trabalho; Metamorfoses; Desemprego.Resumo
Este artigo tem como tema as repercussões das metamorfoses no universo trabalhista. Debateremos como as modificações que decorrente da produção capitalista trazem consequências para os empregados, ocasionando o aumento do desemprego, da pobreza, da fome, da desigualdade social, entre outros fatores. Assim, observamos como o processo de reestruturação produtiva intensifica desigualdades “questão social” na sociedade contemporânea. Desse modo, a pesquisa objetiva discutir as contribuições negativas provocadas pelas metamorfoses nas vivências da classe trabalhadora. Para percorrer este caminho, decidimos verificar como os sujeitos são afetados no âmbito do trabalho pelos avanços tecnológicos, fator preponderante para aumentar as desigualdades entre os prestadores de serviços. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, a partir de um levantamento bibliográfico sobre as mudanças ocorridas no processo de produção do capital. O referido estudo está embasado nos pressupostos teóricos referentes às repercussões das metamorfoses no mundo do trabalho. Dentro da lógica do toyotismo, a captura da subjetividade do trabalhador pelo capital é capaz de promover uma nova via de racionalização do trabalho, provocando a desregulamentação do emprego, intensificando os níveis de exploração dos trabalhadores, através de trabalhos polivalentes, multifuncionais, precarizados, terceirizados, perpetuando as diversas expressões da “questão social”, tais como: pobreza, fome, trabalhos informais e a falta de acesso à saúde e educação de qualidade. Ao fim do estudo, percebemos que a reestruturação produtiva trouxe diversos impactos para o mundo do trabalho e para os assalariados.
Referências
Alves, G. (2000). O toyotismo: “momento predominante” do complexo de reestruturação produtiva. In: O novo (e precário) mundo do trabalho: reestruturação produtiva e crise do sindicalismo. São Paulo: Boitempo.
Antunes, R.. (2011). A crise contemporânea e as metamorfoses no mundo do trabalho. In: Adeus ao trabalho?: Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade no mundo do trabalho. São Paulo: Cortez.
Antunes, R. (1999). As metamorfoses e a centralidade do trabalho hoje. In: Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo.
Borges, K. S. (2015). “Questão Social” e Reestruturação Produtiva: entre os discursos ideológicos e os impactos sócio-econômicos da atuação da Vale na região de Carajás-PA. In: VII Jornada Internacional de Políticas Públicas. UFMA.
Costa, M. P. G.; Sales, L. A. S. F. & Barcellos, W. S. (2018). O Agravamento das Expressões da Questão Social e o Desmonte das Políticas no Contexto Neoliberal. CS Online – Revista Eletrônica de Ciências Sociais, Juiz de Fora, n. 27. Recuperado de https://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/17513/8879.
Feitosa, N. F. M. & Lima, F. M. (2018). Apontamentos da Reestruturação Produtiva: Desmonte de Direitos e Superexploração da Classe Trabalhadora. VI Seminário CETROS Crise e Mundo do Trabalho no Brasil desafios para a classe trabalhadora. UECE. Recuperado de
http://www.uece.br/eventos/seminariocetros/anais/trabalhos_completos/425-8732-15072018- 235039. pdf.
Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas.
Godoy, A. S. (1995). Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. In: Revista de administração de empresas. vol. 35, nº.2, São Paulo. Mar./Abr. 1995. Recuperado de https://www.scielo.br/pdf/rae/v35n2/a08v35n2.pdf.
Guiraldelli, R. (2014). Trabalho, Trabalhadores e Questão Social na Sociabilidade Capitalista. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho. Versão impressa ISSN 1516-3717. Cad. psicol. soc. trab. vol.17 no.1 São Paulo jun. 2014. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-37172014000200008.
Iamamoto, M. V. & Carvalho, R. (2013). Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: Esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 38. ed. São Paulo: Cortez.
Marx, K. (2008). Contribuição à Crítica da Economia Política. 2ª ed. Trad e Introd Florestan Fernandes. São Paulo: Expressão Popular.
Marx, K. & Engels, F. (2001). A Ideologia Alemã. Int. Jacob Gorender; Trad. Luiz Cláudio de Castro e Costa. 2ª ed. 2ª reimp. São Paulo: Martins Fontes.
Meireles, G. A. L. (2016). Reestruturação Produtiva do capital, Pauperização e Desigualdade Social na América Latina. Revista Formação (Online). Recuperado de http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista/article/view/23644.
Mota, A. E. (org.). (2010). Reestruturação do capital, fragmentação do trabalho e Serviço Social. In: A nova fábrica de consensos: ensaios sobre a reestruturação empresarial, o trabalho e as demandas ao serviço social. 5. ed. São Paulo: Cortez.
Netto, J. P. & Braz, M. (2011). O capital: da defensiva à ofensiva. In: Economia Política: uma introdução crítica. 7. ed. São Paulo: Cortez.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Simone Zeferino Pê; Francisca Kelly Gomes Cristovam; Maria Jucineide Araújo; Dina Mara Pinheiro Dantas ; Ivone Agra Brandão; Ajanayr Michelly Sobral Santana
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.