Necessidade do aprendizado de língua de sinais para melhor comunicação médico-paciente
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10445Palavras-chave:
Comunicação; Linguagem de sinais; Relações médico-paciente; Surdez; Acesso aos serviços de saúde.Resumo
Objetivo: Evidenciar e discutir, através de uma revisão de literatura, as principais características da comunicação na relação médico-paciente surdo, bem como suas implicações no atendimento em saúde. Metodologia: Revisão de Literatura Integrativa, cujos artigos foram buscados nas bases de dados SciELO e BVS, entre 2010 e 2020. Seguindo os critérios de inclusão, totalizaram-se 8 estudos selecionados para análise, dos quais 100% (8) foram publicados em periódicos nacionais. Resultados e discussão: Concluiu-se que a comunicação tem sido explorada pelas ciências da saúde na busca de estratégias que fortaleçam as relações entre os profissionais da área e a população com deficiência auditiva assistida por eles. São evidenciadas a importância do ato comunicativo com pacientes deficientes auditivos e, paralelamente aos aspectos assistenciais, a necessidade de os profissionais da saúde se atentarem para os parâmetros envolvidos no ato comunicativo que validam a comunicação não verbal durante as consultas. Conclusão: Foi observado que o tema tem sido explorado pelas ciências na busca de estratégias que fortaleçam a relação médico-paciente deficiente auditivo, porém ainda se encontra de maneira escassa na literatura científica. Persistem, no cenário de assistência à saúde, as fragilidades do modelo oralizado de comunicação e a necessidade de amparar os profissionais da área de saúde com saberes que proporcionem o exercício de práticas comunicativas não verbais, a fim de assegurar uma assistência integrada em saúde para pessoas surdas e com deficiência auditiva.
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