Estudo da influência do resíduo de cerâmica vermelha, como substituinte parcial ao aglomerante ou ao agregado, em argamassas mistas para revestimento
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10507Palavras-chave:
Argamassas mistas; Sustentabilidade; Tecnologia da arquitetura; Resíduo de cerâmica vermelha.Resumo
Com o objetivo de promover uma rede global de desenvolvimento econômico sustentável para países em desenvolvimento, diversos países elaboraram um documento com diretrizes diretas para um desenvolvimento industrial mais sustentável durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento em 1992, com destaque a redução de resíduos e a reutilização de subprodutos. Sendo as indústrias produtoras de materiais cerâmicos um ramo importante da cadeia produtiva da construção civil, a mesma também destaca-se por se uma grande geradora de resíduos, os chamados resíduos de cerâmica vermelha (RCV). Buscando-se uma destinação mais sustentável desses subprodutos, este trabalho teve como objetivo avaliar algumas possibilidades de utilização do RCV, proveniente da fabricação de tijolos de vedação, como substituinte ao agregado miúdo ou ao aglomerante, em argamassas mistas de traços 1:2:8 e 1:2:9. A aplicação foi avaliada quanto ao desempenho mecânico e físico das argamassas, com teores de 5% e 10% de substituição do cimento pelo RCV, e 10%, 15% e 20% de substituição do agregado. Os desempenhos das argamassas 1:2:8 se mostraram superiores aos traços 1:2:9 tanto mecanicamente quanto em relação à absorção por capilaridade. Fato diferente ocorreu quanto testada a absorção por imersão e índice de vazios, onde os dois traços tiveram comportamentos semelhantes. As substituições no agregado afetaram mais as argamassas mecanicamente em comparação com a substituição no aglomerante, dada a maior porosidade do RCV. Já as substituições no aglomerante fizeram com que as argamassas apresentassem desempenhos mais próximos dos traços referência.
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