A Era Vargas e o reordenamento do ensino técnico profissional: a implantação do Liceu Industrial no Ceará
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v8i6.1059Palavras-chave:
Reformas educacionais; Educação profissional; Legislação educacional.Resumo
Com a Revolução da década de 30, quando Getúlio Vargas se tornou presidente, iniciou-se uma série de mudanças profundas na organização da sociedade brasileira. Uma nova fase na história do país, que trouxe mudanças significativas para o projeto educacional do Brasil, foi então inaugurada. Este artigo pretende discutir sobre algumas reformas educacionais aprovadas durante os anos de 1930 a 1945, período em que o país foi governado por Getúlio Vargas, priorizando a reorganização do ensino técnico profissional. Para o desenvolvimento do presente estudo, foi escolhida a abordagem qualitativa, utilizando-se pesquisa bibliográfica como método de pesquisa. Para isso, apresentam-se inicialmente as reformas que reordenaram o sistema educacional brasileiro durante esse período, buscando refletir sobre a legislação que impactou diretamente no ensino técnico profissional. Por fim, conclui-se que o reordenamento do ensino técnico profissional, revelou-se, na prática, uma forma de promover a formação de mão de obra para as necessidades do mercado de trabalho, onde manteve-se o caráter dualista da educação brasileira.
Referências
Almanach (1937). Estatístico, administrativo, mercantil, industrial e literário do estado do Ceará para o ano de 1937. Fortaleza: Typ. Gadelha.
Brasil (1934). Decreto nº 24.558, de 3 de julho de 1934. Transforma a Inspetoria do Ensino Profissional Técnico em Superintendência do Ensino Industrial, e dá outras providências. Diário Oficial da União.
Brasil (1937). Constituição dos Estados Unidos do Brasil - 10 de novembro de 1937. Brasília, DF.
Brasil (1937). Lei nº 378, de 13 de janeiro de 1937. Dá nova, organização ao Ministério da Educação e Saúde Pública. Diário Oficial da União.
Brasil (1942). Decreto-Lei nº. 4.073, de 30 de janeiro de 1942. Lei Orgânica do Ensino Industrial. Diário Oficial da União.
Brasil. (1946). Decreto-lei nº 9.613, de 20 de agosto de 1946. Lei Orgânica do Ensino Agrícola. Diário Oficial da União.
Caires, V. G.; Oliveira, M, A, M. (2016). Educação profissional brasileira: da colônia ao PNE 2014-2024. Petrópolis, RJ: Editora Vozes Limitada.
Chizzotti, Antonio (2018). Pesquisa em ciências humanas e sociais [livro eletrônico]. São Paulo: Cortez.
Cunha, L. A. C. R (2000). O ensino de ofícios nos primórdios da industrialização. São Paulo: Unesp, Brasília, DF: Flacso.
Cury, J. (2014). A educação profissional em três tempos. Boletim Técnico do Senac, v. 40, n.1, p. 128-143, jan./abr. Rio de Janeiro.
Fonseca, C. S. da (1961). História do ensino industrial no Brasil. Vol. 1. Rio de Janeiro.
Manfredi, S. M. (2016). Educação profissional no Brasil: atores e cenários ao longo do tempo. Jundiaí: Paco Editorial.
Moura, D, H. (2007) Educação básica e educação profissional e tecnológica: dualidade histórica e perspectivas de integração. Holos, v. 2.
Pádua, E. M. M. (2019). Metodologia da pesquisa: abordagem teórico-prática. Papirus Editora.
Pochmann, M. (2017). Estado e capitalismo no Brasil: a inflexão atual no padrão das políticas públicas do ciclo político da nova república. Educação & Sociedade, v. 38, n. 139.
Romanelli, O. O. (2005). História da educação no Brasil. 29ª ed. Petrópolis: Vozes, v. 268.
Saviani, D. (2013). História das ideias pedagógicas no Brasil. 4ª ed. Campinas, SP: Autores Associados.
Severino, A. J. (2017). Metodologia do trabalho científico [livro eletrônico]. São Paulo: Cortez.
Sidou, P. M. O. (1979) Incursão no passado da Escola Técnica Federal do Ceará. Fortaleza: Escola Técnica Federal do Ceará.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.