Óleo de café torrado (Coffea arabica): Caracterização dos ácidos graxos, qualificação dos compostos aromáticos e quantificação do teor de cafeína

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10618

Palavras-chave:

Coffea arábica; Malonaldeído; Vida útil.

Resumo

A vida útil de um óleo vegetal depende de algumas variáveis que envolvem desde o cultivo, extração, transporte e, principalmente, o armazenamento dos grãos. Os processos de oxidação são responsáveis pela redução da vida útil das matérias-primas lipídicas. Dentre os processos de oxidação, a rancidez é a principal alteração que ocorre, resultando em modificações consideráveis na qualidade final e sensorial dos óleos vegetais e determinando, de uma forma direta, a vida útil do mesmo. A auto oxidação, a polimerização térmica ou a oxidação térmica também são alterações químicas que ocorrem nos óleos vegetais, sendo essas reações aceleradas pelo mal armazenamento e também pelo calor. O óleo de café torrado é um produto de altíssimo valor agregado, uma vez que seu valor de mercado é muito maior que a matéria-prima principal, o café. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi qualificar e quantificar os ácidos graxos presentes por meio de cromatografia gasosa, qualificar os compostos aromáticos e quantificar e monitorar o teor de cafeína presente no óleo durante 12 meses em diferentes temperaturas de armazenamento. Na análise dos compostos aromáticos foi possível identificar vários compostos responsáveis pelo aroma de café e não foi identificado o composto malonaldeído, responsável pelo aroma de ranço em óleos durante o armazenamento. Os principais ácidos graxos presentes no óleo de café são o Linoléico, Palmítico, Esteárico e o Oléico. O óleo apresentou uma quantidade de cafeína, que se manteve constante ao longo de 12 meses e em ambas temperaturas de armazenamento.

Referências

Adams, R. P. (1995). Identification of essential oil components by gas chromatography/ mass spectrometry. Carol Stream: Allured. 469.

Bandeira, R. D. C. C., Toci, A. T., Trugo, L. C., Farah, A. (2009). Composição volátil dos defeitos intrínsecos do café por CG/EM-headspace. Quim. Nova, 32(2), 309-314, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ilha do Fundão, 21949-900 Rio de Janeiro - RJ, Brasil.

Cia. Iguaçú de café solúvel (2016). High quality products: Coffee oil. Recuperado de http://www.iguacu.com.br/nossos-produtos/a-granel/oleo-de-cafe/ Acesso em: março/2016.

Corsini, M. S., Jorge, N., Miguel, A. M. R. O., Vicente, E. (2008). Perfil de ácidos graxos e avaliação da alteração em óleos de fritura. Quím. Nova. 31(5), São Paulo.

Filho, S. T., et al. (2014). Deterioração de óleos vegetais expostos a diferentes condições de armazenamento. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental - REGETe-ISSN 2236 1170. 18, 07-13

ISO - International Organization for Standardization (1978). Animal and vegetable fats and oils – Preparation of methyl esters of fatty acids. (ISO 5509).

Lago, R. C. A., Antoniassi, R. (2000). Composição de esteróis em óleos de café por cromatografia gasosa de alta resolução. In: Simpósio de pesquisa dos cafés do Brasil, 2000, Poço de Caldas. Resumos expandidos. Poços de Caldas: Ministério da Agricultura e do Abastecimento, 2, 744-747.

Oliveira, A. L. (2001). Extração supercrítica de óleo aromático de Café torrado. Tese. Faculdade de Engenharia de Alimentos, 142f., Universidade Estadual de Campinas. Brasil.

Oliveira, A. L., Cruz, P. M., Eberlin, M. N., Cabral, F. A. (2005). Óleo de café torrado obtido por prensagem dos Grãos: Análise da Composição por GC-MS. Ciênc. Tecnol. Aliment. 25(4).

Pádua, F. R. M., Pereira, R. G. F. A., Lopes, L. M. V., Melo, W. C., Morais, A. R. Avaliação sensorial e da composição química, durante o armazenamento, do café torrado e moído. Revista Brasileira de Armazenamento, Especial Café, Viçosa, 5, 15-21.

Sawynok, J. (1995). Pharmacological Rationale for the Clinical Use of Caffeine. Drugs. 49. 37-50. 10.2165/00003495-199549010-00004.

Silva, C. J. R. S., Benjamim, C. J. R., Carvalho, L. B., Rocha, E. M. B., Mori, E. (2018). Determinação do teor de cafeína em diferentes tipos de cafés. Demetra; 13(2), 477-484.

Turatti, J. M. (2001). Extração e caracterização de óleo de café. In: Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, Vitória, 2001. Resumos expandidos. Brasília: EMBRAPA Café, 1533-1539.

Wagemaker, T. A. L. (2009). Variabilidade do teor de óleo, de seu fator de proteção solar e de outros componentes da fração lipídica do gênero Coffea visando usos alternativos aos grãos. Dissertação de Mestrado. Instituto agronômico. Campinas.

Downloads

Publicado

03/12/2020

Como Citar

SANCHES, M. Z. .; SILVA NETO, E. de S. .; UENO, C. T.; SHIRAI, M. A. .; SAKANAKA, L. S. . Óleo de café torrado (Coffea arabica): Caracterização dos ácidos graxos, qualificação dos compostos aromáticos e quantificação do teor de cafeína. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 11, p. e76291110618, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i11.10618. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/10618. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas