Contaminação microbiana, métodos de desinfecção e armazenamento de escovas de dente: uma revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10650Palavras-chave:
Desinfetantes; Educação em Odontologia; Microbiologia.Resumo
A escovação dentária é considerada um método indispensável para manutenção da saúde bucal. Contudo, muitos estudos comprovam que as escovas dentais podem ser ambientes propício para os microrganismos. Esses microrganismos podem proliferar-se, tornando uma fonte para autoinfecções e infecções cruzadas, sendo necessários procedimentos de desinfecção para evitar danos à saúde. Tendo em vista isso, o objetivo do estudo foi revisar os agentes desinfetantes e métodos de desinfecção das escovas dentais presentes na literatura. Foi realizada uma ampla busca através das bases de dados PubMed/MEDLINE, LILACS, Portal de Periódicos CAPES, Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), compreendendo o período dos últimos 20 anos, além de uma busca complementar no Google Schoolar. A busca foi realizada nos meses de julho a agosto de 2020 e os descritores utilizados incluíram a combinação de termos: “toothbrushing”, “disinfectants” e “biocides” e seus derivados, além de termos livres como “toothbrush” e “cleaning” adaptando para cada banco de dados pesquisado. Primeiramente, foi realizada a seleção através de títulos e resumos, sendo 16 artigos incluídos no estudo. A partir da leitura na íntegra dos achados, encontramos vários agentes desinfetantes disponíveis, sendo: digluconato de clorexidina, raios ultravioleta, hipoclorito de sódio, ácido acético, triclosan, solução alcoólica, cloreto de cetilperidínio, peróxido de hidrogênio, jato de ar quente e óleos essenciais. Os raios UV, colutórios a base de digluconato com clorexidina (spray) são as mais eficientes para reduzir a carga bacteriana e fúngica das escovas dentais. Entretanto ainda há lacunas a serem respondidas.
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