Convívio sociofamiliar do paciente com esquizofrenia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10673Palavras-chave:
Esquizofrenia; Assistência de enfermagem; Saúde mental.Resumo
Este estudo teve como objetivo analisar os diferentes obstáculos e dificuldades que uma família enfrenta quando possui um portador de esquizofrenia no lar, e como a enfermagem pode colaborar com o tratamento e melhoria na qualidade de vida dos mesmos. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, do tipo revisão integrativa da literatura (RIL). Para coleta de dados foram utilizadas as bibliotecas virtuais de pesquisa: SciELO, LILACS, PubMed e Google Acadêmico, aplicando critérios de elegibilidade e inelegibilidade para seleção das publicações. Nos resultados mostraram que familiares que convivem com portadores de esquizofrenia possuem dificuldades para entender o distúrbio, identificar e lidar diante as crises gerando uma certa sobrecarga, tanto ao paciente quanto ao cuidador, fazendo-se necessário que a equipe de enfermagem acolha essas famílias fornecendo informações sobre o distúrbio, estabelecendo um impacto positivo nos familiares e paciente, consequentemente gerando melhora para o paciente e família, pois é extremamente importante um convívio social saudável para melhora do quadro clinico do paciente com esquizofrenia, junto ao tratamento com a equipe multidisciplinar. Conclui-se que a relação entre a equipe de enfermagem e os familiares dos portadores de esquizofrenia é compartilhada por meio dos sentimentos e emoções gerados pela experiência entre eles. Ao fornecer informações e realizar o acolhimento, a equipe de enfermagem pode estabelecer uma relação que tem impacto positivo nos familiares, podendo ser uma das consequências da melhoria do cuidado ao paciente. Por meio dos profissionais de enfermagem, é possível refletir sobre as inserções, movimentos e interações estabelecidas entre eles e o paciente esquizofrênico.
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