Interfaces teórico-práticas entre Educação Permanente em Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10840Palavras-chave:
Qualidade de Vida; Educação Permanente; Sistema Único de Saúde.Resumo
O campo da saúde do trabalhador e a qualidade de vida que ele abarca promovem propostas para o fortalecimento do trabalhador enquanto sujeito de saber. Por outro lado, a educação permanente pretende a mobilização desses saberes. Entendendo que ambas podem ter imbricações importantes, o estudo objetivou identificar interfaces teórico-práticas entre Educação Permanente em Saúde (EPS) e Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) a partir de um programa executado no interior de Minas Gerais. O programa é uma parceria da universidade federal com a rede SUS local e abrange mais de 300 trabalhadoras e trabalhadores, de 8 municípios da região de saúde. Trata-se de estudo qualitativo por análise de conteúdo temática sob a referência da Política Nacional de Educação Permanente. E estudo quantitativo, transversal para avaliação da QVT por meio do instrumento QWLQ-bref. Como resultados, houve a identificação das categorias: sentidos sobre EPS, sujeitos envolvidos, modos de fazer EPS, desafios para o fazer educação permanente, desafios para melhoria da qualidade de vida das trabalhadoras e trabalhadores do SUS e entrelaçamentos da EPS com a qualidade de vida. Como resultado da aplicação do questionário encontrou-se a média de 63,77% para QVT, compreendida como satisfatória. Constatou-se que as condições de trabalho e a estrutura da rede são questões significativas para os trabalhadores e que permeiam tanto QVT quanto EPS para essa região de saúde. Além disso, observou-se a potência da QVT e da EPS como disparadores de reflexão, a fim de problematizar e fortalecer a consciência dos sujeitos históricos envolvidos no SUS.
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