Estabilidade química e físico-química de bebida a base de caju integral e mel
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10872Palavras-chave:
Anacardium occidentale L.; Pedúnculo; Mel; Vida útil; Propriedades físico-químicas; Bebidas; Suco integral.Resumo
Este trabalho teve como objetivo estudar a estabilidade de armazenamento de bebidas à base de polpa de caju e mel durante 120 dias. Foram preparadas três formulações: F1 (75% da polpa do caju e 25% do mel; F2 (60% da polpa do caju e 40% do mel) e F3 (50% da polpa do caju e 50% do mel). A formulação F1 apresentou o maior teor de ácido ascórbico após o armazenamento (95,74 mg.100mL). O pH não apresentou variação entre as formulações estudadas. Os sólidos solúveis apresentaram diferenças significativas durante o armazenamento e foram compatíveis com o teor de mel da bebida, variando de 28,8 a 30,0 para F1, de 36,5 para 40,1 para F2 e de 44,3 para 47,7 para F3. O teor de carotenóides e compostos fenólicos diminuiu durante o armazenamento. O preparo de bebidas à base de caju e mel apresentou uma alternativa para agregar valor à polpa de caju.
Referências
Almeida, D (2002). Espécies de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) e tipificação dos méis por elas produzidos em área do cerrado do município de Pirassunga, Estado de São Paulo. Piracicaba-SP, 2002. 116 f. Tese (Livre Docência) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, 2002.
Alves, E. M. (2008). Identificação da flora e caracterização do mel orgânico de abelhas africanizadas das ilhas Floresta e Laranjeira, do Alto Rio Paraná. 2008. 77 f. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Universidade Federal de Maringá. Paraná, 2008.
Anacleto-Almeida, D. A., & Marchini, L. C. (2004). Composição físico-química de amostras de méis de Apis mellifera L. provenientes do Cerrado Paulista. Boletim da Indústria Animal, 61 (2), 161-172.
Anjos, O., Canas, S., Gonçalves, J. C., & Caldeira, I. (2020). Development of a spirit drink produced with strawberry tree (Arbutus unedo L.) fruit and honey. Beverages. 6 (38).
Aroucha, E. M. M (2008). Qualidade do mel de abelha produzidos pelos incubados da IAGRAM e comercializado no município de Mossoró/RN. Revista Caatinga, 21 (1), 211-217.
Assunção, R. B., & Mercadante, A. Z. (2003). Carotenoids and ascorbic acid from cashew apple (Anacardium ocidentale L.): Variety and geographic effects. Food Chemistry, 81 (49), 495–502.
Barth, O. M. (1989). O Pólen no Mel Brasileiro. Rio de Janeiro: Luxor. 150p.
Branco, I. G., Sanjinez-Argandoña, E. J., Silva, M. M., & Paula, T. M. (2007). Avaliação sensorial e estabilidade físico-química de um blend de laranja e cenoura. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 27, 7-12.
Brandão, M. C. C., Maia, G. A., Lima, D. P., Parente, E. J. S., Campello, C. C., Nassu, R. T., Feitosa, T., & Sousa, P. H. M. (2003). Análises físico-químicas, microbiológicas e sensoriais de pedúnculos de caju submetidos a desidratação osmótico-solar. Ciência Agronômica, 34 (2), 139-145.
Brasil (2000a). Leis, Decretos, etc. Instrução Normativa nº 1, de 7 de janeiro de 2000, do Ministério da Agricultura. Diário Oficial da União, Brasília, n. 6, 10 jan. 2000. Seção I, p. 54-58. [Aprova os Regulamentos Técnicos para fixação dos padrões de identidade e qualidade para polpas e sucos de frutas].
Brasil (2000b). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Defesa Animal. Legislações. Legislação por Assunto. Legislação de Produtos Apícolas e Derivados. Instrução Normativa n. 11, de 20 de outubro de 2000. Regulamento técnico de identidade e qualidade do mel.
Brasil (2005). Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 269, de 22 de setembro de 2005. Aprova o Regulamento Técnico sobre a Ingestão Diária Recomendada (IDR) de Proteína, Vitaminas e Minerais. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, de 23 de setembro de 2005. Recuperado de: [http://e-legis.bvs.br/leisref/public/showAct.php?id=18828&word].
Cairns, P., Ozakinci, G., & Perrett, D. I. (2020). Reactions to an online demonstration of the effect of increased fruit and vegetable consumption on appearance: Survey Study. Journal of Medical Internet Research. 22 (7), e15726.
Carvalho, J. M., Maia, G. A., Figueiredo, R. W., Brito, E. S., & Rodrigues, S (2007). Storage stability of a stimulant coconut water-cashew apple juice beverage. Journal of Food Process and Preservation, 31, 178-179.
Codex Alimentarius (2005). Codex General Standard for Fruit Juices and Nectars (CODEX STAN 247-2005). 1-19.
Crane, E (1985). O livro do mel. 2ª edição. São Paulo: Nobel, 1985. 226.
FAO/WHO (2001). Human vitamin and mineral requirements. In: Report 7ª Joint FAO/OMS Expert Consultation. Bangkok. Thailand. xxii + 286 pp.
Feás, X., Pires, J., Estevinho, M. L., Iglesias, A., & Araujo, J. P. P. (2010). Palynological and physicochemical data characterisation of honeys produced in the Entre-Douro e Minho region of Portugal. International Journal of Food Science and Technology, 45, 1255-1262.
Figueiredo, R. W., Lajolo, F. M., Alves, R. E., Filgueiras, H. A. C., Maia, G. A., & Sousa, P. H. M. (2007). Qualidade de pedúnculos de caju submetidos à aplicação pós-colheita de cálcio e armazenados sob refrigeração. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 42(4), 475-482.
Freitas, C. A. S., Maia, G. A., Sousa, P. H. M., Brasil, I. M., & Pinheiro, A. M. (2006). Storage stability of acerola tropical fruit juice obtained by hot fill method. International Journal of Food Science and Technology, 41, 1216-1221.
Instituto Adolfo Lutz (2008). Métodos Físico-Químicos para Análise de Alimentos. (Zenebon O., Pascuet, N. S., & Tiglea, P. org). (4th ed.). São Paulo: Instituto Adolfo Lutz. 1020p.
Maia, G. A., Sousa, P. H. M., & Lima, A. S. (2007). Processamento de Sucos de Frutas Tropicais. Fortaleza: Edições UFC. 320p.
Maia, G. A., Sousa, P. H. M., Lima, A. S., Carvalho, J. M., & Figueiredo, R. W. (2009). Processamento de Frutas Tropicais. Fortaleza: Edições UFC. 277p.
Miller, G. L (1959). Use of dinitrosalicilic acid reagent for determination of reducing sugar. Analytical Biochemistry, 31, 426-428.
Nagata, M. & Yamashita, I. (1992). Simple method for simultaneous determination of chlorophyll and carotenoids in tomato fruit. Journal of Japanese Society of Food Science and Technology, 39, 925-928.
Nanda, V., Singh, B., Kukreja, V. K., & Bawa, A. S. (2009). Characterisation of honey produced from different fruit plants of northern India. International Journal of Food Science and Technology, 44, 2629–2636.
Nogueira Neto, P. (1997). Vida e criação de abelhas indígenas sem ferrão – São Paulo: Nougeirapis. 446p.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da Pesquisa Científica. [e-Book]. Santa Maria, RS: UAB / NTE / UFSM. Recuperado de https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1
Rattanathanalerk, M., Chiewchan, N., & Srichumpoung, W. (2005). Effect of thermal processing on the quality loss of pineapple juice. Journal of Food Engineering, 66, 259-265.
Remacha, J. E., Ibarz, A., & Giner, J. (1992). Evolución del color, por efecto de la temperatura, en pulpas de fruta. Alimentaria, 234, 59-68.
Reynertson, K. A., Yang, H., Jiang, B., Basile, M. J., & Kennelly, E. J. (2008). Quantitative analysis of antiradical phenolic constituents from fourteen edible Myrtaceae fruits. Food Chemistry, 109, 883-890.
Sarantópoulos, C. I. G. L., Oliveira, L. M., & Canavesi, É. (2001). Alterações de alimentos que resultam em perda de qualidade. In: Requisitos de Conservação de Alimentos em Embalagens Flexíveis (edited by C. I. G. L. Sarantópoulos., L. M. Oliveira; É. Canavesi). 1-22. Campinas – SP: CETEA / ITA.
Silva, C. L., Queiroz, A. J,. & Figueiredo, R. M. F. (2004). Caracterização físico-química de méis produzidos no Estado do Piauí para diferentes floradas. Revista Brasileira de Revista Agrícola e Ambiental, 8 (2/3), 260-265.
Silva, L. E. S., & Claro, R. M. Tendências temporais do consumo de frutas e hortaliças entre adultos nas capitais brasileiras e Distrito Federal, 2008-2016. Caderno de Saúde Pública, 35 (5), e00023618.
Silva, R. A., Maia, G. A., Costa, J. M. C., Rodrigues, M. C. P., Fonseca, A. V. V., Sousa, P. H. M., & Carvalho, J. M. (2008). Néctar de caju adoçado com mel de abelha: desenvolvimento e estabilidade. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 28, 348-354.
Silva, R. A., Maia, G. A., Sousa, P. H. M., & Costa, J. M. C. (2006). Composição e propriedades terapêuticas do mel de abelha. Alimentos e Nutrição, 17, 113-120.
Silva, R. N., Monteiro, V. N., Alcanfor, J. D. X., Assis, E. M., & Asquieri, E. R. (2003). Comparação de métodos para a determinação de açúcares redutores e totais em mel. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 23 (3), 337-341.
Sistrunk, W. A., & Cash, J. N. (1974). Processing factors affecting quality and storage stability of Concord grape juice. Journal of Food Science, 39, 1120-1123.
Sousa, P. H. M., Maia, G. A., Azeredo, H. M. C., Ramos, A. M., & Figueiredo, R. W. (2010). Storage stability of a tropical fruit (cashew apple, acerola, papaya, guava and passion fruit) mixed nectar added caffeine. International Journal of Food Science and Technology, 45, 2162-2166.
Sousa, P. H. M., Maia, G. A., Azeredo, H. M. C., Souza Filho; M. S. M., Garruti, D. S., & Freitas, C. A. S. (2007). Mixed tropical fruit nectars with added energy components. International Journal of Food Science and Technology, 42, 1290-1296.
Sugerman, S., Foerster, S. B., Gregson, J., Linares, A., & Hudes, M. (2011). California adults increase fruit and vegetable consumption from 1997-2007. Journal of Nutrition Education and Behavior. 43 (4S2), S96-S103.
Zhu, D., Ji, B., Eum, H. L., & Zude, M. (2009). Evaluation of the non-enzymatic browning in thermally processed apple juice by front-face fluorescence spectroscopy. Food Chemistry, 113 (1), 272–279.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Giovana Matias do Prado; Geraldo Arraes Maia; Raimundo Wilane de Figueiredo; Jorgiane Silva Severino Lima; Claisa Andrea Freitas Rabelo; Paulo Henrique Machado de Sousa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.